Garrafa

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"eu não posso morrer aqui..."



Levaram alguns segundos para Izuku retomar os sentidos, e quando o fez, seu corpo paralisou de medo. O homem que o atacou, tinha o encurralado contra a parede. Ele era alto, e tinha uma barba mal feita. Vestia uma jaqueta de couro suja, e tinha olhos vermelhos, que pareciam encara-lo com um ódio mortal.

O sujeito o empurrou, de forma que ele sentiu suas costas baterem contra a parede. Entretanto, mesmo com tudo, Izuku ainda segurava a garrafa de vidro que havia pegado de um canto no beco. Sem hesitar, o menino acertou a garrafa em cheio na cabeça do homem.

— AGH!— O sujeito grunhiu de dor, enquanto cambaleava para trás, soltando Izuku, e o deixando respirar.

O garoto aproveitando a oportunidade que ganhou, rapidamente vasculhou o ambiente com os olhos. "Tem que ter algum jeito" ele pensava, até que encontrou uma brecha entre umas latas de lixo até a saída do beco.

No desespero, ele correu sem pensar. Enxergando apenas a saída do beco, e nada mais. Ele correu naquela única direção. Podia sentir o vento fresco da noite do lado de fora, podia ver as luzes dos postes, ele estava quase lá.

Assim que passou pelas latas de lixo, e começou a correr no instante seguinte, apenas pra ser apunhalado pelas costas pelo homem, que deveria estar desnorteado

—AGORA... VOCÊ VAI VER... SEU MERDINHA!— Ele gritava e gritava, mas Izuku parecia não ouvir. Estava paralisado de medo. O mundo ao seu redor girava, como se passasse em câmera lenta. Ele estava encurralado, iria morrer ali. Ele não queria morrer. Não queria morrer... Não queria... Não... Não... Não... Não... Não... Não!

Se morresse ali, sua mãe sentiria sua falta... As pessoas ao seu redor se culpariam por ter sido ruins... Ele não podia morrer. Mas o que poderia fazer entretanto?

Izuku pensou e pensou. É claro... Se esquecera de que trouxe seu telefone consigo. Se fosse rápido o suficiente, talvez houvesse um jeito de ligar a lanterna pra cegar o oponente... Não seria difícil certo? Certo...? "...Eu consigo, eu consigo, eu consigo... eu só preciso..."

— !...

Um segundo. Um segundo foi o suficiente pro homem avançar contra ele. Ele avançou rapidamente, quase como um pulo. Seria impossível desviar de um ataque assim quando cercado de paredes. Era o fim.

Restart: Reacendendo a EsperançaOnde histórias criam vida. Descubra agora