O capítulo não foi revisado, peço desculpas se tiver algum erro. Boa leitura!
------------------------------------------------------------------15 de fevereiro de 2006 (Uthai Thani Hospital)
O horário estava próximo ao pôr do sol. A recepção do Uthai Thani Hospital estava lotada, todas as cadeiras estavam ocupadas, alguns pacientes e acompanhantes estavam em pé , outros cansados da espera simplesmente sentavam no chão. A equipe médica lutava para não deixar as pessoas desamparadas, mas ali era o maior hospital público da província, e atendia a maioria dos moradores.
Eram muitos pacientes para poucos médicos.
Do lado de fora, um táxi acabará de deixar duas mulheres e uma criança em frente ao lugar, o rosto de Choo estava vermelho, tanto por receber a notícia do acidente antes de ir buscar a filha mais nova na escolinha, quanto pelas lágrimas que tinham escorrido. A mãe das garotas e Tori, a esposa de Noey, tinham acabado de enfeitar a casa para a festa de Engfa quando o telefone tocou, Choo não sabe de onde tirou forças, mas em um tempo recorde conseguiu arrumar uma bolsa com os documentos de Engfa e ir buscar Freen na escola, pois não tinha com quem deixar a caçula, até porque sua cunhada a acompanhava.
O chaveiro preso na mochila de Freen fazia barulho ao chacoalhar por conta da rapidez com que sua mãe a fazia andar, o olhar amedrontado da criança era nítido, não gostava de hospitais, pois era o último lugar onde tinha visto seu pai antes dele fazer uma viagem espacial (sua mãe lhe disse que ele tinha ido atrás de um presente especial para ela, uma estrela, por isso ia demorar muuuito tempo para voltar), e também não gostava de remédios que tomava quando estava doente, principalmente quando eram aplicados com agulhas.
— Boa tarde, me chamo Choo Sarocha, me ligaram dizendo que minha filha e meu cunhado estavam aqui, os nomes deles são Engfa Waraha e Noey Waraha. — O tom de voz da mulher era extremamente calmo, mas seu rosto demonstrava que ela estava se segurando para não desabar ali mesmo, a preocupação tomava conta de seu peito.
A recepcionista não demorou para encontrar os nomes citados, logo chamou um enfermeiro e pediu que o mesmo acompanhasse as duas mulheres e a criança até o médico responsável pelas vítimas do acidente. A mulher tinha um mau pressentimento, em casos comuns eles só indicavam o caminho, o fato de ter alguém para lhe direcionar para o médico responsável era preocupante, mas não pensou muito e logo seguiram o homem que tinha sido chamado.
— Mamãe, a P'Fa e o titio estão bem? Eu não quero ficar aqui. Está muito cheio.
Freen não tinha falado nada durante o caminho até o hospital, ela via que sua mãe e sua tia não estavam bem, mas o clima hospitalar deixava a menina desconfortável. Choo parou de andar, pedindo um minuto para o enfermeiro e para Tori, iria aproveitar esse tempo para acalmar seu coração que batia descontrolado. Ela se agachou e pegou as duas mãos da filha mais nova, enquanto olhava os olhos da criança.
— Está tudo bem, não se preocupe, meu bem. Logo vamos sair daqui com seu tio e sua irmã, eles devem ter vindo aqui porque sua irmã ficou ansiosa com a festa, sabe que ela sempre passa mal quando fica nervosa por algo.
Beijou as pequenas mãos da garota e se levantou. Freen estava com as mãos geladas, a mãe rapidamente pegou a garota no colo e a abraçou, esperava que isso fizesse o medo da filha passar, e também precisava de um abraço naquele momento. Não queria que sua pequena a visse daquela maneira, Freen era muito esperta para sua idade, e tinha uma memória ótima, não queria que ela lembrasse de seu rosto cheio de lágrimas, por esse motivo sempre evitou chorar na frente das filhas, até mesmo quando seu marido se foi, sempre tentou passar uma imagem de força e confiança para as garotas.
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More Than Love
FanfictionA lenda japonesa do Akai Ito diz que o destino conecta as pessoas com um fio vermelho e independente do tempo ou distância, essas pessoas irão se encontrar e realizarão uma história, seja ela de amor ou ódio. Na mitologia grega, acreditava-se que o...