Sinopse: 15 anos depois, você e Pedro se reencontram e se perdoam, mas finais felizes são apenas uma coisa em contos de fadas.
Aviso: menções de álcool e fumo, angústia.
Contagem de palavras: 1.2k
Faz 15 anos que você e Pedro se separaram, 15 anos de amantes sem nome, 15 anos vendo seu amor de longe, 15 anos de arrependimento. Os filhos que você queria? Não existem e mesmo que existissem, não seriam de Pedro, seu dedo estava livre, livre de uma aliança dourada, você morria por dentro por 15 anos e a culpa era sua. Enquanto isso, Pedro seguiu a vida dele, ele estava com outra pessoa a pouco menos de 15 anos, se casou e está mais famoso que nunca, ele agora tem uma esposa que o segue ao redor do mundo e é o porto seguro dele, uma mulher que não era você, uma mulher que não o abandonou.
15 anos.
E em uma noite de sábado aleatória, no inverno de Nova York, vocês se encontram de novo, em um pequeno bar, o bar mal iluminado exibia uma variedade de coquetéis e bebidas, você está sentada em um banquinho, tinha acabado de sair do trabalho e agora estava afogando suas mágoas no ombro de seu melhor amigo, o ombro dele é a borda de um copo de uísque.
O trabalho era duro, o amor era duro, a vida era dura, você tinha pirado e não dava mais a mínima, por que daria? Seus amigos se foram, eram amigos de Pedro, e depois da separação você não tinha mais o direito de chamá-los de amigos, seu Pedro se foi, estava casado, só te restava esquecer de tudo com a sua bebida.
No canto do bar, o homem estava sentado, com o cotovelo apoiado no carvalho escuro e um cigarro na mão, soltando uma nuvem de fumaça, com um uísque não mão. Depois de um longo dia de filmagem, Pedro queria uma bebida tranquila em um bar tranquilo, ele olha ao redor do bar, ele observa uma mulher no bar, com as mãos no rosto enquanto uma única lágrima escorria pela bochecha dela, ela se afasta e pega o copo com força antes de jogar a cabeça para trás, o líquido suave escorrendo pelo copo até a boca dela. Ela, a mulher que ele tentou tirar dos pensamentos há mais de uma década, a mulher sozinha quase acabou com ele, a mulher que arrancou o coração dele, cuspiu nele e depois devolveu a ele, sem nunca chorar.
15 anos, e como as coisas mudaram, quando eles estavam juntos, o nariz dela se enrugava só de pensar em uísque, agora ela estava virando os copos como se fossem sua tábua de salvação, ela estava se tornando uma bagunça aos olhos do mundo, mas em sua cabeça, ela estava ficando entorpecida.
Pedro apaga o cigarro e vai até ela, ele tossiu antes de levantar a mão para o barman, impedindo-o de fazer o seu sexto drinque da noite, você vira a cabeça e olha pra ele, seu coração parou e você ficou sem palavras. Você olhou para o homem que tinha seu coração, em estado de choque, ele ainda continuava o mesmo, um pouco mais velho, é claro, algumas rugas se acentuam nos olhos e na boca dele, linhas de sorriso, enquanto você criou rugas entre sua testa depois de a franzir com tanta frequência.
Pedro se senta ao seu lado e quebra o silêncio.
- O que aconteceu? - Ele murmurou, abaixando a cabeça, sem olhar para você.
Você estava olhando para ele com uma expressão de tristeza e confusão, você tentou falar, mas não conseguiu.
- Você está bem? - Ele perguntou.
Você balança a cabeça negativamente e começa a chorar, sua mão tentou encontrar a dele, mas não conseguiu, já que imediatamente ele tirou a mão do balcão, as colocando na e suspirando.
- Fazem 15 anos, 15 anos desde que você disse não, 15 anos desde que você quis terminar, era o que você queria - Ele sorri tristemente, enquanto você assente e enxuga uma lágrima do olho.
- Eu sei, me desculpe - Você conseguiu falar, sentindo sua garganta doer.
- Eu te perdoei há muito tempo - Ele explicou - Você me machucou. Na época, eu pensei que não conseguiria viver sem você, e honestamente, eu pensei em voltar, quase voltei, mas eu pensei que você não iria me querer de volta, então eu não voltei e tive que seguir em frente.
Você entendia, não gostava da resposta, mas entendia.
- Você tá feliz? - Você sussurra, com os olhos fixos nos dele. Vocês estão com os olhos cheios de lágrimas, com a memória daquela noite em câmera lenta na mente de vocês dois.
- Estou, nós estamos pensando em ter um filho, em breve, quando eu terminar esse filme, a gente vai tentar - Ele engoliu o resto da bebida, sorrindo levemente, o assunto era delicado.
Você sentiu o seu coração parar de bater, e estava paralisada, o sangue corria frio nas suas veias. Respirando fundo, você respondeu.
- I-isso é emocionante, estou hum... estou feliz por você - Você responde, depois de respirar fundo. Sorrindo, enquanto tenta esconder as lágrimas.
- Você pelo menos conseguiu realizar seu sonho? Eu sei que você queria ter filhos e foi por isso que você foi embora - Por favor, me diga que sim - Ele implorou desesperadamente.
Ele notou que, ao contrário dele, você não usava aliança, ele não esperava que você estivesse casada, mas comprometida.
- N-não, sem filhos... e-eles nunca aconteceram e provavelmente é tarde demais agora, então você sabe - Você deu de ombros. Pedro estendeu a mão e enxugou a lágrima que caiu do seu olho antes de colocar a mão em seu ombro, a mão que te confortou por muitas noites, a mão que te tocou como ninguém, a mão que se encaixava como uma peça de quebra-cabeça em você, a mão que agora era o conforto de outra pessoa, a mão que logo envolveria a mãozinha do filho enquanto a mãe, que não seria você, observava.
- Sinto muito.
Sorrindo tristemente, você olha para baixo, sufocando um soluço.
- Eu te amo, e- e eu sinto muito por tudo, você era tudo pra mim e eu fui estúpida em te deixar ir... Eu- Meu Deus, eu ainda te amo - Você riu antes dar um último gole na sua bebida.
- Eu sei - Pedro respondeu. Ele não falou que te amava porque, verdade seja dita, ele não amava, ele não te odiava ou se ressentia de você, ele sentia pena de você e desejava que as coisas tivessem terminado de forma diferente, mas não podia fingir que não estava feliz com a vida dele agora. Ele se levanta, colocando 20 dólares no balcão, e começa a se afastar.
- Se cuide, seja gentil consigo mesma, eu te perdoei há muito tempo, acho que você também deveria - Ele deixou a frase pairar no ar por um segundo enquanto vestia o casaco. Ele se inclina e dá um beijo gentil em sua testa antes de se afastar ajeitando o colarinho. O sino acima da porta do bar tocou indicando que ele tinha saído, saído de sua vida para sempre, e a possibilidade dele ser seu de novo foi embora com ele.
E com isso, você começou a chorar no bar.
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Imagine Pedro Pascal
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