Capítulo 31 - Lo único que ha podido cumplir tus placeres

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Martín pensava sobre como Luciano sempre cuidara dele nos mínimos detalhes, durante todos os momentos mais longos que passaram juntos, enquanto o brasileiro ia buscar num dos quiosques mais próximos algumas cobertas para que eles não passassem frio durante a noite.

Luciano parecia não ter tido mesmo a intenção de fazer com que os dois dormissem naquele lugar, mas era evidente, pelas atitudes do argentino, que além de eles não irem dormir tão cedo, também estariam demasiadamente cansados para voltar para o sobrado quando a noite enfim "acabasse".

E então, Luciano pôs-se prontamente no melhor de seu "modo cuidador": levou Martín para tomar uma ducha pós-banho de mar ali naquele quiosque adjacente à região para banhistas, para tirar a água salgada da pele; enrolou o argentino num roupão quentinho, perguntou se Martín queria secar o cabelo – e se ele quisesse, iria buscar um secador. Agora voltava para pegar as cobertas, porque o brasileiro não permitiria que Martín sentisse frio.

Não era como se o argentino nunca tivesse notado esses cuidados. Em verdade, ele sempre os notou – e sempre se sentiu terrivelmente incomodado com isso.

Como se, de certa forma, ele não merecesse essa atenção. Como se Martín não fizesse por merecer toda a extrema cautela com que Luciano o tratara durante todo esse tempo.

Martín tentava se lembrar se em algum momento ele de fato agradecera ao brasileiro por tudo isso, quando o moreno voltou para aquele quiosque-cabana improvisado no meio da areia.

— Tu quer se cobrir agora? Não sei se peguei o suficiente, tu sempre foi meio friorento...

Martín não respondeu com palavras.

O argentino estava sentado no tapete felpudo que cobria a areia. Esticou os braços pra cima, pedindo para que Luciano o entregasse aquelas cobertas e, assim que as teve em mãos, ajeitou-as numa posição para que elas servissem de travesseiro, dando tapinhas em cima delas, indicando para que o brasileiro se deitasse ali, ao seu lado.

Luciano sorriu um sorriso diferente do que Martín estava acostumado a ver no rosto do brasileiro. Um sorriso que tinha absolutamente todo tipo de sentimento e emoção bons misturados ali – principalmente, carinho e afeto, mas também aquela vontade e tesão incontroláveis que só Luciano sabia como sentir.

"Dios, quantos desse homem ainda existem pra que eu possa conhecer?"

Luciano se deitou, animado, colocando uma mão atrás da própria cabeça, e acariciando uma das pernas de Martín que permaneceu sentado ao seu lado.

O argentino o olhou com o olhar que pedia exatamente tudo o que ele queria naquele instante, um olhar que não seria capaz de ser traduzido em palavras porque estava desesperado pelo toque do brasileiro.

Martín se esticou um pouco por cima de Luciano, procurando pelos lábios do moreno, que levantou a mão da coxa do argentino para acariciar-lhe o rosto.

— Você pode me tocar agora do jeito que eu quero? – Martín perguntou, sussurrando contra a boca de Luciano.

— Até tu não aguentar mais, princesinho...

O argentino, parcialmente deitado sobre o peito nu de Luciano, beijou o brasileiro pela incontável vez naquele dia, respirando num misto de súplica e gemidos levíssimos, esfregando a própria perna em cima da coxa do moreno.

Martín pegou a mão de Luciano que estava em seu rosto e a desceu para seu peito, sem soltá-la, sentindo a forma com que o brasileiro era totalmente dominador das melhores técnicas sobre como estimular seus mamilos. Os dedos dos dois homens brincaram por um tempo naquela região, até que Martín forçou a mão de Luciano mais pra baixo, na direção de seu pênis nu e semiereto, à mostra no meio do roupão aberto que o argentino usava.

Private Dreams (BraArg) (PT-BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora