Capítulo 40

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Três dias já tinha se passado desde que Casey acordou.
Tudo estava indo muito bem nesses últimos dias. Os exames que o Dr. Jones tinha pedido, tinham dado todos positivo, e mostraram que Casey estava se recuperando muito bem do tira que tinha tomado. Então como prometido, o médico liberou Casey mais cedo, o fazendo prometer que ele iria ficar de repouso, e tomar todos os remédios que lhe foram receitados.

Charlotte chegou hoje no hospital muito feliz, porquê hoje ela iria voltar para a cobertura junto de seu marido. Ela estava com saudades de sua casa.

Chegando na porta do quarto de Casey, Charlotte cumprimentou o segurança que ficava lá todos os dias.

-Olá, bom dia...
-Bom dia senhora Salvatore. – O segurança lhe deu um aceno de cabeça cordial, e abriu a porta para Charlotte entrar no quarto.
-Obrigada. – Ela agradeceu e adentrou o cômodo.

Seu sorriso é bom humor foram embora, quando Charlotte deu de cara com Graziella sentada na beira da cama de Casey, segurando a mão dele e sorrindo.

-O que ela está fazendo aqui? - Ela perguntou, e os dois pararam de conversar.
-Oi Charlie, a Graziella veio me visitar. - Casey soltou a mão de sua ex, quando viu que o olhar de sua esposa estava direcionado para as suas mãos unidas.
-É, eu vim vê-lo e também falar que eu estou bem, mesmo depois de tudo o que aconteceu. – Graziella voltou a olhar para Casey, lhe direcionando um olhar de ternura.
-E o que aconteceu com você? - Charlotte perguntou cruzando os braços, olhando com raiva para aquela cena dos dois juntos, tão próximos.
-Eu estava com o Casey na hora do ataque contra ele. - Graziella falou voltando a olhar para Charlotte. - Se não fosse o ele me salvar, eu também teria sido atingida por uma bala. – Ela olhou com carinho para Casey e sorriu. – Eu também estaria em uma cama de hospital agora se não fosse pelo Casey.
-Vocês, vocês estavam juntos? – A voz de Charlotte vacilou por um momento. – Estavam juntos. – Ela repetiu.
-Nós só saímos para jantar. - Casey falou querendo tirar qualquer outro tipo de pensamento da cabeça de sua esposa. – Só foi um jantar. – Ele garantiu vendo a cara que Charlotte estava fazendo.
-Um jantar? - Charlotte perguntou sem acreditar no que estava ouvindo.
-Sim. - Graziella afirmou novamente dando um grande sorriu, e levantando o seu queixo vitoriosa.

Sem querer mais olhar para a cara do seu marido e da sua ex-namorada, Charlotte saiu do quarto, evitando o segurança que permanecia na frente da porta, e quase que correu pelo longo e largo corredor daquele andar. Ela só parou quando chegou a área de jardim que tinha lá.

Charlotte se sentou em um dos bancos do jardim, e ficou repassando a cena que ela tinha visto ao entrar naquele quarto. Casey e Graziella de mãos dadas, conversando e sorrindo um para o outro. Ela não estava acreditando naquilo. Os dois tinham se encontrado durante a sua ausência. Sabe-se lá o que eles fizeram enquanto ela estava fora da cidade.

Passaram alguns minutos e Charlotte continuou sentada no mesmo banco, remoendo o que ela tinha visto. Ela estava com raiva e queria voltar naquele quarto para bater em seu marido e naquela italianinha medida a besta.

Ao voltar seu olhar para a porta que dava acesso ao jardim, Charlotte viu Graziella se aproximando com um sorriso prepotente estampado em seu belo rosto.

-O que você quer aqui? - Ela perguntou se levantando nervosa.
-Eu só vim te dizer Charlotte, que não importa o quanto você fale que é a esposa do Capo, a mulher que está carregando o primogênito do Casey na barriga ou grite comigo se impondo como a senhora Salvatore. O Casey sempre vai correr para mim quando você não estiver por perto, ou até mesmo quando você estiver. O destino sempre vai unir a nós dois.
-Você é uma oferecida cara de pau. Eu mandei você ficar longe, e mesmo assim você voltou!
-Eu voltei por quê o Casey me ligou. Ele me queria aqui. Talvez seja você quem esteja sobrando nesta relação. – Graziella manteve seu olhar prepotente sobre Charlotte.
-Vai embora daqui! - Charlotte gritou. - Eu não quero mais te ver aqui.
-Eu vou com todo o prazer. Eu já fiz o que tinha de fazer aqui. Até mais senhora Salvatore. - Graziella falou com sarcasmo, e saiu toda confiante em seu salto alto fino fazendo barulho.

Depois deste confronto Charlotte resolveu voltar para casa de Sarah. Por hoje ela não queria mais saber de Casey ou de Graziella.

Quando estava próxima da saída do hospital Charlotte foi parada por Lorenzo que estava saindo de um dos elevadores.

-Finalmente eu te achei! - Ele falou aliviado. - Onde você estava Charlotte?
-Eu estava por ai. – Ela deu de ombros. - E agora eu estou indo embora.
-O Casey quer ver você. Ele me falou o que aconteceu no quarto agora a pouco...
-E é por isso que eu estou indo embora.
-Charlotte o Casey vai ter alta agora a tarde, e vocês vão para a cobertura.
-Eu vou para a casa da Sarah, vou ficar lá por pelo menos mais uma noite, e quem sabe eu volte para a cobertura amanhã.
-Charlotte eu tenho ordens expressas pra te levar lá para cima. Agora! – Lorenzo falou indicando o elevador. – Casey quer te explicar tudo o que aconteceu
-Eu não vou subir lá de novo! - Ela falou irredutível. - Manda o seu chefe chamar a Graziella para acompanhar ele na saída do hospital. Ou ele que se vire sozinho.
-Charlotte, por favor...
-Tchau Lorenzo, até amanhã. - Charlotte deu a última palavra, e saiu do hospital deixando o segurança com uma cara fechada no saguão do hospital.

(...)

Charlie voltou para a casa de Sarah, e ficou trancada em seu quarto pelo resto da tarde e comecinho da noite.
Seu celular não parava de tocar, e apitar com mensagens que Casey estava lhe mandando. Ela não iria atende-lo, naquele momento ela estava com muita raiva de seu marido  e da ex-namorada dele.

Na hora do jantar Sarah foi até o quarto de Charlotte chama-la para descer.

-Oi Charlie, eu posso entrar? - Ela perguntou abrindo um pouco a porta.
-Claro que você pode, a casa é sua. - Charlotte respondeu fechando o seu livro.
-Já fiquei sabendo do que aconteceu. Casey me ligou pedindo para mandar você embora para a cobertura. - Sarah falou se sentando na beira da cama.
-E você veio fazer isso?
-Mais é claro que não! Eu mandei ele ir para o inferno, e falei que você volta pra casa quando quiser. Você pode ficar aqui para sempre se assim for a sua vontade.
-Obrigada Sarah. – Charlotte sorriu ao ouvir aquelas palavras de sua cunhada. – Mas euvou voltar amanhã para a cobertura. Eu quero me acalmar primeiro, se não eu sou capaz de dar outro tiro no seu irmão, de tanta raiva que eu estou dele.
-É, eu imagino... – Sarah falou olhando para baixo, e ficando em silêncio por algum tempo. - Você tem que contar logo para ele sobre o bebê. Logo a sua barriga vai começar a crescer.
-Eu sei disso, mas eu não vou contar agora. Eu estou muito chateada com o seu irmão. - Charlotte suspirou e abaixou o seu olhar. - Sabe, ele estava com a Graziella quando levou o tiro, e eles estavam jantando enquanto eu estava desesperada lá em Seattle tentando lhe dar com o estado de saúde do meu pai no hospital, e tentando lhe dar com a descoberta da minha gravidez. Eu estava tão nervosa sem saber o que fazer, enquanto ele estava curtindo a vida com a ex dele. – A voz dela estava embargada. Desde que tinha visto os dois juntos, Charlotte estava evitando as lágrimas.
-Ah Charlie não fica assim. Não faz bem para o bebê. – Sarah se aproximou mais dela. – Fica calma. Meu irmão não vale todo este nervosismo.
-Eu sei... Eu vou me acalmar. - Ela sorriu fraco, e respirou fundo.
-Vem vamos descer para jantar, você tem que alimenta o meu sobrinho. - Sarah se levantou da cama.
-É, vamos eu estou morrendo de fome. - Charlotte sorriu, e se levantou da cama também.

(...)

No dia seguinte Charlotte acordou cedo para ir embora. Depois de tomar um banho, e colocar um vestido de alcinhas azul marinho, ela desceu com as suas coisas, e deu de cara com Lorenzo sentado no sofá na sala.

-Ah, o que você está fazendo aqui?
-Eu vim te buscar. - Lorenzo respondeu se levantando.
-Cadê a Sarah e o Josh?
-Eles já saíram e falaram que eu poderia ficar aqui te esperando.
-Tá, eu queria tomar café da manhã antes de ir... – Charlotte terminou de descer as escadas e deixou sua pequena mala no chão.
-Você pode tomar café da manhã com o Casey, na cobertura.
-Ele que te mandou aqui tão cedo, não foi?
-Foi sim. Ele me acordou as seis e meia da manhã, e ordenou que eu viesse te buscar.
-Tá bom, vamos logo. - Charlotte suspirou, e deu sua mala e mochila para Lorenzo carregar.

...

Meia hora depois, Lorenzo estacionou o carro na garagem subterrânea do prédio.
Enquanto estava no elevador Charlotte começou a ficar nervosa. Ela não queria conversar com Casey agora, ela sabia que eles iriam discutir sobre Graziella e sobre o que os dois estavam fazendo juntos. Ela não estava afim de discutir logo cedo.

Quando o elevador parou no andar da cobertura Charlotte seguiu para a porta, e foi recepcionada por um cheiro muito bom de café da manhã. O que a deixou com muita fome.

-Olha só, a minha bambina voltou! - Rebecca falou quando viu Charlotte. - Oi minha queria. Que saudades que eu estava de você. – Ela a abraçou.
-Oi Rebecca. Eu também estava morrendo de saudades. - Charlotte a abraçou de volta. - Eu não te vi no hospital esses dias.
-Eu viajei antes de toda a confusão acontecer. Casey me deu alguns dias de folga, então eu fui visitar a minha irmã que mora em Los Angeles.
-Deus, eu não sabia que você tinha uma irmã. - Charlotte falou surpresa.
-Sim, eu tenho ela e mais três sobrinhos.
-Que legal. Me conta como foi a sua via...
-Olha só quem voltou para casa. - Casey interrompeu a conversa das duas.
-Bom dia Casey. - Charlotte fechou a cara.
-Nós temos que conversar.
-Podemos fazer isso depois, agora eu vou tomar café da manhã com a Rebecca.
-Nós vamos conversar agora Charlotte! - Ele exigiu.
-Porque não tomamos café todos juntos? - Rebecca interviu.
-Por mim tanto faz. - Charlotte deu de ombros, e foi para a cozinha.

Depois que serviu o café para os dois, Rebecca conversou um pouco com Charlotte, e foi fazer suas coisas pela cobertura, os deixando sozinhos.

-Com licença. - Lorenzo falou entrando na cozinha. - Casey eu vou sair pra fazer aquelas coisas que você me pediu ontem.
-Tá tudo bem Lorenzo, pode ir.
-Lorenzo você pode vir me buscar depois do almoço? - Charlotte pediu.
-Tá, claro.
-Obrigada. - Ela falou sorrindo para o segurança.
-Posso saber aonde você vai? – Casey perguntou depois que Lorenzo saiu.
-Não. É coisa minha, que não te interessa. - Ela falou sem olhar para ele.
-Tudo que diz respeito á você me interessa Charlotte. – Ele largou seu croissant no prato e se virou para sua esposa.
-As vezes não parece Casey. – Charlotte fez o mesmo.
-Mais é verdade. - Ele falou e pegou a mão dela que estava em cima da bancada. – Eu senti a sua falta...

Os dois ficaram se olhando em silêncio por um bom tempo. Casey queria explicar toda a história do atentado. Explicar que não estava fazendo nada demais com Graziella a não ser jantar. Um jantar que havia sido marcado para Graziella lhe contar que seu pai estava a procura de um noivo para ela, e que ela tinha fugido, e não pretendia voltar para a Sicília tão cedo.

Quando Charlotte ia manda-lo para o inferno, um grande enjoo tomou conta dela, e ela saiu correndo o mais rápido que podia para o andar de cima da cobertura, indo para o seu quarto. Ela não queria vomitar na frente de Casey.

Charlotte colocou para fora todo o seu café da manhã, e jantar da última noite. Já faziam alguns dias que ela não estava enjoado. E agora o enjoo havia voltado muito forte.

Depois de lavar o rosto e escovar os dentes, Charlotte saiu do banheiro ainda se sentindo um pouco mal.
Quando ela pensou em se deitar na cama para ver se o mal estar passava, Casey entrou no quarto fechando a porta com um pouco de força demais.

-Agora nós vamos conversar Charlotte. Você querendo ou não. - Ele falou decidido.

CONTINUA...

Dangerous Love (Finalizado)Onde histórias criam vida. Descubra agora