[Único] Like snow on the beach.

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"But your eyes are flying saucers from another planet
Now I'm all for you like Janet
Can this be your real thing? (Can it?)
Are we falling like
Snow at the beach?
Weird, but fucking beautiful"

"But your eyes are flying saucers from another planetNow I'm all for you like JanetCan this be your real thing? (Can it?)Are we falling likeSnow at the beach?Weird, but fucking beautiful"

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O pôr do sol pairava sob o mar que surpreendentemente estava agitado. A vista era graciosa, extremamente inspiradora para mais um dos livros que a jovem Eliza escrevia e nunca terminava.

Seu caderno estava ao lado, com um rosto qualquer rabiscado no canto da página. No celular tocava alguma música da Taylor Swift, e em sua perna estava apoiado o livro que deslumbrava a pouco.

O vento levava os fios castanhos para longe, e o cheiro inexplicável da água salgada invadia suas narinas. A situação toda parecia irreal demais, e em uma tentativa de eternizar o momento, fechou os olhos. Focar em uma única coisa poderia ser difícil, e aproveitar o momento por partes parecia quase impossível para si. Por isso, fez questão de apreciar cada segundo da paz que custou a ser conquistada, já que provavelmente não sentiria algo assim de novo.

Aos poucos a praia se esvaziava, e era possível contar nos dedos todos ali presente. Eliza arriscaria afirmar que a pequena quantidade de pessoas que permanecia no local estavam certas da felicidade que era se estabelecer em um ambiente silencioso e inspirador.
Estranhamente, a água agitada não parecia correr, e sim dançar. Havia beleza na ação tão natural da natureza, e talvez essa seja a causa de toda sua magnitude.

O ambiente natural parecia – e era – bem mais atraente do que ficar o dia inteiro em casa – e não é querendo julgar quem fica, porque Eliza faz exatamente o mesmo –, mas sentir o sol em contato com a pele no final da tarde também tem suas vantagens. A quentura do local se tornava acolhedora de alguma forma, e o céu mostrando apenas parte de sua plenitude fazia com que tudo aparentasse ser um sonho lúcido, a ponta de um iceberg, um motivo para viver...

Uma de suas grandes características era amar encontrar tesouros: livros antigos, músicas desconhecidas e novos lugares. Para onde ia, era com o pretexto de que talvez aquilo pusesse lhe gerar inspiração para um best-seller. E sinceramente? Não fazia muita questão de mudar seu pensamento, já que convencia apenas a si mesma. Entretanto, bem no fundo, sabia que desejava apenas descobrir alguma coisa: encontrar um naufrágio, uma nova paisagem... Algo raramente belo, que merece ser descoberto.

A maré dançava sozinha, e até mesmo as poucas pessoas começavam a se dispersar no lugar, deixando para trás apenas o canto dos pássaros e água. Ao abrir os olhos, avistou uma moça sentada em sua frente, que parecia ter chegado a pouco tempo. Analisando a sua volta, não encontrou ninguém mais, e logo observou o céu escurecer. Estava perto da hora de ir.

Não queria olhar muito e parecer invasiva, mas se tornou inevitável analisar a pele alva e o corpo esguio que contrastavam exatamente com o cabelo roxo. Observou uma tatuagem de lavanda na parte de trás do braço esquerdo, junto de uma frase escrita em algo que acreditava ser coreano um pouco mais abaixo.

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