Complexo de Israel - Em busca da verdade. Degustação

Capítulo 12

— Eu não vou!!

Acordo Juju gritando, pego meu celular e olho a hora, são 1:00 da tarde, me assusto com o horário e resolvo me levantar.

Eu sabia exatamente com quem ela brigava, era sempre assim, provavelmente tem a ver com Patrick, esse era sempre o motivo da briga das duas.

Escovo meus dentes, tomo meu banho e mesmo depois de  uma hora fazendo minha higiene as duas não paravam de brigar.

— Mãe a senhora enlouqueceu... Eu não permito que a senhora se meta na minha vida dessa forma! Juju está mais nervosa que o habitual.

— Que gritaria é essa gente?  Me meto na briga.

— Sua mãe surtou Marina, eu tenho 18 anos e ela já quer me casar.

— Como assim, casar?
Não entendo nada.

— Patrick está voltando de viagem mês que vem e estou preparando um almoço de noivado pra eles, esse namoro já está levando tempo demais.

— Um ano de namoro mãe, um ano! E nosso namoro é mais virtual que presencial, não vou me casar com um cara que mal conheço! NÃO VOU! Juju tá tão nervosa que chora.

— Mãe... Tento falar mais ela me interrompe.

— Não se meta Marina, eu errei com você, não vou errar com sua irmã! Bufo.

— Não adianta mãe, eu não vou noivar com ele!

—Patrick é um cara legal, de família tradicional, rica e acima de tudo é generoso com você. Mesmo estudando fora do país, ele te envia presentes caros em datas comemorativas, isso significa que ele realmente gosta de você!

— Eu tô pouco me fodendo com esses presentes, eu não gosto dele, só comecei a namorar por que a senhora me obrigou, mas agora chega!

— Isso não é um debate! Já está tudo organizado com a família dele, como fica minha cara agora se eu desmarcar tudo?

Minha mãe tenta mudar a tática, agora está demonstrando que está mais calma, tudo encenação.

— Problema é da senhora! A senhora marcou, a senhora desmarca!

— Cansei Juju, cansei! Enquanto você morar na minha casa e depender do meu dinheiro para tudo, quem manda em você sou eu!

— Então pegue seu dinheiro e...

Antes que ela falasse, mamãe acerta um tapa no rosto dela, que depois de ficar uns 10 segundos paralisada com a mão no rosto assustada, saí correndo.

Saio correndo atrás dela, mas não consigo alcançá-la, ela já sai com o carro em alta velocidade.

Volta pra sala e minha mãe está sentada em um dos sofás como se nada tivesse acontecido.

— Dessa vez a senhora ultrapassou os limites! Bater nela?

— Ela supera, não se preocupe!

— Mãe, pelo amor de Deus! Você bateu na sua filha!
Eu estou assustada e revoltada.

— Ela precisa acordar pra vida Marina, eu não vou voltar atrás com minha palavra!

— Definitivamente a senhora surtou! SURTOU! Grito saindo daquela sala.