capítulo 121

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Maria Louise on

Acordei antes das meninas e desci pra ver se mais alguém da casa estaria acordado em plena sete horas da manhã de um domingo.

- Bom dia Maria, acordada tão cedo... (Marina)

Encontrei minha sogra na cozinha preparando alguma coisa no fogão.

- Levantei pra ir ao banheiro mas perdi o sono (Maria Louise)

- Que pena, quer me ajudar a preparar o café da manhã? Sua comida é excelente. (Marina)

- Claro (Maria Louise)

Sorri tímida pelo elogio e fui lavar as mãos pra ajudar.

- Como você está? Não tivemos muitos momentos a sós para bater um papinho mais nosso. (Marina)

Ela desligou o fogo e retirou a panela que misturava de cima.

- Agora eu estou, melhor do que já estive antes... (Maria Louise)

- Como está indo sua readaptação na grande cidade? (Marina)

- Sinceramente, se não fosse o apoio e amor que sinto pela minha família, amigos e principalmente pela Sophia -respirei fundo- eu largaria tudo e continuaria minha vida longe daqui. (Maria Louise)

- Você estava feliz? (Marina)

- Não, nem teve um dia sequer que eu deitei minha cabeça no travesseiro e pude pensar "foi um bom dia" (Maria Louise)

- Então por que continuaria sua vida longe? (Marina)

- É fácil lidar com uma dor que você conhece... eu já sabia o quanto doía a saudade e não poder estar perto. Agora aqui, tenho que lidar com os podres do meu pai, cada dia uma coisa diferente que cai no meu colo e que me machuca. Não é fácil eu não saber com qual dor vou ter que lidar no dia seguinte. (Maria Louise)

- Sei que não está sozinha, mas vou reforçar que você tem meu apoio Maria, você fez parte dessa família e estou a disposição para o que você precisar (Marina)

Ela sorriu sincera me passando confiança e faz carinho no meu rosto.

Conversamos até o café estar pronto e o pessoal descer pra comer.

- Vocês precisam mesmo voltar hoje? (Antonella)

- Logo vocês vão se ver novamente filha (Marina)

Marina passou a mão delicadamente no rosto da caçula.

- Estou com saudade do Thurzinho (Antonella)

- Também estou, vamos marcar um dia pra vocês e seus amigos voltarem. (Rafael)

Se referiu a mim e a Sophia.

- Sabe, eu amo tanto bebês... quando vocês vão me dar um sobrinho? (Antonella)

- Você é uma emocionada Antonella, vai dormir (Sophia)

- Nem você e nem o Felipe querem me dar uma criança pra eu chamar de sobrinha, qual a graça de ter irmãos mais velhos? (Antonella)

Começamos a rir.

- Você tem uma sobrinha, a Meg, vai conhecer ela logo logo (Sophia)

- A Meg é a cara do Chefinho, quero um humanozinho (Antonella)

- Cadê as bonecas dessa criança mãe? (Sophia)

A manhã foi tranquila, passeamos com o Chefinho pelo condomínio e quando retornamos, fomos arrumar as malas e ficar prontas pra ir.

No elevador. (romance sáfico) Onde histórias criam vida. Descubra agora