Penelope foi criada para ser a garota perfeita sem falhas, cada segundo do seu futuro foi planejado por seus pais. Mas tudo foi jogado para alto quando olhos escuros cruzaram com seus oceanos intensos, desde dali Penelope esqueceu o significado de c...
Não consigo parar de olhar para seus olhos de oceano
Ocean Eyes| Billie Eilish
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Apoio meu corpo em meu Mustang preto de 1969 enquanto acendo um cigarro de frente para o prédio de estrutura antiga que se destacava ali naquele quarteirão, todos lá dentro mergulham no dinheiro que suas contas bancárias guardam já que um ingresso para entrar neste lugar feio e antigo custa mais que minha alma.
Observo a lua enquanto solto a fumaça tóxica vendo em como a lua está linda hoje, noto pessoas saindo daquele lugar e todas estão vestidas com roupas chiques enquanto falam baixo entre si e não era como se eu estivesse preocupado com elas, mas de fato me chamavam atenção.
Jogo no chão o que restou do cigarro o apagando com meu pé e costuro meus olhos na porta de saída atrás de alguém. Estava a espera de Liza, uma garota que conheci ontem em um bar e me chamou para dar uma volta hoje após sua apresentação de balé, claro que aceitei não teria nada a perder. A garota tinha longos cabelos castanhos, olhos grandes, um corpo com curvas muito notáveis e cheirava bem, não havia motivos para negar sua proposta feita com uma mordida de lábios.
Apesar de ser uma verdadeira obra de arte, era apenas mais uma garota mimada e bancada por pais ricos que provavelmente lhe deram um carro aos quinze anos.
Mas a surpresa vem quando encontra garotas deste tipo em bares que se localizam em ruas suspeitas, essa é a rebeldia que querem mostrar por não conseguirem o que querem e com certeza é a forma de provarem para si mesmas que não são umas mimadas de merda. Ir a lugares clandestinos é a outra forma, mas que poucas se arriscam. Liza não foi diferente, em uma conversa de apenas cinco minutos me contou sua vida inteira e o motivo de estar naquele bar que não passava de uma espécie de "castigo" em seus pais por pensarem que controlam sua vida e talvez eu seja apenas uma peça em seu plano ridículo, pouco me importo, pois, como já citei não tenho nada a perder.
Cruzo os braços já cansado de sua demora, nunca fui a pessoa mais paciente, principalmente com hora marcada. Portanto, antes de Liza sequer pisar fora naquele prédio, outra pessoa passou pela porta principal. Foi como a porra da cena de um filme.
O vento balançou seus cabelos loiros terrivelmente lisos e seus passos foram dados na merda de uma câmera lenta. O vestido preto com mangas caiu perfeitamente em seu corpo que era magro com a cintura perfeitamente marcada, a mulher mais velha ao seu lado falou algo que tirou um sorriso seu deixando a mostra seus dentes brancos alinhados. Carregava uma mochila pequena nas costas e em seus pés um par de tênis, seus lábios eram bem desenhados, as maçãs do rosto estavam um pouco coradas pelo vento frio da noite e assim que sua cabeça foi erguida senti um arrepio por meu corpo.
Seus olhos eram literalmente duas piscinas profundas que não foram direcionadas a mim momento algum, porém mesmo assim fui capaz de notar. Ela era fodidamente linda. Era sem dúvidas a coisa mais bela que meus olhos já conseguiram ver, não era de capaz de comparar sua beleza a nada. Não sabia nada sobre a loira que carrega dois oceanos no lugar dos olhos, mas sabia o quão merveilleux ela era.
Ela saiu do meu campo de visão sem eu nem perceber, pisco diversas vezes percebendo o quão maravilhado estava em ver uma simples garota que nem se quer me notou como eu a notei. Já havia visto diversas garotas e tido diversas, mas nunca nem uma delas me deixou paralisado enquanto as analisava. Eram lindas, mas nunca me deixaram parado feito um idiota enquanto as encarava profundamente.
— River?
Baixo um pouco meu olhar notando Liza parada em minha frente com um sorriso divino e os enormes olhos castanhos me encararam com ansiedade dançando por eles. Dou-lhe um sorriso torto já programado e abro a porta do carro tentando esquecer meu pequeno transe.
— Primeiro as dames.
Liza entrou no carro mesmo com as sobrancelhas franzidas. Não achei necessário a informar que as vezes digo certas palavras em minha língua natal, o francês, seria apenas hoje que nos veríamos não era como se fossemos ser amigos.
