A cada dia te quero mais

Introdução

Ruan está em frente ao computador, como sempre, já se passam da meia noite e ele ainda não sente sono, trabalhar durante o dia, fazer faculdade a noite, essa era sua rotina.
Em seu celular surgiu uma notificação dos seus amigos o chamando para sair, ele não conseguia imaginar um cenário em que houvesse a possibilidade dele sair de casa nesse horário.
O alarme toca, ele percebe que dormiu em cima do teclado do computador. Ao passar para o banheiro, seu reflexo o assusta quando se vê no espelho do guarda roupa, desde quando tinha tanta olheira, seu cabelo estava longo como nunca esteve, quase nos ombros, até que os cachinhos desse tamanho foi de seu agrado, talvez deixará assim.
Após tomar banho e vestir sua roupa social, com camisa e calça social, colocar o cabelo em um afropuff, se aprova no espelho ignorando as olheiras, pega sua mochila, calça seus sapatos que estão em seu lugar de costume, na entrada da casa.
Após chegar no trabalho, percebe que seu celular está descarregado e o coloca pra carregar em sua mesa, o emprego não era glamouroso, mas conseguia pagar suas contas e manter um estilo de vida confortável, após seu celular ser ligado, surgiu diversas notificações em sua tela.
O que pode ter acontecido?
Há diversas mensagens e ligações de sua irmã, até sua sobrinha chegou a enviar mensagens. Decide ir ao banheiro para ligar para sua irmã, no segundo toque já é atendido.
- Ruan, finalmente consegui falar com você, está tudo bem com você? Aconteceu alguma coisa?- sua irmã fala muito alto, deixando claro sua urgência.
- Luísa, o que aconteceu? Vocês me ligaram diversas vezes.- diz de forma direta, querendo ter o assunto esclarecido logo.
- Não queria te contar assim, mas não há outra forma, a mamãe morreu ontem a noite, não consegui entrar em contato com você antes.- a irmã diz com sua se quebrando no meio da frase.
- Meu Deus, o que aconteceu? Até semana passada, ela estava bem.-ele não podia acreditar, só podia ser brincadeira.
- Enquanto ela dormia, mamãe conseguiu morrer tranquila, como sempre quis. - a notícia começava a ficar cada vez mais real na mente de Ruan.
- Quando é o velório? No posso ajudar? - diz prontamente, assumindo as sua responsabilidades.
- Vai ser amanhã, só poderei te dizer no que precisamos de ajuda quando você chegar.- a irmã soluça, mas consegue falar de forma clara.
- Irei pegar o avião o quanto antes, até o começo da tarde, espero estar aí.- ele iria pedir licença do trabalho por uns dias, seu chefe era muito difícil, mas se fosse necessário, ele pediria demissão.
Ruan, tinha certeza de uma coisa, nada, nem ninguém seriam capazes de impedir com que ele fosse capaz de se despedir de sua mãe.