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Acordei, sentindo meu corpo mais leve, daí do quarto e fui até a sala. Minha tinha não estava ali. Então resolvi conhecer a casa. Cheguei no quarto da minha tia e vi vários parta retratos. Alguns tinham ela e minha mãe de mentira, o meu "pai" e Andreas. Eles se conheciam.

Assim que olhei para foto aonde Andreas estava, senti um aperto em meu coração e a enorme vontade de chorar vir com tudo. A única pessoa que havia me dado um amor de família de verdade não iria estar na minha vida. Mesmo ele não sendo meu pai, ele era como um pra mim. O pai que eu nunca tive e sempre sonhei em ter. Deixei as lágrimas grossas e frias descerem sobre minha bochecha, molhando a blusa que eu usava. Eu deveria lidar com isso, até porque, Andreas não era nada meu e nos conhecíamos a quase dois meses. Mas o carinho e amor que ele me deu, me fez sentir-me acolhida e amada.

A cena de seu corpo caindo ao chão circulava em minha mente. Quanto mais eu lembrava, mais eu chorava. Puxei o ar com força, quando ele começou a fazer falta em meu pulmão. Meu choro não era silencioso, era um choro de dor, angústia, mágoa e saudades. Saudades da minha única família. Tentei controlar minha respiração, mas era tarde de mais, a crise estava ali, batendo em minha porta, entrando como uma intrusa.

Caminhei em passos pequenos e devagares até o banheiro, tentando passar uma água no rosto para ver se melhorava. Coloquei a mão em meu peito, ainda sentindo a grande dor que estava ali, alguns minutos depois minha respiração ficou mais calma e a dor diminuindo aos poucos. Joguei uma água no rosto novamente e voltei para o quarto. Me sentei na cama, sem ânimo para nada. Escutei alguém bater na porta, logo a abrindo.

- Desça, iremos voltar para Lípsia. - Minha tia disse e eu concordei.

Nos víamos sempre que eu vinha para a Alemanha com meu antigo pai. Já fazia alguns meses que não via ela. Me levantei e sai do cômodo indo até a sala, vendo ela pegar sua bolsa. Me guiou até a garagem e entramos em seu carro.

•••

Algumas horas depois havíamos chegado a casa dos Kaulitz's. Abri a porta e um grande sorriso escapou de meus lábios ao ver Tom ali na porta, com as mãos no bolso, olhando para mim enquanto sorria. Corri até ele e me envolvi em seu aperto, o abraçando como nunca e toda minha força. Logo sendo retribuida. Encostei minha testa na dele e sorrimos juntos. O garoto não aguentando mais, atacou os meus lábios, em um beijo cheio de saudades e carinho. Nossas línguas dançavam em sintonia, em passos lentos e calmos, deixando tudo mais gostoso. Afastamos um do outro e nos olhamos sorrindo. Suas mãos estavam em minha cintura, durante todo o ósculo.

- Eu sentin sua falta, pequena. - Ele encostou seu queixo em minha cabeça, a abraçando ainda mais.

- Eu também senti sua falta, Tommy. - Ela fechou os olhos, inalando o cheiro do perfume amadeirado dele.

Ah como ela sentiu falta daquele cheiro, e muita. Ficaram alguns minutos assim, aproveitando a presença um do outro.

- Onde está Andreas? - Aquela pergunta fez meu sorriso sumir, e aquela sensação de perda e angústia voltar. - Ah, me desculpa. Sinto muito.

Ele me abraçou novamente, acariciando meus fios de cabelo. Senti novamente lágrimas grossas e quentes caíram de meus olhos. Desta vez eu estava chorando silenciosamente, apenas lágrimas quentes e dolorosas. Me afastei um pouco dele e limpei meu rosto, segurando as lágrimas em seguidas. Abraçei meu próprio corpo. Ele entendeu o recado e fomos para dentro de sua casa, mas antes me despedi de minha tia, que agora não era mais minha tia.

- Andreas não morreu, só está muito grave no hospital e talvez não sobreviva. - Falei baixo, assim que sentamos no sofá. - E sua família?

- Ela irá ficar lá até Evelyn ser presa. - Acariciou minha bochecha. - Eu te amo.

Olhei em seus olhos, já que estava olhando para minhas mãos juntas. Senti meu estômago se revirar, sorrio e deixo um selinho em seus lábios.

- Também te amo, Tom. - Disse, logo trocaram beijos ali.

•••

A garota estava na cama de Tom, enquanto ele tomava um banho. Escutou um barulho na janela e deu um pulo sobre a cama, assustando-se. Sua respiração acelerou-se levemente. Senti meu corpo se arrepiar e meus nervos todos tremerem, olhei para oque havia batido na janela, era só uma pomba.meu coração se acalmou. Viu o garoto entrar no quarto com apenas uma toalha amarrada na cintura. Ele se trocou, ficando apenas com uma calça de moletom, se deitando ao lado da loira, a abraçando e colocando a perna por cima dela. Escutou o celular tocar, era o de Mavi, que Tom havia trazido da vila. Ela pegou, logo atendendo.

- Parentes de Andreas Kleinschmidt? Esse número estava na lista de parentes. - Escutou uma voz fina.

A delegada havia pedido o número dela, a mesma deu. Achando que não iria dar certo, mas deu. Concordou a mulher perguntar e elaexplicou a situação de Andreas. Ele havia acordado, mas tinha perdido os movimentos das pernas, e 20% da audição pelo tiro de raspão que havia levado na orelha. E dois tiros no quadril. Ele poderia ter alta assim que estiver melhor e forte, pois ainda estava muito fraco.

- Bom, pelo menos ele não morreu. - Soltou um sorriso fraco ao falar para o garoto. Ela anotou o hospital que ele estava e logo voltou a se deitar ao lado de Tom. - Eu te amo.

Ela disse, sorrindo para ele, que a puxou para mais perto e deixou um beijo esquimó nela. Logo eles pegaram no sono.

O dia amanhã seria cheio.

Eita, Andreas voltando dos comes e bebes

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Eita, Andreas voltando dos comes e bebes

In the hands of a guitarist | 𝐓𝐎𝐌 𝐊𝐀𝐔𝐓𝐈𝐋𝐓𝐙Onde histórias criam vida. Descubra agora