Cecília estava adormecida, quando de repente a porta do quarto dela foi aberta. Ela não reconheceu os passos e por isso, não se virou para ver quem era.
A pessoa se aproximou e ela pôde sentir a presença bem próxima a ela. A respiração do homem era pesada e ele tinha um cheiro herbal.
Perfume que Cecília também não conhecia.
Ela sentiu seu coração disparar, ao sentir a ponta dos dedos da pessoa, tocar os cabelos dela e de repente, ela sentiu como se a pessoa fizesse menção de a tocar, faltando apenas alguns centímetros para que encostasse na pele dela.
Ele percorreu o corpo dela a distância e de repente, o barulho do carro de Hugo foi ouvido se aproximando. A pessoa correu e então, Cecília se levantou assustada, saindo do quarto em seguida.
Ela foi em passos rápidos para a saída, sem nem mesmo se importar se estava com uma camisola. Cecília precisava ir até Hugo, ele era a única pessoa que parecia a refugiar.
Assim que a ruiva passou pela porta, de forma apavorada, ela caiu diretamente nos braços de Hugo, que se assustou ao vê-la.
— Ei, o que foi? - Perguntou ele, a abraçando.
— Tinha alguém no meu quarto! - Disse ela, olhando para os lados, como se procurasse por alguém ou um vestígio.
— O quê? - Perguntou Hugo, um pouco confuso.
— O que houve, senhor? - Perguntou Domenico, se aproximando em seguida.
— Quem ficou na casa? - Perguntou Hugo, encarando Domenico com frieza. — Quero todos aqui, agora!
Assim que Hugo o ordenou, entrou com Cecília para dentro da casa, indo em direção ao quarto.
Ele não esperou pelos outros e logo subiu, para ter certeza de que sua esposa não estava mentindo. A final, era a lealdade de seus capos que estavam em jogo.
— Você o viu? Sabe me dizer quem foi? - Perguntou Hugo, sem a olhar. Ele mantinha a mão dele presa a dela e a puxou escada a cima.
Quando chegaram no último degrau, Cecília respirou fundo, o respondendo.
— Não, eu não o vi. - Quando ela disse aquilo, Hugo a soltou e riu desacreditado.
— Como quer que eu acredite? - Perguntou Hugo, a olhando diretamente.
— Eu disse que não o vi, mas não disse que não tinha certeza. Os passos dele eram mais leves que os seus, ele cheirava a plantas e madeira. A respiração era pesada e me deixou desconfortável! - Falou Cecília, o encarando diretamente.
Hugo deu um passo até ela e levou a mão direita até atrás da orelha da ruíva, ajustando alguns fios de cabelo rebeldes.
— Ele...
— Não, talvez porque você chegou no momento certo! -Respondeu Cecília, sendo abraçada no mesmo momento.
Hugo parecia sentimental, o que estava havendo com ele?
— Me desculpa. Eu falhei em te proteger hoje, mas não falharei na próxima. - Disse ele, segurando o rosto de Cecília, dando um selar na testa. — Você já confia em mim?
— Não é questão de confiar, eu só tenho você, senhor Scopelli! - Respondeu Cecília, recebendo um olhar intrigante.
Para ela, aquela frase não foi muito, mas para Hugo, foi diferente. Ele sentiu que a garota estava ficando ainda mais a vontade ao lado dele e aquilo parecia bom.
A final, eles não pareciam marido e mulher como deveriam e a culpa é dele; se talvez não tivessem tido tantas ameaças como no princípio, eles até poderiam estar se dando melhor.
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DESCEDENTES DA MÁFIA- A NOIVA DO CHEFE.
ChickLitCecília é uma garota de origem humilde, que perdeu seus pais cedo. Ela trabalhava como camareira de um hotel e um dia, encontrou uma sósia completamente oposta dela, que a ofereceu bastante dinheiro, para que Cecília ficasse em seu ligar, iludindo...