08

68 30 134
                                    

                  O vestido preto e fino caiu sobre meu corpo de forma estranha, ele estava um tanto largo, talvez não fossem nem do meu número

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

                  O vestido preto e fino caiu sobre meu corpo de forma estranha, ele estava um tanto largo, talvez não fossem nem do meu número. Mas papai havia dito que comprou especialmente para mim, porque era melhor que as roupas que eu estava acostumada a vestir por aí.

Todas as minhas roupas para ele estão curtas demais ou apertadas demais. Ele queria que eu me vestisse com calças largas e blusas que chegariam as coxas. Era como se ele nunca quisesse que uma menina tivesse nascido na sua família, e ele deixava isso bem claro.

Ele nunca brigou com Henry ou Seth, ele se quer se importa com eles. Ele não questionou quando Henry apareceu com uma namorada e Seth com várias. Mas ele se importou quando o boato de que eu estava envolvida com um dos filhos Blackwell. Papai ficou furioso, lembro como se fosse hoje.

A dor que se espalhava pelas minhas mãos quando eu tentei abrir a porta do banheiro. Ele me trancou lá por um dia. Ele disse coisas horríveis durante essas vinte e quatro horas. Coisas como; você se tornaria uma vagabunda tão facilmente. Também me lembro que ele colocava as mãos na minha cintura, ele tocou nas minhas pernas, tocou abaixo dos meus seios. Sempre perguntava se eu gostava daquilo.

Ele disse que estava fazendo aquilo para me castigar, ele disse que se sentia forçado a fazer aquilo. Mas seu olhar e bocas eram diferente, eles eram sagaz, olhos estranhos. Eu quase poderia dizer que ele gostava onde as mãos estavam tocando. Mas não, era meu pai, ele nunca pensaria daquele forma. Então quando eu disse isso a Henry, ele também pareceu ficar estranho, mas nunca falou nada com ele.

Nunca me defendeu.

Acho que ninguém faria isso por mim.

Amarro o cabelo, novamente. Nunca ando com ele solto mesmo, os cachos são aberto demais, as vezes alto demais. De novo, ainda lembro das palavras duras do papai sobre eles.

Talvez eu esteja pronta, talvez não. Mas já posso escutar meu pai chamando lá embaixo, reclamando, quando geralmente ele é o ultimo a ficar pronto. Hoje era eu, então alguém reclamaria particularmente mais no meu ouvido.

— Você morreu dentro desse quarto Katherine?

Quarto? Aqui era um porão. Mas ele de repente decidiu chamar de quarto, porque ele sempre faz tudo o que quer.

A porta do porão desceu, certeza de que ele viria agarrar no meu braço e me puxar para fora daqui. Eu nem queria estar indo nesse jantar em primeiro lugar, era um lugar cheio de gente que particularmente, nunca poderia gostar. Eu se quer queria respirar perto delas.

Mas não foi ele que apareceu na fresta do vão no chão, foi o cabelo extremamente preto da minha mãe. Fio por fio amarrado em um coque perfeito, sem um fio curto ou fora do lugar. O roso quase sem maquiagem, acho que ela passou apenas algo para cobrir a boca seca. Seus lábios sempre foram ressecados, papai também sempre reclamou deles.

SILÊNCIO PERFEITO | ABADDON #1Onde histórias criam vida. Descubra agora