Capítulo 72

251 20 5
                                    

Mai não precisou de muito para refletir, na verdade ela não refletiu nada, ela só fez o que lhe deu vontade que era naquele momento, dar um beijo em Christian, já que ela por algum tempo vem achando os lábios dele um tanto convidativos.

O beijo fora lento, quente e tinha o sabor do vinho que beberam à pouco tempo. Mesmo embriagados, os dois no mesmo instante pensaram "acho que esse é o melhor beijo que já provei". Era clichê, mas era a mais pura verdade. Tão verdade que ambos se perguntavam o motivo de terem demorado tanto a se beijar.

O ar começava a lhes faltar mas nenhum dos dois era louco o suficiente para separar os lábios. Eram loucos o suficiente para se beijarem, mas interromper aquele beijo estava em outro patamar da loucura.

Mas o choro de Emi fora ficando cada vez mais perto, então era óbvio que alguém estava se aproximando com o menino, então sem ter outra alternativa (ou assim teriam que dar explicações que eles não tinham), Chris e Mai foram loucos o suficiente para interromper o beijo a tempo de ver Poncho surgir no topo da escada com o filho nos braços.

-Ainda estão aqui?. -Perguntou Poncho balançando o menino. Por sorte ele não viu nada, ou do contrário, estaria fazendo piadas ou provocando os amigos agora mesmo.

-Já íamos subir, o vinho está quase acabando. -Dissera Chris.

-Não. O vinho já acabou!. -Dissera Mai pegando a garrafa para tomar os últimos goles da bebida. -Boa noite, meninos!. -Dissera ela por fim, antes de subir de pressa as escadas. Como ela consegui subir todos os degraus sem cair, era um grande mistério.

-O que deu nela?. -Perguntou Poncho confuso.

-Quem sabe?. -Chris dera de ombros.

Emi chorou mais alto e Chris fizera uma careta.

-Ele está com fome! Viu onde está a mamadeira dele?. -Perguntou Poncho.

-Na pia da cozinha. -Respondeu Chris.

-Certo. Obrigada. -Dissera Poncho indo para a cozinha enquanto deixava um Christian pensativo para trás.

Poncho achara a mamadeira e preparou um leite para o menino que aproveitou cada gota e acabou dormindo depois de arrotar.

Quando Poncho levou o menino para o quarto onde ele agora dormia com seus outros dois irmãos, os meninos mais velhos estavam acordados e o pai não tivera outra saída a não ser preprar um achocolatado para cada um deles.

Os meninos foram dormir logo em seguida e, Poncho pode enfim voltar para os braços de Anahi. Os dois fizeram amor por pelo menos duas vezes. Foram dormir tarde, então, quando o celular dele despertou pela manhã ela fora a primeira a reclamar.

-Ai, desliga essa droga!. -Pediu ela sonolenta puxando um pouco mais da coberta para si.

-Está na hora de levantar! -Avisou Poncho ainda de olhos fechados. Ele estava tão sonolento quanto ela.

-Não, não está!. -Ela dissera. O celular parou por um tempo e os dois ficaram em silêncio, mas cerca de um minuto depois o aparelho voltou a despertar. -Só pode ser um teste de paciência!. -Reclamou Anahi se levantado e indo até a penteadeira para o pegar e desligar o alarme do celular do noivo.

Ela usava apenas uma calcinha e a camisa dele. Quando ela se virou para olha-lo, ele sorria olhando para ela.

-Não me olha com essa cara de quem está me imaginando pelada!. -Pediu ela.

-Eu não preciso imaginar, já vi várias vezes, inclusive ontem a noite!. -Ele lembrou e ela riu.

-Precisamos mesmo ir ver a casa hoje? E se der tudo errado no julgamento amanhã? Acho melhor a gente esperar e...

-Amor.....-Ele dissera se levantando e indo até ela. -Vai dar tudo certo, estou confiante de que a justiça será feita!. -Ele pegou nas mãos dela.

-Você acha, é?. -Ela quis saber.

-Tenho certeza!. -Ele confirmou antes de puxar ela para um abraço.

-Ok. Vou tentar ser positiva. -Ela dissera ainda no abraço. -Amo você.

-Amo você.

Depois de um banho rápido (separadamente por motivos de não quererem se atrasar), Annie entrou no quarto dos meninos, Dani e Manu ainda dormiam, então depois de beijar a testa de ambos e deixa-los dormindo já que ainda era bem cedo, ela deu um banho rápido em Emi que já estava acordado e depois de vestir o menino e arrumar seus poucos cabelinhos, desceu com o menino nos braços e fora para cozinha.

Dul e Ucker estavam fazendo uma torta, e Poncho estava sentado em uma das cadeiras esperando a noiva, seu sorriso se alargou ao ver ela chegando com o filho nos braços.  

-Pularam da cama?. -Perguntou Anahi olhando os amigos. 

-Desejo da Dul. -Explicou Ucker e Annie riu. Mas seu riso não durou muito quando Poncho ofereceu as mãos para o filho como se perguntasse se mesmo o queria, o menino esboçou um sorriso agitando os bracinhos, claramente aceitando.

-Se a Maria Paula fizer isso comigo, ela vai ver só. -Ameaçou a ex ruiva observando a cena.

-Eu já aceitei que sou a segunda opção do meu próprio filho. -Contou Anahi entregando o menino para o pai. -Nove meses carregando essa criança na minha barriga, para ela fazer isso. -Dissera.

Emi sorria despreocupado e livre de culpa, enquanto Poncho brincava com ele.

-A minha voz suave foi a primeira que ele ouviu quando nasceu. Se lembra que eu fiz o seu parto?. -Lembrou Poncho.

-A minha voz não estava suave naquela ocasião porque eu estava gritando de dor. -Justificou Annie. -Tinha uma criança de quase três quilos saindo de dentro de mim.

Dul fizera careta mas logo se lembrou de uma coisa.

-Sua voz estava bem suave ontem a noite. -Contou.

Ucker riu porque sabia exatamente sobre o quê a namorada estava dizendo. Annie franziu o cenho claramente não entendendo, a loira olhou para o noivo mas ele deu de ombros mostrando que também não tinha entendido.

-"Não para, Poncho!... isso continua... assim"  -Dul imitou as frases que ouviu vindo do quarto dos amigos quando precisou levantar de madrugada para beber água. -A noite foi boa. -Zombou ela e Poncho caiu na risada enquanto Annie abriu a boca surpresa e um tanto envergonhada.

-Pelo visto não fomos os únicos a nos divertir ontem a noite. -Acusou Annie depois de se recompor.

-Não, nem vem! Eu sempre me certifico de que ninguém vai me ouvir. -Dul se defendeu.

-Mas Ucker não foi tão cuidadoso com as marcas, estou vendo daqui uma no seu pescoço. -Dissera Annie e Dul levara logo as mãos até o pescoço para cobrir. Fora a vez de Annie gargalhar.

-Não acredito, Ucker! Você me paga!. -Dissera a ex ruiva brava. Poncho também riu enquanto Ucker desviava de um tapa da namorada.

-Por isso eu não gosto de marcas visíveis. -Dissera Annie. 

-É verdade. -Confirmou Poncho.

-É mais forte do que eu. -Ucker se defendeu. -Eu preciso deixar marcas.

-Idem. -Contou Poncho. -Mas as marcas que deixo na Annie, são em lugares secretos. -O moreno piscou.

-Eles não precisam de detalhes, amor. Vamos!. -Chamou Annie.

-Podem olhar os meninos um pouco para a gente? Voltamos logo. -Pediu Poncho.

-Claro. -Respoderam Ucker e Dul em uníssono enquanto ficaram pensativos.

Annie e Poncho saíram logo em seguida.

...

Reencontro De Seis Almas - RBDOnde histórias criam vida. Descubra agora