•ʀᴇᴄᴇᴀʀ•

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Henrique point of view

Falava rápido com Juliano, estava me despedindo do mesmo quando ouvi um barulho estranho de dentro de casa. Ele deixou um tapinha de leve em meu ombro, antes de sair em direção ao carro. Marília conversava animada com Murilo, ao lado de Maraisa, a mão da loira estava apoiada na coxa da morena enquanto tagarelava algo que eu não conseguia ouvir com Murilo. Dona Ruth segurava Léo no colo, o garoto dormia sereno nos braços da vó.

Senti um arrepio no corpo ao ouvir um grito agudo e desesperado vindo de dentro da casa, levei alguns segundos até associar aquela voz. Era Amanda.

Corri para dentro, seguindo de onde o som do grito havia saido e ao chegar me deparei com uma Maiara desacordada no chão em frente a escada, sua cabeça sangrava, assim como alguns arranhões em suas pernas e braços e ela estava caída de barriga pra baixo.

- Ah meu Deus, Maiara!! - Corri em sua direção, me ajoelhando ao seu lado no chão, coloquei sua cabeça em cima do meu colo implorando que a ruiva acordasse. - Maiara, pelo amor de Deus, acorda! Por favor!

Falava com o corpo desacordado de Maiara, mas não havia nenhuma reação ao meu chamado. Foi então que ergui a cabeça para chamar alguém que notei e lembrei da presença de Amanda ali, suas mãos estavam no rosto demonstrando choque e ela gaguejava algumas coisas desconexas me deixando completamente raivoso com seu cinismo.

- Você empurrou ela? -  gritei já imaginando que não teria uma resposta. - Você fez isso mesmo? Tentou machucar minha mulher e minhas filhas? Você é baixa, Amanda! Se algo acontecer com elas nunca vou te libertar da culpa!

- Meu deus, mas o que está acontecendo, dá pra ouvir os grit.... MAIARA? - Maraisa gritou correndo em nossa direção tocando o rosto da irmã dando leves tapas na tentativa falha de acordá-la.

- O que aconteceu com ela, Henrique?- Marília disse do lado de Maraisa.

- Não sei, quando cheguei ela estava desacordada com esses machucados pelo corpo. Ela caiu! - disse desesperado. - Alguém chama a ambulância, por favor! - Marília pegou o celular começando a digitar, mas então um estalo rápido em minha mente me fez pará-la. - Quer saber, eu mesmo a levo!

Passei o braço por baixo dos joelhos de Maiara e o outro por suas costas, levantando e indo em direção ao carro sendo seguido por Maraisa.

- Maraisa, senta no banco de trás e deixa eu colocar a cabeça dela em seu colo. - Ela assentiu entrando na parte de trás do carro e eu logo ajeitei o corpo de Maiara deixando a cabeça da forma que havia dito.

Entrei no banco do motorista completamente assustado e tremendo por imaginar algo acontecendo com minhas filhas ou com Maiara.

- Sai daí! - Ouvi a voz de Marília do lado de fora do carro assim que liguei a chave.

- O que? Marília, cê tá doida? Eu preciso levá-la ao hospital!

- Precisa, Henrique, mas não nessas condições! Você nervoso no volante pode acabar piorando a situação, vai pro banco do passageiro e deixa eu ir dirigindo!

- Marília, não temos tempo pra isso!

- Henrique! - gritou a loira.

- Ricelly, Marília tá certa, você desse jeito vai piorar as coisas... deixa ela ir dirigindo. - pediu Maraisa chorando.

Ouvi Maiara resmungar alguma coisa, me deixando um pouco mais aliviado, e assenti saindo rápido do banco do volante e indo até o de passageiro, Marília colocou o cinto e logo deu partida no carro indo em direção ao hospital mais próximo que poderíamos encontrar.

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