Toque-me como uma canção

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Quando Do Kyungsoo adentrou o restaurante, dezenas de pares de olhos deslizaram sobre ele. O corpo esguio perfeitamente delineado por uma calça escura de alfaiataria, mocassins de couro e um paletó sob medida sem nada por baixo, dando visão privilegiada da pele imaculada de seu torso. Havia um colar de brilhantes em seu pescoço, jóias de ouro em suas orelhas e anéis grossos em seus dedos.

O jovem de vinte e quatro anos parecia etéreo conforme atravessava o lounge; um metro e setenta de postura impecável, cabelos castanhos penteados para trás e alinhados com gel, maquiagem suave e lábios rosados. Seus olhos, amendoados, encaravam o caminho a frente como se o mundo inteiro estivesase rendido aos seus pés. Seguia o maître consciente de tantos olhares invadindo sua figura, mas pouco parecia lhe importar que, de repente, um grupo significativo de desconhecidos desejassem transpassá-lo de alguma forma.

Kyungsoo não se importava em ser desejado por outras pessoas, afinal, pertencia unicamente a ele.

Guiado até a área mais intimista do estabelecimento, onde as mesas ficavam longe o suficiente para as pessoas não se meterem nos assuntos umas das outras, Kyungsoo avistou aquele a quem sua atenção pertencia.

Kim Jongin parecia um adônis inalcançável em seu terno azul marinho de risca de giz, sentado em uma mesa de dois lugares com uma taça de vinho em uma mão, girando o líquido púrpura suavemente enquanto observava, por cima da borda, a chegada de seu acompanhante. Seus cabelos castanho-escuros estavam repartidos em uma lateral, alguns fios desalinhados propositalmente caíam sobre sua testa e orelhas, os botões da camisa social branca sob o paletó estavam desabotoados até a terceira casa, mostrando apenas a pontinha da tatuagem em seu peito bronzeado.

Kyungsoo engoliu em seco quando seus olhares se encontraram, finalmente mostrando uma brecha na figura perfeita de garoto rico, o nervosismo e a agitação surgindo em suas feições remetiam à sua idade. Jovem, ansioso e sedento. Jongin, sendo um homem de quase quarenta anos, apreciava isso apenas porque vinha dele. Porque era o seu garoto ali.

— Boa noite, senhor — cumprimentou o rapaz, uma vez que o maître deixou-o na mesa, puxando a cadeira para ele.

— Boa noite, querido — respondeu o outro em tom grave e tranquilo, voltando-se por alguns instantes para o funcionário do restaurante: — Precisamos de um tempo para pensar, volte depois para recolher os pedidos.

— Sim, Sr. Kim.

O homem, com todo seu profissionalismo, curvou-se respeitosamente e deixou-os sozinhos a passos rápidos. Apenas alguns segundos mais tarde, após o homem mais velho puxar sua cadeira discretamente para mais perto do recém chegado, Soo sentiu dedos longos e firmes alcançarem sua coxa por baixo da mesa, apertando a carne e subindo até bem perto de sua virilha. Fechou os olhos e engoliu um gemido.

Adagio (KaiSoo)Onde histórias criam vida. Descubra agora