Capítulo 2 - Choque de Realidade

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- Sabe de uma coisa? Você ainda não me disse seu nome.

- Patrick. Chamo-me Patrick Filtzpack.

- Que nome legal!

- Bem, é mesmo. Herdei o nome de meu avô.

- Que interessante. – Ela sorriu.

- Vou chamar Fong para providenciar um banho e roupas limpas para você. Depois, encontraremos um jeito de te levar de volta à sua dimensão.

- Mais uma vez, eu lhe agradeço. Muito obrigada.

- Não há de quê. Agora vamos, temos que resolver isso. – Ele disse, olhando diretamente para ela.

- Vocês também têm chuveiro? – Ela perguntou, com uma sobrancelha arqueada.

- Claro que sim. Que época você acha que vivemos? Aqui também é o ano de 2003.

- Ah, achei que poderia ter viajado no tempo. – Eu sorri e a deixei em seus aposentos.

- Chamei Fong e pedi que cuidasse da hóspede. Depois, me dirigi ao Palácio da Alvorada Rosa para falar com a rainha. Quando fui anunciado, percebi que a conversa seria tudo, menos convencional.

- Patrick? – Disse a rainha.

Rainha Elaure! – Eu me curvei diante dela. – Venho informar que o reino não está ameaçado pela visitante inesperada de hoje.

- Como pode ter certeza?

- Eu a interroguei e revirei seus pertences. Ela está tão confusa quanto nós. Alguém abriu o portal de propósito.

- Como se chama essa criatura?

- Karolin Couth.

- Um nome bonito.

- Sim, é mesmo.

- Você mencionou que alguém abriu o portal intencionalmente. Eu sei quem foi.

- Quem, minha rainha?

- Marilene Pearce.

- Não pude acreditar no que ouvi. Pensei que aquela bruxa maldita já tivesse sido enviada ao inferno. Como isso era possível?

- Como disse, majestade?

- Não seja inconveniente, Patrick. Você ouviu muito bem.

- Perdão, majestade.

- Ela enviou uma mensagem para mim, dizendo que lançou uma maldição sobre o reino para me derrubar. Dias de lutas e sofrimentos estão por vir, Patrick. – A rainha me olhou com um brilho de dor nos olhos. – Luta e sofrimento.

- Ela não conseguirá, majestade. Eu vou pegá-la antes que algo aconteça.

- Já começou, Patrick... Já começou.

Deixei o Palácio da Alvorada Rosa com as palavras da rainha ecoando em minha mente. Enquanto caminhava pelas ruas do reino, vi pessoas sorrindo, alheias ao que estava por vir. Marilene realmente tentaria destruir o que fosse possível.

Quando cheguei em casa, chamei Fong.

- E então, Fong? Conseguiu arrumar as roupas para a Srta. Couth?

- Sim, Patrick. Ela é muito simpática. No começo, fiquei com um pouco de medo, mas logo vi que ela é inofensiva, assim como eu. – Ele sorriu, claramente aliviado.

Fong estava certa. Karolin Couth estava assustada com tudo o que estava acontecendo. Resolvi ir para o meu escritório para pesquisar mais sobre os poderes que Marilene poderia ter adquirido. Depois de algumas horas, fui tomar um banho e me trocar. Em seguida, me dirigi aos aposentos de Karolin.

Onde vivem os duendes?Onde histórias criam vida. Descubra agora