Capítulo 1

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Ella Lee

Estava sentada na sala de espera do hospital, eu podia sentir meu corpo todo tenso. Não podia ser aquela a última vez que a veria.

Ouvi passos se aproximando e logo me levantei, os meninos fizeram a mesma coisa. O doutor não esbouçou nenhuma reação, talvez tudo tenha dado certo ou tudo deu errado.

- A cirurgia foi muito complexa, como haviam dito pelo telefone ao Sr. Bianchi era cheia de risco e que haviam 80% de chance de não ter como salva-la.

- Largue de enrolar, ela está viva ou morta?!- Apolo gritou com o médico o interrompendo de continuar.

- Ela está viva, mas as próximas horas são muito críticas. No entanto ela já é uma guerreira por conseguir sair viva dessa cirurgia.- o médico falou enquanto os meninos assimilavam toda essa informação.

- Obrigada, por estar fazendo tudo que pode.- agradeci ao médico que deu um sorriso sem graça e se retirou.

Fiquei de pé enquanto observava os meninos sentarem, Apolo está com raiva e muito provável que esta se sentindo culpado.

- Apolo.- o chamei e o mesmo balançou a cabeça negando.

- Agora não é hora dos seus sermões dizendo que a culpa não foi minha, porque foi minha culpa sim.- fiquei quieta, achei melhor não falar nada para não estressar ele mais.

- Cara, essas coisas acontecem. Devíamos agradecer por Aurora estar viva.- Nicolas disse ao seu lado.

Haviam mais duas pessoas com ela dentro do carro, o homem- aquele cujo me olhava com desejo- morreu na hora não teve chance de ser salvo, e a mulher- que tinha cabelos cacheados presos- estava viva na ambulância até ter uma parada cardíaca e não resistir.

- Será que podemos ver ela?- Vincent me perguntou quando me sentei ao seu lado.

- Eu sinceramente não sei, mas acho que ainda não.- olhei para o quarto em nossa frente.

- Temos que fechar o andar, ninguém pode saber que ela está aqui.- vi Apolo passar a mão pelo cabelo enquanto raciocina.

- Não é assim que funciona. Não somos o Presidente, Apolo- falei a ele.

- Os agentes não podem ficar sabendo, temos que fechar.- ouvi um suspiro.

- Isso custa dinheiro cara, muito dinheiro. Somos ricos, mas não burros.- Nicolas falou.

- Podemos fechar uma parte do andar, não todo o andar, Apolo. Temos que ser discretos e se fechamos vamos chamar atenção desnecessária, e começarão a investigar.- raciocinei com ele.

- Então fechem.

- Quanto cada um pode pegar?- Vincent questionou.

- Somos quatro, seria 20 mil pra cada.- Nicolas disse.

- Mais que merda!- Apolo gritou.- Não podemos pegar 20 mil assim do nada.

- Podemos sim, nós somos conhecidos em todo lugar. Tenho certeza que deixarão.

*

- Não podem retirar 80 mil.- o carinha do banco disse.

Revirei os olhos mostrando impaciência. Por mais que eu também achasse que não poderíamos fazer isso.

- Senhor...- tentei ler a plaquinha dourada dele.

IntocavélOnde histórias criam vida. Descubra agora