Capitolo Venticinquesimo: um território proibido.

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Cecília estava adormecida, quando de repente a porta do quarto dela foi aberta. Ela não reconheceu os passos e por isso, não se virou para ver quem era.

A pessoa se aproximou e ela pôde sentir a presença bem próxima a ela. A respiração do homem era pesada e ele tinha um cheiro herbal.

Perfume que Cecília também não conhecia.

Ela sentiu seu coração disparar, ao sentir a ponta dos dedos da pessoa, tocar os cabelos dela e de repente, ela sentiu como se a pessoa fizesse menção de a tocar, faltando apenas alguns centímetros para que encostasse na pele dela.

Ele percorreu o corpo dela a distância e de repente, o barulho do carro de Hugo foi ouvido se aproximando. A pessoa correu e então, Cecília se levantou assustada, saindo do quarto em seguida.

Ela foi em passos rápidos para a saída, sem nem mesmo se importar se estava com uma camisola. Cecília precisava ir até Hugo, ele era a única pessoa que parecia a refugiar.

Assim que a ruiva passou pela porta, de forma apavorada, ela caiu diretamente nos braços de Hugo, que se assustou ao vê-la.

— Ei, o que foi? - Perguntou ele, a abraçando.

— Tinha alguém no meu quarto! - Disse ela, olhando para os lados, como se procurasse por alguém ou um vestígio.

— O quê? - Perguntou Hugo, um pouco confuso.

— O que houve, senhor? - Perguntou Domenico, se aproximando em seguida.

— Quem ficou na casa? - Perguntou Hugo, encarando Domenico com frieza. — Quero todos aqui, agora!

Assim que Hugo o ordenou, entrou com Cecília para dentro da casa, indo em direção ao quarto.

Ele não esperou pelos outros e logo subiu, para ter certeza de que sua esposa não estava mentindo. A final, era a lealdade de seus capos que estavam em jogo.

— Você o viu? Sabe me dizer quem foi? - Perguntou Hugo, sem a olhar. Ele mantinha a mão dele presa a dela e a puxou escada a cima.

Quando chegaram no último degrau, Cecília respirou fundo, o respondendo.

— Não, eu não o vi. - Quando ela disse aquilo, Hugo a soltou e riu desacreditado.

— Como quer que eu acredite? - Perguntou Hugo, a olhando diretamente.

— Eu disse que não o vi, mas não disse que não tinha certeza. Os passos dele eram mais leves que os seus, ele cheirava a plantas e madeira. A respiração era pesada e me deixou desconfortável! - Falou Cecília, o encarando diretamente.

Hugo deu um passo até ela e levou a mão direita até atrás da orelha da ruíva, ajustando alguns fios de cabelo rebeldes.

— Ele...

— Não, talvez porque você chegou no momento certo! -Respondeu Cecília, sendo abraçada no mesmo momento.

Hugo parecia sentimental, o que estava havendo com ele?

— Me desculpa. Eu falhei em te proteger hoje, mas não falharei na próxima. - Disse ele, segurando o rosto de Cecília, dando um selar na testa. — Você já confia em mim?

— Não é questão de confiar, eu só tenho você, senhor Scopelli! - Respondeu Cecília, recebendo um olhar intrigante.

Para ela, aquela frase não foi muito, mas para Hugo, foi diferente. Ele sentiu que a garota estava ficando ainda mais a vontade ao lado dele e aquilo parecia bom.

A final, eles não pareciam marido e mulher como deveriam e a culpa é dele; se talvez não tivessem tido tantas ameaças como no princípio, eles até poderiam estar se dando melhor.

DESCEDENTES DA MÁFIA- A NOIVA DO CHEFE.Onde histórias criam vida. Descubra agora