Você vem sempre aqui?

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"VOCÊS SÃO UM BANDO DE IDIOTAS!" Eu circulava pelo escritório com as mãos na cintura roendo meus dentes de irritação com meu pessoal, eu estava sentindo meu sangue quente, era como se eu estivesse suando numa praia, mas essa porra é somente a Rússia e eu estou somente lívida. Em momentos como este, exatamente agora, era quando eu entendia as dificuldades e sombras envolvidas em ser a líder de uma empresa de grande porte. Isso para não especificar toda a carga psicológica que afeta tudo mais na minha vida.

A família Belova-Romanoff é dona do maior conglomerado de defesa da Rússia que não participa do governo, talvez o único que possa ser considerado realmente independente.

A ANTEY construiu seu nome e se especializou no desenvolvimento e produção de equipamentos de refrigeração comercial, dispositivos eletrônicos de rádio domésticos, softwares e aplicativos de monitoramento, bens de consumo como blindagens e proteção corporal e depois expandiu o leque para a produção de sistemas de defesa contra mísseis terra-ar de alto desempenho e inteligência artificial, tudo sobre o que havia de mais sofisticado em produtos de engenharia computacional de defesa e segurança partia de nós.

Eu, Yelena Belova Romanoff lutava diariamente para que o império de minha família não se vendesse aos poderios bélicos, tentava a todo custo que nossas tecnologias não estivessem atreladas a guerras. O que seria irônico se a empresa está atolada até o pescoço em vender material de defesa para esses mesmos governos que só tem propósitos de iniciar guerras inúteis e sem sentido. O dinheiro era certo, vender proteção para quem vivia atacando não ser atacado de volta, e oferecer proteção a quem não poderia atacar. O Dilema moral está em tudo nisso.

Obviamente, nada era fácil, a empresa era assediada muito frequentemente por outros países que queriam nada mais do que ser melhores em se defender de guerras que eles mesmos criam o enredo e o motivo.

Como CEO da Antey e Yelena Belova Romanoff, havia uma preocupação flagrante com minha família, com um largo histórico de envolvimento com projetos de guerra, não estar mais envolvida em nada disso. Eu tentava todos os dias da minha vida trabalhar duro para que eles não precisassem mais se expor a essas conjunturas.

Meus pais e irmã trabalharam anos com a inteligência russa e eram burocratas respeitados o suficiente para se retirarem do governo e criar sua própria empresa sem serem mortos ou perseguidos. Era uma vitória deles que eu me digladiaria com toda a Rússia para manter.

Eles trabalharam incansavelmente pela paz, e quando minha irmã mais velha, Natasha, decidiu que não queria nada com os negócios da empresa e muito menos viver mais a serviço de conflitos envolvendo guerras, sobrou para mim assumir o legado e fazer disso algo tão grande quanto poderia ser seguindo todos os princípios que todos nós tínhamos. Se não pudéssemos fazer a paz, lutaríamos contra aqueles que se opusessem a ela, ou no mínimo defender o máximo de pessoas possível em nome desta paz.

Agora a nova crise era que meu carregamento de material de construção para sonares que iriam para pesquisadores marinhos nos Estados Unidos, foi saqueado por um grupo que vinha tirando meu sono. Esses filhos da putas que não se importam com baleias e golfinhos sendo ameaçados?

Malditos piratas de merda.

Rick Mason, estava observando toda a minha impaciência, ele sabe que estamos com problemas, como sua chefe e melhor amiga, ele sabia melhor do que ninguém o peso nos meus ombros agora, e como esse tipo de episódio vinha dificultando a reputação da Antey e por tabela, a minha.

"Eu tenho meu pessoal na procura desse grupo, tudo o que eu sabemos agora é que o líder é algum maluco com uma mão biónica louca que tem idéias ainda mais loucas e nazistas, e quando eu encontrar esse filho da puta eu vou enfiar a maldita mão biônica dele bem onde o sol não brilha na vida dele." Mason ameaçou totalmente chateado com os últimos acontecimentos.

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