Recadinho inicial:Olá, se você chegou até aqui significa que de alguma forma essa história está te tocando. Que bom! 🙂
Neste capítulo, temos um POV da autora aqui, que explica um pouco melhor a situação de Sam, como ela age e como ela se sente em relação à Rebecca. Espero que gostem!
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Boa leitura!
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POV AUTORA
Sam passou horas nas redes sociais de Rebecca. Olhava cada foto e aproximava o máximo que podia, examinando cada expressão. Ao contrário de Rebecca, tinha total consciência de que havia se apaixonado pela investigadora há dois anos atrás, assim que a relação entre elas havia, digamos assim, se intensificado. Tudo em Rebecca lhe trazia muita curiosidade, e ao mesmo tempo em que sentia-se instigada a saber tudo sobre ela, também sentia raiva, assim como ela. A mulher queria a ver atrás das grades a todo custo, e mesmo tomando a decisão de usar seu poder e dinheiro para sumir completamente, Sam simplesmente não conseguia se desligar dela - sentia-se ligada à sua maior inimiga. Sabia que colocava sua segurança em risco quando não conseguia ignorar o que a imagem de Rebecca lhe causava. E mesmo assim continuava com ela em seu radar.
Com o dedo arrastando pela tela do celular, Sam passeava pelo perfil de Instagram pouco atualizado de sua algoz. Ela não tinha o hábito de publicar muita coisa, fazia o tipo "mais reservada", e usava as redes sociais apenas de forma pessoal, mas Sam já tinha decorado cada post, cada legenda, cada detalhe das imagens presentes.
Distraída pelas fotos de Rebecca, passou os olhos pela hora presente no canto superior do celular e em um salto, levantou-se da cama coberta por lençóis brancos de cetim. Estava atrasada para um grande compromisso. Hoje almoçaria com Yolanda Terence, uma grande empresária do ramo alimentício, que por baixo dos panos também fazia parte da organização de Roman.
Durante os últimos dois anos, Sam havia usado o nome de Freen Sarocha Chankimha para se esconder. Quando quase foi rastreada por Rebecca, teve que frear suas ações e dar alguns passos atrás no seu plano inicial para não ser presa. Assim, Heng havia a ajudado a criar toda uma estrutura em torno de seu novo nome, que fazia com que tivesse falsos contatos com outros falsos contatos, o que a tornava uma perfeita investidora para grandes negócios no mundo do crime. Agora, com a prisão de Roman, ela tinha uma grande e talvez única oportunidade de provocar um grande estrago na organização conhecida como ERA, que fazia tráfico internacional de mulheres e crianças. Essa chance dependia do encontro com Yolanda, a mulher que tomou as rédeas de um braço importante da organização após a prisão de Roman.
Sam vestiu-se elegantemente, deixando os cabelos longos e pretos soltos. Enquanto borrifava seu perfume mais instigante, encarava os próprios olhos no espelho.
- Vamos, Sam, você consegue!
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Chegando em frente à mansão de Yolanda, seu segurança ordenou que um grande portão fosse aberto, e Heng, que conduzia o carro, seguiu pelo imenso jardim que levava ao casarão. Antes de se despedir de Heng, Sam pediu para que o amigo, que se portava como seu motorista, não se preocupasse com ela, que o aguardasse ali. Ele assentiu, mesmo transmitindo resistência no olhar.
Yolanda já aguardava sua convidada em frente à enorme porta da mansão. Era uma mulher loira, alta, e de corpo atraente, coberto por um vestido longo, elegante e caro, sua marca registrada. Sam, completamente vestida de preto, subiu os degraus à sua frente fazendo barulho com o salto, e assim se colocou diante de Yolanda.
- Srta Chankimha! Finalmente nos conhecemos! Imaginava que fosse elegante, mas de fato fui surpreendida pelo quanto! - Sam sorriu educadamente lhe estendendo a mão, mas foi puxada para um abraço.
Durante o almoço, trataram de negócios. Enquanto ouvia a proposta de Yolanda, Sam traçava em sua mente um plano de como chegaria ao seu objetivo. Só precisava de acesso ao celular de Yolanda. Conectaria um transmissor que levaria os dados do smartphone a Heng, que faria o restante do trabalho. Para conseguir pegar o celular, faria qualquer coisa, e já havia percebido que a extravagância de Yolanda a tornava uma mulher distraída. Mas o mesmo não acontecia com seus seguranças, que acompanhavam observando o almoço de perto. Era preciso se livrar deles.
- Então te farei o depósito hoje, aqui mesmo, sra Yolanda. Sinto segurança em suas palavras, e vejo um retorno financeiro satisfatório em relação à ERA. Confesso que uma mulher liderando parte de uma organização de prestígio me deixa mais... excitada, digamos assim. - Sam limpa o canto da boca com o guardanapo enquanto mantém o olhar fixo em Yolanda. Aquele olhar que só Samanun Anuntrakul tem, que parece conseguir tocar a alma da pessoa.
Durante o restante do almoço, o clima leve favoreceu para que Sam agisse como a conquistadora que era, e aos poucos, assistia as barreiras emocionais de Yolanda se desfazerem.
- Aceitaria uma volta para que te apresente o jardim da mansão, srta Chankimha? - Convidou Yolanda enquanto se levantava, limpando a garganta e desviando o olhar, como se tivesse perdido uma batalha. A mulher tremia nas bases diante da beleza daquela sentada à sua frente.
As duas seguiram até a imensa varanda de entrada, dali já dava para enxergar o caminho que dava acesso ao imenso jardim. Percebendo que os seguranças as acompanhavam, Sam decide agir. Segurando o braço de Yolanda, suavemente pediu sua atenção:
- Podemos ficar a sós? - Sam indicou a presença dos seguranças com os olhos e então fixou o olhar em Yolanda novamente. Com a boca levemente entreaberta, passou a língua pelo lábio inferior. Yolanda assentiu, olhando para os dois homens de terno que pararam imediatamente de as seguir.
Assim, o caminho estava livre. Era nítido que Yolanda havia caído nos encantos de Samanun Anuntrakul. Ela guiava Sam pelo imenso jardim, apresentando plantas de países diferentes, muitas delas, completamente desconhecidas. Entre as plantas, um chafariz gigante dava ainda mais charme ao local. Yolanda falava e Sam se mostrava admirada, se aproximando o quanto conseguia entre os passos que as duas davam. Estava tudo perfeito para um golpe disfarçado de romance.
- Srta Chankimha, eu estou ficando maluca! Já estive com mulheres, mas junto a meu marido Paul, ele gosta disso, mas o seu olhar, eu estou ficando sem graça, se eu estiver entendendo errado, espero que isso não prejudique nosso negócio... - Yolanda foi interrompida por Sam:
- Nada prejudicará nosso negócio. Ele é tão certo quanto a água que cai desse chafariz... - Samanun se aproximou, pegando Yolanda pela cintura e a trazendo lentamente para mais perto. Enquanto passava levemente seus lábios pelos da mulher, sua mão puxava o celular dela do bolso do blazer que ela havia posto ao reclamar da brisa da tarde, presente no jardim. Com a metade do celular para fora do blazer, a abraçou forte e aprofundou um beijo, conectando o transmissor.
Enquanto isso, em frente a mansão, mais precisamente do estacionamento, Heng recebeu o sinal, e comemorou enquanto espelhava o celular de Yolanda ao laptop que usava. Sam havia conseguido mais uma vez! Só faltava retirar o transmissor e sair em segurança!
- Meu Deus, o que estamos fazendo?? - Yolanda diz se afastando bruscamente, saindo andando e gesticulando. Sam então percebeu que seu celular havia caído na grama do jardim, a oportunidade perfeita. Retirando o transmissor, chamou a atenção da mulher:
- Sra Yolanda, seu celular!
Já em frente à mansão, Samanum se desculpou com Yolanda pelo ocorrido, dizendo que não gostaria que ficassem constrangimentos. Enquanto isso, fez uma transferência de 2.000.000 para a conta dela - o valor de investimento à organização combinado durante o almoço. Mal sabia a mulher que, enquanto Sam transferia este valor, Heng retirava mais de 20 milhões da conta dela.
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Tão perto
FanfictionCompletaram-se dois anos desde que a investigadora criminal Rebecca Armstrong teve notícias sobre a peça principal do seu mais significativo e complexo caso: Samanum Anuntrakul. Sob o pseudônimo de "Sam", essa mulher havia cometido inúmeros crimes d...