Nami caminhou pelo familiar labirinto de metal, perdida em pensamentos. Os sons da festa ainda ecoando forte em seus ouvidos, não que ela estivesse prestando atenção, afinal já ouvira aquelas mesmas músicas incontáveis vezes. Talvez ela devesse estar lá em cima com os outros, aproveitando a festa e comemorando a vitória, mas seu coração se apertava em seu peito, batendo mais rápido a cada passo que ela dava em direção à cabine dele. Um nó se formava em sua garganta e ela sentia um frio na barriga que apenas aumentava a sua vontade de sair correndo na direção oposta, mas havia algo que ela queria, que ansiava urgentemente e com todas as suas forças.
Quando ela finalmente alcançou a porta da cabine dele e encontrou o quarto vazio, não foi alívio que a atingiu, foi irritação e uma urgência ainda maior. Essa era a única confirmação de que precisava. A noite ainda era uma criança, mas eles ainda não tinham muito tempo. E mais uma vez ela caminhou pelo labirinto, apressando o passo a cada curva. Em um momento ela estava andando e no outro correndo, cada vez mais rápido, até sua respiração ficar ofegante, até seus pés a levarem para a porta da biblioteca, e em nenhum momento o turbilhão em sua mente cessou. Ele era rude, grosso, frio e calculista, e ao mesmo tempo, ele era carinhoso, atencioso, impossível e sexy, deuses, como ele era sexy. Ela o odiou, no começo, queria ele longe de seus companheiros, queria pegar aquela espada desnecessariamente grande e usá-la para cortá-lo em pedacinhos, queria fazer ele engolir aquele chapéu manchado cada vez que fazia um comentário sádico, o que era a maior parte do tempo, mas algo havia mudado, ela queria entender como se sentia, como ele se sentia e só havia um jeito de descobrir.
Se Nami tivesse prestado mais um pouco de atenção, se o seu coração não estivesse batendo tão forte que o som repercutiu em seus ouvidos, se ela não estivesse com tanta pressa para saber que gosto tinham os lábios dele, se cada parte sã de sua mente não estivesse gritando para ela parar, talvez ela tivesse notado que Law não estava sozinho na biblioteca. Mas toda a razão fugiu de sua mente quando ela o viu de pé, parado, se debruçando sobre uma mesa repleta de papéis e livros. Ele estava sem camisa, vestindo apenas com a calça jeans manchada e o casaco longo, aberto como um roupão. Seus cabelos estavam despenteados, soltos e rebeldes, caindo por seus olhos, emoldurando seu rosto. Ela não conseguiu impedir seus olhos de devorarem cada centímetro do corpo dele, cada músculo daquele corpo escultural, cada tatuagem, e naquele momento não restou mais dúvida, então ela deu o primeiro passo, resoluta.
-Law. -A voz dela saiu mais como um suspiro do que ela gostaria, mas ele ouviu, o som da voz dela, tão carinhoso e cheio de desejo que por um momento ele esqueceu de colocar sua máscara de frieza, deixando a surpresa estampada em seu rosto, mas havia mais alguma coisa, e quanto Nami encontrou os olhos dele encontrou nos dele um desejo que rivalizava com o seu. Law deixou suas emoções escaparem por menos de um segundo, mas foi o suficiente, ela já havia visto, e iria tomar o que veio buscar.
Sem esperar, Nami caminhou pela sala com passos firmes em direção a ele, seus seios parcialmente à mostra pelo top de biquíni que usava balançavam conforme se movimentava, sua perna escapando pela fenda lateral da saia apenas completava aquela visão escultural, e Law não desviou os olhos por um segundo, bebendo daquela imagem como se estivesse sedento. E quando o alcançou, Nami cravou as unhas no colarinho do casaco dele, puxando-o para si, fazendo com que Law se inclinasse para ela e o beijou com toda a intensidade que sentia. Os lábios dele eram quentes e suaves contra o dela, se movendo à sua vontade, seguindo seu comando silencioso. Com uma das mãos, Law a puxou para perto pela cintura, colando seus corpos enquanto sua outra mão segurava o rosto dela com delicadeza. Ela queria se afogar naquele beijo, queria se perder na essência dele, ela ansiava por mais, então ela virou a cabeça para tentar aprofundar o beijo.
A navegadora dos Chapéu de Palha era um perigo, ela era mandona, insegura, manipuladora, avarenta, intrigante, não sabia ouvir ordens e honestamente, era a mulher mais teimosa, linda, teimosa, inteligente e teimosa que ele já havia conhecido. Ela tinha um jeito muito peculiar de sempre irritar Law e conseguir que as coisas fossem do seu jeito, e honestamente, naquele exato momento, ele queria encontrar qualquer motivo para parar o que estava prestes a fazer, queria recuperar qualquer gota de razão que fugiu de sua mente no momento em que a ruiva entrou na sala. Mas a verdade é que ele queria isso, tanto quanto ela, ele ansiava por isso, ele queria ela, e no momento em que a ruiva inclinou a cabeça para aprofundar o beijo, ele não conseguiu mais se controlar. Quebrando o beijo, ele se afastou apenas alguns centímetros para que ela conseguisse respirar, e falou.
-Fora. -Ele disse ainda sem tirar os olhos dos dela, não conseguia desviar o rosto daqueles olhos castanhos exigentes, daquelas bochechas coradas e daqueles lábios inchados, como ele queria sentir aqueles lábios percorrendo seu corpo. Foi o suficiente, Sacchi e Bepo entenderam a mensagem. Sacchi imediatamente se retirou da biblioteca, enquanto Bepo arrastava consigo um Sanji boquiaberto e confuso e um Penguin extremamente irritado, como se aquilo fosse uma ofensa pessoal e os dois pensavam a mesma coisa, aquilo era um pesadelo, nenhuma outra explicação seria aceitável.
-N-Nami-swan... -Sanji conseguiu dizer antes de Bepo arrastá-lo para fora e fechar a porta.
Nami não teve tempo para ficar em choque, pois a porta mal havia terminado de fechar quando Law a segurou pela cintura e a colocou sentada na mesa, retomando o beijo, com ainda mais urgência, e então todos os seus pensamentos estavam preenchidos pela ruiva, a sensação da pele lisa dela, os seios macios, aquela língua quente com sabor de laranja, cada som, cada suspiro e cada gemido, ele queria mais, queria ouvi-la gemer seu nome, queria fazê-la gritar de prazer enquanto se perdia cada vez mais nela. Ele não tinha certeza se já quis algo tanto quanto a queria naquele momento, então ele quebrou novamente o beijo, apenas para beijar o pescoço dela, traçando uma linha de beijos até sua clavícula, parando apenas quando alcançou a linha do biquíni dela, e Nami tomou essa pausa como uma ofensa pessoal.
-Law, por f... -Ela não terminou a frase antes de Law arrancar o top dela e tomar seus seios em seus lábios, lambendo a pele sensível de seu mamilo.
Cada toque dele em sua pele era como fogo em sua pele, queimando-a de dentro para fora, construindo um desejo em seu interior que ela não sabia se conseguiria suportar por muito tempo. Ela sentia seu cerne queimar, um fogo que apenas aumentou quando ele passou a mão pela parte interna da coxa dela, se aproximando cada vez mais daquela parte que pulsava em desejo, que ansiava por ele. Não era justo apenas ela se sentir assim, ela também queria ficar no controle, queria provocá-lo, brincar com ele e ver até onde ele conseguia chegar sem perder o controle. Então ela prendeu as pernas ao redor da cintura dele, puxando-o para mais perto, colando ainda mais seus corpos e foi quando ela sentiu algo extremamente duro contra suas coxas.
-Merda... -Law disse entredentes, xingando todos os deuses que conseguiu lembrar, apertando as coxas dela e pressionando-a ainda mais contra seu comprimento. Então ele aproximou sua boca da orelha dela e falou com sua voz rouca, fazendo todos os pelos do corpo dela se arrepiarem. -Nami-ya, se você continuar fazendo isso, vamos transar aqui mesmo. -Estavam em um lugar público? Sim. Ela ligava? Não, pelo contrário, ela queria que ele a tomasse ali mesmo, então, ela arrancou o cinto dele e abaixou suas calças, revelando todo o seu comprimento. Law não pode impedir uma risada de sair de seu peito, ela não cansava de surpreendê-lo com sua audácia. -Shambles.
Em um momento Nami estava na biblioteca, sentada na mesa, Law entre suas coxas, no outro, estava na cabine dele, deitada em sua cama, com Law acima dela, pressionando-a contra a cama. Naquela posição ela conseguia sentir cada centímetro do corpo dele, cada músculo, cada membro. Ela não queria mais esperar, sentia que poderia entrar em combustão a qualquer momento, ela precisava de todo do comprimento dele dentro dela, naquele exato instante. E nesse momento, Law tomou os lábios dela mais uma vez e pressionou todo o seu comprimento contra ela, entrando devagar. E o gemido que Nami deixou escapar foi o suficiente para fazer qualquer razão deixar a cabeça de Law.
Eles se moviam em sincronia, buscando prazer um no outro. Os lábios de Law percorriam o pescoço de Nami, beijando, lambendo e mordendo, cada toque apenas aumentando o prazer dela, incendiando-a de dentro para fora, até ambos atingirem o ápice.
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Sorte ou Revés
FanfictionEsta é a Ilha da Sorte. Poucos piratas encontram-na, menos ainda conseguem deixá-la. Duas tripulações foram escolhidas para jogar: Chapéus de Palha e Piratas do Coração. No entanto, para equilibrar o número de jogadores, o acaso decidiu que a navega...