Capítulo 8

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Já era segunda novamente, e nada parecia estranho aos olhos de Killer. Seu pé ainda estava meio machucado, mas estava bem. Seu final de semana foi... chato. Beeem chato. Ele não tinha o número de nenhum dos seus amigos, na verdade, ele nem tinha celular, então não pode conversar com ninguém. Ele decidiu passar o sábado com sua mãe, e o domingo no cemitério, junto do túmulo de seu irmão.

Na escola, estava até tudo calmo. Não havia se perdido (pelo menos não muito), nem esbarrado com Nightmare (pra felicidade do mesmo) e nem ao menos ouvido seus amigos. Ficou bastante estranho seu dia, nenhum de seus amigos por perto nem nada. Estava bastante vazio, até. Quase não ouvia as pessoas. Bizarro.











Nightmare abre a porta da sala, quieto e tranquilo, e se senta, de fone. Até que um Killer entra, e como ele não estava com seus amigos por perto, ele bate na mesa do lado e na do Nightmare e cai no chão. Igual uma batata. Ele começa a miar de dor, por causa de seu pé, e o Escuro levanta, ajeita todas as cadeiras que ele bateu, e aí levanta ele e o coloca em uma mesa. (melhor pessoa cara) Ele agradeceu com uma voz manhosa, mas Night ignorou e falou;

Night: Você tem tara em esbarrar nas coisas. - Nightmare olhava pra ele, com a cara emburrada de sempre.

Killer: Não, eu não tenho não! - Nightmare meio que vai falar algo, mas Killer continua. - Eu não- Eu nem enxergo cara, comé que eu vou saber onde tá as coisas?

Night: Por isso você tem tara, você esbarra em tudo. - um "ei" sai do pequeno. - É pô. Isso porquê eu não falei que você tem tara em esbarrar em mim, oh, você esbarrou na cadeira, barreia escadou EEH BLA. Cara-- Dislexia é foda. Dislexia é... Problemático. Tu esbarrou na cadeira, que aí esbarrou na minha cadeira que aí esbarrou em mim. Tendeu? Tu gosta muito de esbarrar em mim. - Automaticamente se corrigiu - Eu tô brincando. Tá. Vai. Por quê que ninguém veio? - Killer tentou falar um "eu não sei" que foi completamente mutado pelo outro. - Nem seus amigos vieram, ah meu deus do céu.

Killer: Nem meus amigos vieram, eu n- eu tô sozinho. na escola. - Ele tinha um leve som de desespero.

Night: Eu não tenho amigos. - Killer solta aquele famoso arzinho pelo nariz. - Ah. Eu não ligo.

Killer: Tudo bem... Posso ser seu amigo?

Enquanto Nightmare, encarando bem estranho, mesmo sabendo que Killer não vê, e o citado com um sorriso bobo de "posso?"

Night: Ah.... Nnnnnnnão sei, você tem os seus amigos, você provavelmente vai ficar com eles, então, sei lá - Killer juntou as palavras e falou "maseupossoficarcomvocêtambém!" - Não, seus amigos não gostam de mim.

Killer: Não eles só tem medo. - Nightmare confirmou o que disse, e o menino ficou tipo "hm"

Night: Vai me dizer que quando você falou que esbarrou comigo, eles falaram "Você esbarrou com ele, e ele não te meteu a Porrada? Ele não te jogou pela janela?" - Killer falou um "é" bem grande - Viu.

Killer: Ah mas eu não ligo não. - Killer sorria, como sempre.

Night: Eu jogaria pela janela? Jogaria, não joguei, esse é o ponto. O ponto é que, nem sempre eu vou fazer, as coisas que eu faço POR QUÊ EU TÔ FALANDO ISSO COM VOCÊ?! - Killer riu de uma maneira fofinha, enquanto o outro estava emburrado.

Killer: viu você é meu amigo.

Night: Não você só tocou num ponto, em que desencadeou algo na minha cabeça em que eu precisei terminar de falar, é diferente. - Killer riu novamente, falando que era amizade. - Não. Eu saí da mesma genitália que o meu irmão e nem por isso eu sou amigo dele. Eu só escuto ele, por quê eu tenho que escutar.


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