Ron Tucker é um homem adulto que não se considera um dominador. Ele apenas possui um apreço gigante pelo spanking desde que pode se lembrar. De disciplina até uma simples e divertida palmada. Depois criar um blog contando sobre suas aventuras, diver...
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Spanking Moments post
Eu, quando menino, apreciava os contos de fadas, mas aquele considerados femininos. Tive a sorte de ter uma família que não tentou me impedir de acreditar em amor, de mostrar sensibilidade, ser homem e humano.
Porém, embora um entusiasta incurável dos finais felizes envolvendo o encontro cósmico com um amor escrito nas linhas do destino... a vida acontece.
Eventualmente, não me recordo quando, deixei de procurar e de acreditar.
Com o tempo nós paramos.
Paramos de olhar para desconhecidos na rua e fantasiar um futuro com eles. Paramos de perder o ar ao falar com alguém interessante. Paramos de estreitar os olhos a procura de algo que nos complete. Nos acostumamos com o vazio.
Comigo foi assim. Nada mais além de alguns encontros casuais, cada um descrito em detalhes nesse blog que mantenho online há anos.
Porém, justamente quando eu estava mais distraído, encontrei a S., de quem já escrevi duas vezes. Ela era especial e diferente desde o começo e não estou falando isso como um moleque que tenta despertar o interesse de uma mulher... a S. é uma mulher forte comum como um milhão e meio de outras pelas ruas desse país, mas a sensação cósmica foi inevitável. Pareceu, desde o princípio, escrito nos livros do destino, assinado e despachado, feito sob medida para que esses dois trabalhadores, nessa cidade imparável, tivessem que se conhecer do modo inusitado que foi.
No começo a gente tentou disfarçar, fingir que nunca aconteceu, que fora apenas um encontro casual como os outros que o antecedeu.
E a gente quase se convenceu de que nada havia acontecido. Que nunca uma mulher e um homem trabalharam juntos num sábado. Que ela nunca se ajoelhou diante dele e implorou que realizasse suas fantasias. Que nunca se importaram de fato um com o outro, que não sentiram a conexão profunda.
Mas então o homem e a mulher têm seus novos momentos.
S. confessa que algo em seu interior está mudado.
Os minutos passam, as horas e os dias... e eu me cansei de fingir que não estava enlouquecido por ela, embarcamos nisso pra valer sem pensar nas consequências!
É isso... agora eu estou com S. Era isso que eu queria dizer desde o começo desse texto, peço perdão aos fiéis leitores que esperavam por outra história fetichista. Eu simplesmente não sei como as coisas vão ser de agora em diante, ainda é muito cedo... só achei que deviam saber, que não deviam estranhar meu sumiço se acontecer... estou um pouco confuso, é nova essa história de amar alguém reciprocamente.
A S. acha que o blog deve continuar, mas vou precisar de um tempo para me estabelecer, espero que entendam. Espero que essa alegria imensurável dure, dure muito.
Agradeço imensamente todos que fizeram parte desse projeto, das garotas que encontrei no caminho, peço perdão por qualquer coisa que possa ter feito de errado sem saber, juro que não foi minha intenção. Vocês são incríveis, se não fosse por isso eu não teria encontrado S.
Que vocês sejam felizes, muito felizes.
Um dia espero retornar com novidades.
R.
...
Pam finalmente fecha o notebook e se dirige para a varanda do hotel... chove por toda a Londres, isso não é incomum, mas é incomum que ela sinta uma pressão insuportável no peito. Não dá pra chorar, vai haver uma festa em poucos instantes.
Como ela poderia supor que ler o blog de Ron traria sentimentos tão conflitantes naquela noite?
Ela olha seu reflexo no espelho do quarto, seus olhos estão brilhando, mas ela não chora... está perfeitamente maquiada, os cabelos intactos, o vestido comprado na semana anterior que casa perfeitamente com as joias da família... Pamela sempre teve tudo que quis, tudo...
Perdeu a conta de quantas vezes leu o texto, umas quatro ou cinco. Na primeira foi um choque absurdo, não entendeu metade. A segunda foi para entender por completo. Na terceira quis se certificar de que não era um delírio. A quarta leitura partiu seu coração. Na quinta ela fingiu que ele escrevera aquelas palavras para ela. Cinco vezes... tinha medo de abrir o computador e post ainda estar lá, ser verdade que ele se apaixonara por Sue.
Pamela tinha tudo, menos as coisas que Ron proporcionara desde que aparecera na sua vida em algum evento aleatório da vida. Eles eram insanos juntos.
Não importava quanto tempo se passasse, em que lugar do mundo ela estivesse passando uns dias... a sua única certeza é que Ron continuava em Seattle escrevendo seu blog, mas aquilo fora perdido abruptamente.
Ela não odiava Suzanne, não, não odiava... ela apenas queria ser Suzanne naquele momento.
Porque nesses anos todos pairava sob sua cabeça que Ron não era um homem passível de ser conquistado, não valia a pena tentar, por isso ela se contentou em existir... achou que ele sempre estaria no mesmo lugar, não havia como imaginar que pudesse ser romântico.
Ela queria ter sabido como ele era de fato antes de tirar conclusões precipitadas e partir o próprio coração.
"Pra onde vamos, madame?" questionou o motorista quando ela entrou no carro abaixo de chuva.
Ela deu o nome do hotel em que ocorreria o evento e não disse mais nada, não disse nada porque desistiu do plano de não chorar.
Tudo porque ela não via Ron como um homem passível de se apaixonar, mas esperava, no fundo do seu ser, que se ele fosse capaz... seria ela por quem ele se apaixonaria.
Não poderia estar mais esganada...
NOTA DA AUTORA: Gente, que cocô que eu fiz ontem! Vou explicar: eu estou trabalhando em dois lugares de dia e estudando no período noturno. Um das minhas funções é algo que exige muito fisicamente e eu cheguei em casa exausta, não me lembro direito de como foi. Lembro que eu jantei, tirei um cochilo, quando acordei lembrei que tinha capítulos salvos no word pra postar em duas das minha histórias, mas me confundi e postei esse capítulo em outra hahahaha, mds. Depois disso lembro de cochilar, acordar de madrugada, dormir com a roupa do corpo sem nem pentear o cabelo e hoje na pausa da manhã vi os comentários e percebi o que tinha feito.
Enfim, mais uma aventura na lista de uma jovem adulta que tem muita coisa pra fazer e ainda quer manter seus hobbies.
