𝐎υ𝗍𝗋ⱺ ρ𝖾𝗌αᑯ𝖾ᥣⱺ, 𝗊υ𝖾𝗋𝗂ᑯⱺ? (Oꪀׁׅꫀׁׅܻ ꯱ׁׅ֒hׁׅ֮ᨵׁׅtׁׅ)

Capítulo único

𝜗𝜚 𝕾ã᥆ ᥲ⍴ᥱᥒᥲs s᥆ᥒһ᥆s...

Narradora Pov
Enmu acorda no meio da noite sentindo seu marido se mexendo mais ao seu lado na cama. Quando se vira, vê Muzan com os olhos fechados, suado e murmurando frases quase incompreensíveis. Mas Enmu já sabia o que eram...

Súplicas inconscientes de Muzan para que seu marido não o abandonasse.

"De novo", Enmu pensou, vendo pequenas lágrimas se formando no canto dos olhos de seu marido. Aquilo fazia seu coração apertar. Por que seu marido sempre era perseguido por sonhos tão ruins todas as noites? Nem lembrava a última vez em que pôde dormir sem acordar no meio da madrugada com Muzan tendo mais um pesadelo.

Enmu sabia exatamente o que Muzan estava sonhando: sempre a mesma coisa, sempre a mesma besteira. O sonho sempre começava com Muzan e Enmu felizes e abraçados, até que, de repente, Enmu estava caído no chão, chorando, com algum ferimento grave, e Muzan com as mãos cheias de sangue do menor.

Esses malditos sonhos começaram a perturbar a cabeça de Muzan desde que completaram 2 meses de casados, por causa de uma pequena discussão que os dois tiveram por ciúmes. Muzan levantou a voz no meio da discussão e apertou o pulso do seu marido um pouco mais forte do que o normal, o que acabou assustando um pouco o mais novo.

À noite, os dois pediram desculpas um para o outro. Muzan, principalmente, ficou se sentindo um lixo por ter machucado e assustado seu marido, mesmo Enmu dizendo várias e várias vezes que não se importava e que nunca o odiaria por nada neste mundo. Afinal, discussões são totalmente normais em um relacionamento..

Enmu odiava ver que seu marido não tinha paz nem mesmo nos seus sonhos. Muzan já era obrigado a passar raiva no trabalho e voltar para casa com dor de cabeça, e quando pensava que poderia descansar a cabeça deitado com seu amor ao seu lado, vinham esses pesadelos para deixá-lo com mais dor de cabeça e inseguro sobre o seu casamento com Enmu. Ele não conseguia passar um dia sequer sem olhar para o pequeno e se perguntar se ele estava feliz ao seu lado, se o estresse de Muzan no trabalho estava deixando Enmu triste.

Respirando fundo, Enmu ligou o abajur que ficava em cima da pequena cômoda ao lado da cama e deu palmadinhas no rosto molhado de suor e lágrimas de seu marido. Muzan abriu os olhos assustado, encontrando o olhar carinhoso de seu esposo.

Rapidamente, ele o abraçou, enfiando o rosto na curvatura do pescoço pálido de Enmu, enquanto chorava em silêncio, recebendo cafuné de seu marido, que dizia que já havia acabado e que não precisava se preocupar.

Enmu: — Foi o mesmo sonho... Certo? (disse baixinho enquanto continuava com o cafuné)

Muzan apenas concordou com a cabeça, sem tirá-la do pescoço de Enmu. Ouviu seu marido suspirar cansado; óbvio que era o mesmo sonho, sempre era o mesmo sonho...

Enmu - Você quer água? Eu vou pegar para você. (Disse, parando o cafuné e se levantando para ir até a cozinha, mas logo sentiu Muzan o abraçando com mais força.)

Muzan - NÃO, POR FAVOR, NÃO VAI! Não me deixa sozinho... Eu imploro. (Disse, chorando desesperado; não queria que ele fosse a lugar nenhum. E se Enmu o abandonasse? Se o deixasse para sempre?)

Enmu abraçou Muzan com força, voltando a fazer cafuné no cabelo curto e ondulado de Muzan. Ficaram na mesma posição até Muzan conseguir se acalmar e pedir para deitar no peito de Enmu.

Muzan - Me desculpe por ter te acordado...

Enmu - Está tudo bem, não foi sua culpa (disse acariciando a bochecha úmida de Muzan).

Muzan - Me desculpe por te machucar...

Enmu - Isso nunca vai acontecer. Pare de pensar nessas coisas.

Muzan - Eu te amo. Obrigado por estar comigo e me fazer feliz...

Enmu - Às vezes, eu queria ter o poder de moldar os seus sonhos, de fazê-los os mais felizes possíveis, para que você acordasse sempre sorrindo e dizendo que seu sonho foi maravilhoso.

Muzan sorriu levemente, abraçando a cintura de Enmu com força enquanto se acalmava com o seu cheiro doce.

Enmu - Eu amo você, Muzan Kibutsuji, e eu não vou te deixar por nada. Vou ficar ao seu lado até que a morte nos separe. Lembra? Foi isso que prometemos no altar (disse, se lembrando de cada detalhe do dia mais feliz da sua vida)

Muzan - Te amarei até o meu último caminhar, até meu último suspiro, até meu último batimento cardíaco (disse Muzan, repetindo os votos do seu casamento).

Enmu - Até que a morte nos separe (disse Enmu, segurando as bochechas de Muzan e o puxando para um beijo quente e carinhoso, cheio de amor e paixão).

Muzan abraçou a cintura de Enmu, aprofundando ainda mais o beijo. Enmu colocou suas pernas em volta da cintura de Muzan enquanto sentia o ar começar a faltar.

Se separaram do beijo com um fio de saliva conectando ambas as bocas, se olharam com amor e sorriram como bobos.

Muzan se deitou, puxando Enmu para deitar em seu peito enquanto abraçava forte a cintura de seu marido, ouvindo Enmu dar uma risadinha fofa.

Adormeceram depois de alguns minutos, sorrindo apaixonados. Eles se amavam demais e nunca poderiam machucar um ao outro. Ambos sabiam que tinham feito a escolha certa quando subiram naquele altar e colocaram as alianças um no outro.

Eram apenas pesadelos; nenhum se tornaria real, e iriam aprender a lidar com esses sonhos juntos para sempre.

Fim.