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O gaúcho foi o primeiro a acordar, graças aos raios solares que entravam pela janela e incomodavam seus olhos. Depois de se espreguiçar e notar um certo peso chamado "Paraná" sobre seu braço esquerdo, cenas da noite anterior foram retornando à sua mente. O moreno cavalgando em si, que apesar de gemer horrores, ainda mantinha o olhar superior e orgulhoso. As incontáveis posições que os dois testaram, o olhar inundado de luxúria e prazer, os beijos, carinhos, apertões, chupões... Enquanto sorria malicioso pensando em tudo isso, o loiro colocou o braço livre atrás da cabeça como apoio, mas logo sentiu as costas arderem com a ação.

— E não é que esse guri é um gato mesmo? – ele fez uma careta pensando nos diversos arranhões que o menor provavelmente havia deixado em suas costas devido à intensidade do ato da noite anterior.

No entanto, ao dirigir seu olhar a um Paraná dormindo tranquilamente em seus braços, notou que a situação dele era bem pior. O moreno possuía marcas de mordidas, vergões e chupões por literalmente TODO o corpo e perceber isso, além de fazê-lo avermelhar que nem um pimentãozin, também o fez notar o quão possessivo podia ser.

Com a movimentação na cama não demorou muito para o paranaense se remexer, resmungando e acordando.

— Bom dia... – ele murmurou bocejando.

— Bom dia flor do dia – o loiro lhe deu um beijo no topo da cabeça. – Como está o corpo? Dói?

Paraná sentou-se e se espreguiçou, como se fosse para garantir que todas as partes do seu corpo ainda estavam funcionais, inclusive seu quadril e bunda.

— Tudo certo – ele sorriu sem notar nenhum desconforto. – Tu me preparou bem e apesar de não aparentar, foi até gentil.

O gaúcho sorriu amarelo. Paraná estava dizendo aquilo porque ainda não havia se olhado no espelho.

— Se quiser pode ir tomar banho primeiro – o loiro ofereceu e recebeu uma careta emburrada em resposta. – O que foi?

— Tu vai me mandar tomar banho sozinho, é isso?

Rio Grande do Sul gargalhou. Onde raios havia se metido aquele guri assustado e cheio de vergonha que ele viu nas Cataratas?

— Bah, então vai primeiro que já tô indo – ele sorriu de canto. Realmente, os quietinhos são os piores.

Paraná saltou da cama e nem se importou em se enrolar em um lençol, roupa ou o que quer que fosse, foi direto para o banheiro. O gaúcho só aguardou. Quinze segundos depois...

— RIO GRANDE DO SUUUUUUUUUUUUUUUUULLLLLLL!!!!

O loiro fez um esforço monumental para não cair na gargalhada novamente. Paraná voltou ao quarto, agora sim enrolado em uma toalha, completamente vermelho e puto, mas nem tanto.

— Fala minha prenda – o gaúcho sorria.

— Tu tem titica de galinha na cabeça?! – o menor podia até estar bravo com as marcas, mas sua reação era muito mais engraçada para ser levada a sério.

— Ué... – o loiro levantou da cama, ao contrário do outro, pelo menos usava sua boxer. – Qual o problema? – e se aproximou, fazendo o paranaense recuar um passo.

— Olha o tanto de marca de tu me colocou seu djanhento! – bufou o moreno, ficando mais vermelho com a aproximação repentina.

Rio Grande do Sul o envolveu com os braços esticados, e se abaixou para falar em seu ouvido.

— Desculpa – ele sussurrou, – mas tenho o costume de marcar bem o que é meu – e completou com um belo apertão na bunda do paranaense.

E o coitado deu tela azul. Só conseguiu resmungar algumas coisas sem sentido antes do gaúcho o pegar no colo e levar pro banheiro novamente. Já no banho Paraná reassumiu sua versão noturna e enquanto se lavavam não perderam a oportunidade de relembrar os prazeres da noite. Primeiro com o paranaense escorado com as mãos na parede do box e depois devidamente prensado entre as lajotas molhadas e o pedaço de mal caminho que era o corpo do gaúcho.

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