Almas Gêmeas

✠°•°CAP |37|°•°✠

A área de eventos do hotel estava cheia de convidados. O lugar estava divinamente decorado, os pilares dourados estavam adornados com rosas brancas e vermelhas. Finalmente havia chegado o grande dia, o casamento mais esperado de todos. Garçons passavam frequentemente entre os convidados. Katsuki olhava ao redor achando tudo um exagero, não era do tipo que gostava daquelas coisas. Talvez, se não fosse por Aizawa, nem teria ido ao casamento. Seu médico havia incluído uma mesa para toda a família Todoroki e para Katsuki com seu pai. O ômega havia chegado há poucos minutos e já avistou muitas pessoas famosas. Se não fosse por Midoriya, iria ficar sem saber quem era o noivo de Aizawa até o fim da noite. Midoriya estava em pé ao lado do buffet, ele conversava com o namorado e tinha um sorriso nervoso no rosto. Ambos estavam vestidos com trajes pretos, pois eram padrinhos de Aizawa.

— Oi Kachan. – cumprimentou Izuku ao ver o amigo se aproximando da mesa do buffet.

— Oi. – respondeu distraído. Sua atenção era somente da bandeja cheia de carnapés no centro da mesa. — Por que colocam as coisas mais gostosas, tão longe?

Katsuki tentou se esticar de todas as maneiras para alcançar seu objetivo, mas a barriga de quase 6 meses lhe atrapalhava muito, mesmo que ficasse de lado, não podia se inclinar demais. Irritado, o ômega travou a mandíbula encarando Izuku que ria baixo da cena.

— Kachan, posso fazer carinho na sua barriga? – pediu Hitoshi com os olhos brilhando como duas ametistas.

— Pode, e o seu namorado idiota vai pegar aqueles canapés pra mim. – falou entregando seu prato para Izuku.

— Claro. – concordou o alfa tentando ficar sério.

Hitoshi segurou a barriga de Katsuki e sorriu fascinado. O bebê se mexia empurrando com suas mãozinhas onde o ômega tocava. O loiro fez uma careta de dor puxando o ar com força.

— Desculpe, apertei com força? – Hito se afastou em um pulo olhando preocupado para o amigo.

— Não é você, Kaito é muito hiperativo e as vezes chuta minhas costelas. – explicou fazendo carinho em sua barriga para tentar acalmar seu pequeno.

— Que nome lindo. Quem escolheu? – indagou Hito curioso.

— O bobão do pai dele. Juntou nossos nomes e saiu Kaito, eu deixei, não ficou tão feio. – confessou dando de ombros.

Foi a primeira coisa que Shoto quis conversar quando recebeu alta. O alfa só falava disso e Katsuki estava perdendo a paciência, então concordou com o nome que ele escolheu. Não era feio e gostou da pronúncia, deixando assim seu alfa contente. Outro assunto que eles conversaram a sério, foi a marca. Katsuki sabia que seria algo intenso e que os ligaria eternamente. Então o ômega pediu para Shoto esperar um pouco mais antes de marcá-lo. E como o príncipe encantado que ele era, o alfa concordou.

— Pronto. – Izuku se virou e entregou o prato para o loiro. Katsuki não pegou, ele olhou para o alfa com uma sobrancelha erguida em total desagrado.

— Só isso? Enche essa porcaria, eu como por dois agora. – atirou mandão. Hito e Izuku riram e levaram bronca do loiro por isso.

— Eu não vi Shoto ainda, onde ele está? – perguntou Midoriya adicionando mais carnapés ao prato do ômega.

— Ele foi correndo buscar minhas vitaminas no carro. – revelou.

Naquele momento, Kaito deu uma cambalhota em sua barriga que lhe tirou o fôlego. Era só ouvir o nome de Shoto e ele ficava ainda mais agitado. Estava se tornando cada vez mais difícil, manter seu pequeno calmo, ele era muito energético e raramente sossegava. Mas as vezes Shoto conseguia fazer com que Kaito dormisse, então Katsuki já estava ansioso para que seu alfa voltasse logo.