Sou eu quem está com ele aqui - pt.2

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❛乃𝚞𝚝𝚝𝚎𝚛𝚜 ន𝚝𝚘𝚝𝚌𝚑❜

-Leva o Kenny pros sete minutos no céu docinho.-ela pisca um olho pra mim e volta a sorri para o Kenny. Engulo seco antes de me levantar. Ele me olha, parecia surpreso. Minha respiração era desregular e minhas mãos suavam, além de tremerem. Ele levanta quase apressado e fica ao meu lado. Segura em minha mão e me guia até uma porta. Era um armário pequeno, tinha algumas vassouras no canto e toalhas penduradas. Abre e eu entro primeiro. Ele entra e fica de frente pra mim. Era apertado, mas o suficiente pra caber nos dois. Tenho que levantar a cabeça para olha-lo e sorrio sem graça. Ele ainda parecia tão atônito. Não faço ideia do que fazer.

❛𝙺εииγ 𝙼ϲ𝙲οямɪᴄᴋ❜

Eu sei o que fazer. Sei exatamente o que eu quero fazer. Mas ele quer isso? Eu preciso me inclinar para ver seu rosto. Estava tão nervoso. Abre um sorriso sem graça e retribuo mais ainda. Ele me olha com uma certa expectativa. Não quero forçar ele. Merda, isso não pode demorar muito.

-Butters, olha, você não precisa fazer nada que não queira, eu entendo se não quiser que role nada aqui. A gente pode só conversar, ou até fingir que algo aconteceu. Mas só quero que saiba que se você quiser eu to afim.-seus olhos ganham um brilho e ele me olha com eles levemente arregalados. Sua boca entreaberta quase me faz mudar de ideia, por isso desvio o olhar e coço a nuca.-É isso, eu espero que não entenda mal.

❛乃𝚞𝚝𝚝𝚎𝚛𝚜 ន𝚝𝚘𝚝𝚌𝚑❜

Ele quer me beijar. Ele realmente quer isso? Entre todas essas pessoas, eu sou o sortudo? Não se iluda tanto Butters, rolou um clima, mas depois ele vai atrás de outra pessoa. Mesmo assim, sou eu quem está aqui com ele agora. E ele quer me beijar. Eu também quero. Então por que ele não beija? Ele acha que eu não quero? Eu preciso deixar claro que quero.

Espero ele terminar de falar e ele desvia o olha de mim, então puxo a gola de seu casaco aberto e o trago para perto. Quando ele finalmente coloca os olhos em mim, parecia surpreso. Não consigo falar nada. Minhas mãos começam tremer. Ele me olha confuso. Eu sei o que quero fazer. Em um lapso de coragem, o puxo mais perto e fico na ponta dos pés. Fecho meus olhos com força antes de juntar nossas bocas. Era um beijo. Eu estava o beijando. Era um pouco desajeitado, mas minha boca encaixou na dele sem muito esforço. Meu estômago girava e começo a perder o equilíbrio pelas minhas pernas tremerem.

❛𝙺εииγ 𝙼ϲ𝙲οямɪᴄᴋ❜

Era um beijo. Ele estava me beijando. Desajeitado, mas tão bom. Foi só um selinho demorado, mas seus lábios eram tão macios. Fecho os olhos aproveitando a sensação. Eu estava muito inclinado e meu pescoço começou a doer. Quando percebi que as pernas do outro tremiam, coloquei minhas mãos em sua cintura, anulando o espaço entre nós. Sinto ele abraçando meu pescoço e apreveito a proximidade para pedir espaço com a língua, aprofundando o beijo. Seu perfume cheiroso se mistura com o álcool e a fumaça do meu baseado q eu tinha jogado no chão. Seu gosto era perfeito. A bebida dele era doce e a boa estava gelada, o que deixou o beijo gostoso. Eu explorava sua boca guiando o beijo, o ouvindo suspirar. Era bom, muito bom. Mas eu queria mais.

Aperto minhas mãos em sua cintura e o sinto segurar firme em meus fios na nuca, além do carinho gostoso que estava fazendo no lugar, me arrepiando. Assim q seus calcanhares voltam pro chão, o empurro pra parede atrás do mesmo sem findar o beijo. Ele se assusta e acaba soltando um grunhido, que mais se parece com um gemido, no meio do beijo, o que me faz sorrir. Preciso manter a calma. Não vou comer o menino aqui mesmo, mas o beijo estava muito bom. Era provocante e a boca dele encaixou tão bem na minha. Mesmo que o loiro não soubesse muito o que fazer, ele seguia meus passos e ja estava enrrolando sua língua com a minha.

Acho uma boa ideia o provocá-lo um pouco, então coloco meu joelho entre suas pernas e presciono um pouco lá. Aproveito que ele ergue uma perna, para me dar mais espaço, e a puxo para cima, logo trazendo a outra e o erguendo. Levo minha mão livre pra sua cintura e deslizo ela para dentro de sua blusa. A pele dele estava quentinha e era tão macia, não resisto e a agarro firme. Mantenho a outra em sua coxa, finalmente a apertando como queria. Ele tinha afundado os dedos em meu cabelo. Não queria sair desse momento. Mas ouço batidas na porta e o desço.

Assim que ele volta pro chão, termino o beijo, mas sem me afastar. Abro os olhos e o vejo vermelho. Muito vermelho. Estava ofegante e ainda não tinha me olhado. Quando abre os olhos e me vê, um sorriso tímido desponta em seus lábios. Lindo. Não percebi, mas eu já sorria. Não me contenho e dou uma sequência de selinhos nele, que recebe rindo. Agradeço por não ter parado com o carinho e beijo seu nariz. Ele é tão lindo. Sorria de canto me olhando fixo e só não o beijei de novo por causa da Bebe, que abriu a porta. Ele esconde o rosto em mim e eu a olho.

-Eai lindezas, o tempo acabou.-ela fala e sai deixando a porta aberta. Volto a olha-lo e sorrio me afastando.

Saímos do armário e todos aplaudem, assim como fizeram quando os outros tinham se beijado. Assobios vem na direção da porta, logo vejo Stan e Kyle voltando. O jogo parecia ter terminado e Wendy fechava a porta que ligava a casa até o quintal, já estava frio. Clyde foi ligar um sistema de luzes neon que iluminaram toda a sala. Era grande e tinha um bar improvisado no balcão da cozinha, além de ter uma mesa de sinuca num canto. Fui até o "bar" e peguei uma cerveja pra mim e uma pro Butters. Meus baseados já tinham acabado, então precisava de outra coisa pra me levantar. Além do beijo, claro.

Onde era pra estarem jogando sinuca, vejo várias pessoas reunidas envolta, muitos copos em cima da mesa e uma bolinha voando. Era beer pong. Como eu sou ótimo nesse jogo, quis me juntar. Ainda estavam enchendo os copos e formando os times.

Até então tinha o time SW, com Clyde, Bebe, Craig, Tweek e Jimmy, mas chamaram Butters pra esse. O outro ainda não tinha nome, mas quem estava era Kyle, Stan, Cartman, Timmy, eu me juntei e Stan acabou chamando a Wendy também. Token não queria participar, então ficou de juiz. Não decidimos um nome e preferimos deixar sem para começarmos logo o jogo. Stan e Craig tiram par ou ímpar e Craig ganha, começando o jogo. Ele arremessa a bolinha e ela cai em um dos copos no meio. O moreno sorri de leve e faz um toca aqui com Tweek. Então Stan joga e erra. Alguns vaiam e outros riem, e ele apenas bebe do copo que Craig acertou, mas da mesa do nosso time, eliminando um copo.

O jogo segue, alguns ganham, outros perdem, tem vários empates também, mas chega a minha vez. Stan ri pra mim, certo da nossa vitória, já que só precisávamos eliminar a última pessoa pra sermos vencedores. Porém, assim que olho pra frente e vejo Butters sorrindo pra mim perco todo o foco, e, para me desestabilizar ainda mais, ele me deseja boa sorte com uma piscadela. Eu iria jogar primeiro e minha bola foi totalmente torta e quicou pra fora. Stan reclama com os outros do time, indignados que eu perdi essa. Mas não consigo me chatear, pois Butters acerta e vibra com os braços para cima. Não evito de sorrir e vou até ele o abraçando e levantando. Bebe e Craig o parabenizam bagunçando seu cabelo. Ele sorria tão grande. Lindo.

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Como Nunca Reparei em Você Antes? - BunnyOnde histórias criam vida. Descubra agora