Capítulo 13

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"Aproveite bem o seu último mês de vida Snape, pois um dia a hora da morte chega para todos os traidores, e a sua hora está chegando. Ela já está a caminho. É um aviso junto a uma promessa."

Severo pensou nos dizeres do bilhete o dia todo. Intrigado em saber quem enviou aquele bilhete, que veio voando em sua direção no meio do corredor, após ele sair do salão no café da manhã.

O bilhete tinha queimaduras em volta do papel, devido ao voo incendiado que deu. É um feitiço pouco utilizado nos últimos séculos pelos bruxos, é pouco conhecido e impossível de rastrear quem o realiza. O que o deixou mais ranzinza ainda.

Por isso não foi almoçar hoje, estava sem fome, por isso se isolou de todos, e só comeu a noite porque Minerva pegou no seu pé por não tê-lo visto no almoço. Tudo que ele queria era solitude para pensar. Passou a manhã e a tarde toda sentado encostado naquela árvore perto do lago negro lendo e refletindo, era onde se sentava com Lílian quando criança para estudar.

Ninguém o incomodava ali. Alguns alunos passaram e olharam o professor sentado ali sozinho, mas não ousaram dizer nada e logo saíram correndo de sua vista para que ele não lhes tirasse pontos.

"...a sua hora está chegando."

Ele pensou muito nessa parte. A hora dele já havia chegado naquela noite, quando Voldemort mandou Nagini o matar. Ele sentiu que sua hora havia chegado. Já não conseguia respirar devido ao sangue lhe engasgando a garganta, junto com o veneno daquela maldita cobra. Teve um momento de felicidade quando a última coisa que viu foram os olhos verdes de Harry, os olhos da mãe dele, os olhos de Lílian.

Mas não foi isso que aconteceu. Ele estava em um lugar escuro e calmo, estava bem, até que foi puxado novamente para este mundo de dor e sofrimento, onde todo dia tem de acordar sabendo que ele está vivo e ela não, que ele está vivo e pessoas melhores que ele estão mortas.

Hoje foi relembrado disso quando a professora Santos despejou sua raiva nele. Foram poucas palavras, mas foram o suficientes para que a dor em seu coração aumentasse.

À noite, Minerva passou em seus aposentos para verificar se ele havia comido e se estava bem. Severo estava carrancudo e não queria conversar com ninguém, então apenas meneou com a cabeça dizendo que sim, que estava bem. Ela comentou também, que a professora Santos estava mal por ter dito aquilo a ele, que ela queria se desculpar.

– Não conversamos muito, mas pude perceber que ela está magoada com o que disse, Severo, dê uma chance a ela para que se explique, para que se desculpe – Ele não a respondeu, apenas grunhiu em concordância.

A diretora se levantou do sofá que estava sentada, ao lado da poltrona em que Snape estava sentado com um copo de whisky nas mãos.

– Sempre que quiser conversar, estarei à disposição. Durma bem, Severo – Dito isto, ela saiu dos aposentos dele indo em direção aos seus.

Ele não queria contar a ela sobre o bilhete, não quer alarmala para algo de pouca importância. Ele não quer colocar ninguém em risco para protegê-lo. Ele quer que o destino, que seja quem for que escreveu aquele bilhete lhe prometeu, se realize.

Não era nem para estar vivo ainda, não era para estar recebendo ameaças de um anônimo covarde que não tem coragem de assinar com seu nome um bilhete com promessas de matá-lo. Não era para estar vivo, mas como estava?

Não sabia como ainda estava vivo. Se lembrava de acordar atordoado e com dor pelo corpo todo, não conseguiu se levantar então focou em recordar o que havia acontecido, de como foi parar ali. Quando se lembrou de tudo, após um tempo, conseguiu se mexer e sentou, apoiando suas costas na parede.

Olhou a sua volta e tudo estava como antes de ser atacado por aquela cobra peçonhenta. Exceto por uma coisa, que chamou sua atenção.

Um animal com pelagem cinza e marrom, com seu focinho longo e com os olhos com uma intensa cor amarela, estava sentado ereto observando-o.

De início, Snape pensou que era um animal selvagem faminto, que iria matá-lo e comê-lo. Mas um animal selvagem não esperaria para ver se sua presa iria acordar para depois atacá-lo. Este animal, muito parecido com um lobo, deixou Snape intrigado.

Não muito tempo depois de Severo ter o notado ali, o animal se levantou, virou e saiu dali porta a fora.

Aquele não era um animal selvagem. Aquele animal era um animago, concluiu Snape antes de conseguir levantar e se firmar nas pernas bambas, e sair dali também, em direção ao castelo destruído após a guerra.

Quem era o animago que estava o observando? É uma pergunta que não sai da cabeça de Severo desde de que acordou, junto com: como ainda estou vivo?

Irritado e intrigado com tudo que vem lhe acontecendo ultimamente, bebeu o resto do líquido amargo do copo, se levantou e foi ao banheiro tomar um banho para dormir.

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Mais um capítulo proceis, é curtinho mas tá aí kkkkkk

Espero que gostei e me contei as teorias novas que surgiram com esse cap

Bjs e até a próxima genteh lindah 😘✨

Fui!

Surpresa! Você é o meu pai! | +18Onde histórias criam vida. Descubra agora