29|O AMANHÃ

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Aviso: capítulo da visão de Dyana desde o momento que Kizzy chegou na cela até o momento em que Kizzy é "executada".

—|MASMORRAS DO CASTELO, AINDA NO REINO MONTERESE|—

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—|MASMORRAS DO CASTELO, AINDA NO REINO MONTERESE|—

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—|Ela passara as horas seguintes da madrugada em pé na janela, com a desculpa de querer ver a pouca paisagem. Suas intenções eram muito mais astutas, no entanto.

Kizzy havia sido levada até os guardas no início daquela manhã. O macho de cabeça raspada comentara que "a rainha quer ter uma conversinha agradável". Ela sabia que ele era o comandante das prisões odioso que sua irmã mencionara anteriormente.

Desde então, Dyana não deixara a janela por nenhum motivo, nem mesmo para se aliviar ou comer sua porção do dia. Precisara expulsar um casal lésbico de feéricas bem agressivas para arriscar perder o lugar.

Se tudo desse errado, se Kizzy e ela estivesse em perigo, se ninguém conseguisse resgata-lás — afinal, estavam ali a mais de setenta e duas horas, o prazo estipulado por Kie à Franke —, Dyana precisaria estar pronta com alguma estratégia de fuga. Então, grudou na janela, deslizando lentamente as pedras envolta da janela.

Eram poucas as pedrinhas que cediam no chão, formando um pequeno monte de poeira. Mas era melhor do que nada. Afinal, se conseguisse entortar as barras de ferro — não mágicas —, conseguiriam uma arma improvisada. Dyana também estava parando de comer a porção de ração que eles davam; havia veneno que inutilizava seus poderes, sua cura e sua resistência feérica.

Por isso os feéricos daqui estavam literalmente caindo aos pedaços, muitos sem conseguir andar.

Se ela deixasse de ingerir o veneno, sua resistência diminuiria, é claro, já que estava deixando de nutrir seu corpo, mas seus poderes voltariam. Há alguns anos, os poderes de gelo e neve se manifestaram em Dyana, que vinha treinando com Dourado quase todos os dias — já que tinham poderes semelhantes.

Talvez eu consiga congelar, mesmo que só um pouco, alguns dos guardas.

Posso parar seus corações apenas com um toque...

Só tenho que estar forte para isso...

Com esse pensamento de resiliência, Dyana permaneceu o resto do dia ao lado da janela, deslizando aquelas pedrinhas até que surgisse um efeito em cadeia que as fizessem cair. Isso se ela cair... Não bebeu a água que davam também; pegou o copo da mão do guarda para não levantar suspeitas, mas não ingeriu. Ao invés de beber a água contaminada, derramou o conteúdo pela janela e encheu com a água da privada.

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