Capítulo Único

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Obra não revisada.

Tenham uma boa leitura.

(...)

Jungkook

Apoiei minha cabeça em minha mão, observando meu ômega sentado no tapete em frente à mesinha de centro pintando suas delicadas unhas de amarelo.

Já tem um tempo que estava pensando em pintar minhas unhas também, mas estava com receio do que meu ômega acharia disso.

Afinal, não era normal ver alfas com as unhas pintadas. Ômegas e até mesmo betas masculinos estava tudo bem, mas agora, alfa? Longe de ser normal!

Uma vez cometi a burrada de comentar com um conhecido sobre isso, e ele falou tantas besteiras que só me fizeram ficar com ainda mais receio.

‘Alfas de verdade não pintam suas unhas!’

‘Que alfa se prestaria ao ridículo de pintar as unhas igual a um ômega?’

‘Haha, você quer ser uma ômega agora? Essa é boa!’

‘Que ômega veria com bons olhos seu alfa com as unhas pintadas?’

‘Se meu alfa pintasse as unhas, eu terminaria com ele! Porque pintar unhas não é coisa de alfa de verdade!’

‘Olha, nada contra alfas que pintam as unhas, mas... vamos concordar que isso não é normal!’

Chacoalhei a cabeça, tirando essas lembranças de minha mente, voltando minha atenção para meu ômega, que agora fazia desenhos em um dos dedinhos gordinhos que estavam cheios de anéis.

Meu ômega pintava a unha regularmente, raramente eu não o vejo de unha pintada. Ele diz que gosta de como seus dedinhos ficam quando está com as unhas pintadas.

E por saber o quanto ele gosta disso, eu sempre compro vários esmaltes de cores diferentes para ele usar. Compro até mesmo aquelas pedrinhas e brilhinhos feitos para decorar a unha.

De tanto que eu compro esmaltes para meu ômega, ele tem uma gaveta cheias deles. E outra cheia de coisas para decorar as unhas do jeito que quiser.

Ele fica tão lindinho concentradinho do jeito que está, que minhas mãos coçam para ir até ele e aperta-lo inteiro. Ele estava fazendo um biquinho tão fofo que eu queria enchê-lo de beijos.

Sem barulho, para não atrapalhar sua concentração, me levantei da poltrona que estava sentado, me sentando atrás de si, abraçando sua cintura afundando meu rosto em seu pescoço cheiroso.  

— Você cheira tão bem, amor. — Cheirei seu pescocinho, ouvindo seu ronronar baixo. — Dá até vontade de te morder.

— Bae, não começa. — Resmungou, encolhendo o pescoço quando dei uma mordidinha fraca. — Eu tô pintando a unha, você vai me fazer borrar.

— Desculpa, hm? Vou ficar bem quietinho aqui, prometo. — Deixei ele quieto, esperando ele terminar de pintar as unhas e elas secarem para que eu pudesse mordê-lo sem mais impedimentos.

Enquanto ele decorava a unha, olhei para a maletinha ao seu lado, onde estavam os outros esmaltes que ele não estava usando. Tinha umas cores bem bonitas e vibrantes, e eu tinha vontade de usar todas elas ao mesmo tempo se pudesse e não ficasse esquisito.

Mexendo aqui e mexendo ali, achei um roxo brilhante muito bonito. O peguei e fiquei brincando com ele em minha mão, ponderei por um tempo e olhei para meu ômega e depois para o esmalte.

Fiz isso algumas vezes até tomar coragem e colocar o esmalte na mesa ao lado do esmalte amarelo que meu ômega usava.

— Bebê. — Mesmo receoso se deveria fazer isso, o chamei.

Pintando as UnhasOnde histórias criam vida. Descubra agora