Capítulo 68

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-Eu senti tanta falta de vocês!. -Dissera a loira enquanto ainda abraçava Mai.

-Mamãe!. -Dissera Manu correndo em direção a ela e quando a loira ouviu a voz do menino, não conteu as lágrimas.

Mai desfez o abraço e o deixou livre para Manu.

Annie se abaixou para ficar próxima a altura dele e o menino a abraçou pelo pescoço. A loira fechou os olhos e se permitiu sentir o abraço e fora quando mais lágrimas escorreram.

-Senti falta do seu cheirinho. -Ela dissera antes de se afastar para olhar o menino. -Você está bem meu amor?.

-Sim, mamãe. Mas senti saudade. -Ele dissera do seu jeito embolado mas ela entendera cada palavra.

O menino a puxou para dentro e soltou a mão dela para que os outros também pudessem a abracar.
Fizeram uma fila, primeiro fora Dul, seguida de Chris, depois Ucker e até o pequeno Dani. Todos a abraçaram forte e contaram a ela o quanto sentiram a sua falta, enquanto Poncho olhava do canto com Emi em seu colo. Ele ainda não acreditava que Anahi estava finalmente ali, parecia alucinação e ele odiaria ter que acordar.

Annie até tentaria conter as lágrimas, mas ao ver Poncho com Emi nos braços, ela não conseguiu. Também já tinha chorado com Manu, então ela simplesmente deixou que mais lágrimas viessem. 

Ela fora até ele, e com cuidado, pegou o seu filho enquanto os outros observavam. Com um sorriso nos lábios, as lágrimas caíam enquanto o menino a encarava e esboçava um sorriso.

-Ai meu Deus eu senti tanta falta de vocês!. -Ela voltou a repetir. -Obrigada por cuidarem dos meus meninos!.

-Foi uma honra cuidar deles!. -Dissera Ucker.

-Você está bem?. -Poncho finalmente dissera algo.

-Agora vou ficar. -Ela respondeu e se aproximou para um selinho demorado que ele deu de bom grado, mas ainda assim, sentindo os lábios dela, ele não acreditava que ela estava mesmo ali.

-Cheguei. -Dissera o advogado aproveitando a porta aberta. -Me enrolei para estacionar o carro e a Annie não me esperou. Perdi o reencontro? 

-Perdeu. -Contou Annie divertida e os outros riram.

-Então a Annie finalmente está livre?. -Chris perguntou o que todo mundo queria saber.

-Ainda não. -Respondeu o advogado de Annie. -É só uma liberdade provisória, ela vai aguardar até a conclusão do caso em liberdade. Eu consegui provar que ela não oferece risco a sociedade e nem vai tentar fugir, então nos deram esse benefício. O fato dela ter dois filhos pequenos também ajudou.

-O George está fazendo um ótimo trabalho, estou confiante que tudo vai dar certo. -Dissera Annie para animar os amigos.

-Eu também estou confiante. -Dissera o advogado. -Bom, como imagino que estajam com muita saudade da Annie, vou deixar vocês à vontade para aproveitar um tempo com ela.

-Vamos fazer um churrasco na piscina hoje, se quiser, pode ficar. -Ofereceu Dul.

-É, está cuidando bem do caso da Annie e se é amigo dela, também é nosso amigo. -Acrescentou Ucker.

-Fico lisonjeado pelo convite, mas vou ter que recusar. -Ele dissera. -Vou ter que ir agora para resolver outras coisas, mas qualquer dúvida podem me ligar, ok?.

-Ta bom, doutor. Obrigada mais uma vez. -Dissera Annie antes dele sair.

-Churrasco na piscina, é?. -Perguntou Chris.

-Dul está com desejo. -Explicou Ucker. -Tudo bem pra vocês?

-Por mim tudo bem. -Dissera Mai e Chris deu de ombros.

-Por mim também. -Dissera Annie e Poncho também concordou.

-Ótimo. Então eu vou no mercado comprar as coisas, quem vai comigo?. -Perguntou Ucker.

-Eu vou. -Dissera Chris se levantando.

-Eu também. -Dissera Poncho quando os outros dois rapazes olharam para ele. -Mas antes eu vou no mínimo, escovar meus dentes. -Ele dissera e os outros riram.

Mai e Dul, organizaram os colchões empilhados em um canto enquanto organizaram a sala. Annie ficou o tempo todo grudada em seus dois filhos, enquanto Dani quis ir no mercado com os outros.

Mai e Dul também contaram sobre o dia anterior, que os meninos tinham pintado tudo com tinta guache, e quando a morena mostrou as fotos do rosto de ucker e Chris cheio de tinta, enquanto dormiam, a loira não conteve a gargalhada. Manu também mostrou o desenho que fizera com Dani, Annie ficou orgulhosa e disse o quanto o desenho ficou lindo.

Cerca de mais de uma hora depois, os meninos voltaram com várias sacolas e Annie repreendeu Poncho por estar fazendo muito esforço poucos dias depois de uma cirurgia.

Depois de distribuirem as tarefas, ficou assim: Mai e Dul cuidavam dos preparativos que acompanhariam as carnes como salada e afins. Ucker, Chris e Poncho ficariam com a parte fundamental que seria preparar e assar as carnes e até mesmo ascender a churrasqueira. Annie ficaria com as crianças então teria que vesti-los com roupa de banho, cuidar do protetor solar e bóias de segurança.

Annie estava justamente no quarto, terminando de vestir Manu, Dani já estava vestido e esperava o outro menino. Emi estava deitado na cama, só de fralda enquanto mexia nos pézinhos e encarava o teto. Estava bastante calor naquele dia então todos iam aproveitar.

-Prontinho, agora só falta o protetor. -Dissera Annie para Manu.

-Por que precisamos passar?. -Perguntou Dani curioso.

Poncho entrou no quarto mas Annie não percebeu porque estava de costas para a porta.

-Porque a nossa pele é delicada, meu amor, e a luz do sol queima ela.

-O sol é quente?. -O menino continuou com as perguntas.

-Sim, o sol é uma estrela quente. -Ela explicou com paciência.

Quando Manu percebeu Alfonso atrás da mãe, ele acabou rindo porque seu rosto estava um pouco sujo de carvão. Fora nessa hora que Anahi virou e viu ele.

-Estava brigando com o saco de carvão?. -Perguntou Anahi depois que ela e Daniel também rir.

-Sabe que se juntar, Chris, Ucker e eu com mais um saco de carvão não ia dar boa coisa. -Ele dissera e mais risadas foram ouvidas.

-Tudo bem crianças, podem esperar lá na sala e eu desço com o protetor solar. -Ela pediu, então Manu e Dani pegaram uma bola inflável e desceram para o andar de baixo.

-Você tem muita paciência com eles, principalmente com Dani, ele é muito curioso então faz muitas perguntas. -Dissera Poncho fechando a porta atrás de si para terem mais privacidade.

-Fico feliz em responder todas. Gosto muito das crianças, de todas. -Ela dissera e ele sorriu.

-Amo você, senti sua falta. -Ele dissera se aproximando.

-Também te amo. Achei que fosse explodir de tanta saudade. -Ela dissera antes dele tocar os lábios dela com os seus.

O beijo começou lento, mas logo não conteram a saudade e de um minuto para o outro, ele se tornou mais feroz, com mais vontade. Poncho levou as mãos para o traseiro de Anahi e com as duas mãos, uma de cada lado, ele apertou ali. Ela arfou. Mas quando ela mordeu de leve o lábio dele, Alfonso subiu com uma das mãos e levou até a cintura dela, onde também apertou. Mais uma vez ela arfou, seguida de um gemido que não parecia de prazer.

Alfonso afastou os lábios dos dela no segundo seguinte e a encarou.

-O que foi?. -Ele perguntou confuso.

-Nada. -Ela respondeu somente e ele viu nos olhos dela que era mentira.

Poncho levantou a barra da blusa que ela usava e quando descobriu a pele da cintura dela, percebeu que estava roxo mas não parecia um hematoma recente, ele parecia estar ali já havia alguns dias.

-O que foi isso, princesa?. -Ele perguntou com voz calma para não assustar ela.

...

Reencontro De Seis Almas - RBDOnde histórias criam vida. Descubra agora