"A amizade é uma luz que nos guia nos momentos mais sombrios e nos dá força para seguir em frente."
Michael Ramírez Brown um jovem de vinte e quatro anos, de cabelos escuros e olhos castanhos expressivos. Ele era conhecido por sua personalidade extrovertida e seu senso de humor contagiante. Filho de um pai americano e uma mãe mexicana, Michael cresceu imerso na cultura vibrante de sua família. Seus pais eram donos da cafeteria onde ele e Hannah trabalhavam juntos, e ele cresceu no ambiente acolhedor e familiar do negócio da família.
Desde que era pequeno, Michael conhecia Hannah. Eles cresceram juntos e compartilharam muitas aventuras e momentos engraçados. Michael a via como uma irmãzinha, alguém que ele protegia e cuidava com todo o seu coração. Ele conhecia cada detalhe sobre ela, suas alegrias e suas tristezas. Era como se eles tivessem uma conexão especial, uma ligação que ultrapassava a amizade.
Porém, no fundo do coração de Michael, havia algo mais. Ele tinha uma quedinha por Hannah, ele percebeu quando Hannah completou 18 anos, mas tinha medo de arriscar e estragar a amizade que eles construíram ao longo dos anos, e Hannah acabou se apaixonando por um outro alguém. Ele viu como o ex-namorado dela, Ethan, quebrou seu coração em pedacinhos e a machucou profundamente, deixando cicatrizes emocionais difíceis de sarar. Desde então, Michael se tornou ainda mais protetor, jurando a si mesmo que nunca deixaria ninguém machucá-la novamente.
A perda recente da mãe de Hannah havia afetado profundamente a jovem. E mais uma vez, Michael estava ao seu lado, oferecendo ombro para chorar e apoio incondicional. Ele se tornou a pessoa mais próxima de Hannah, sempre presente em todos os momentos difíceis. Hannah confiava nele plenamente, e Michael fazia questão de estar lá sempre que ela precisasse.
Foi em um dia como qualquer outro na cafeteria que Michael notou algo diferente. Ele viu Hannah conversando e rindo com um cliente. Seu coração deu um salto em seu peito, e uma pontada de ciúmes o atingiu. Era um sentimento novo para ele, pois nunca havia sentido algo assim antes. Observando de longe, ele viu como o cliente, um rapaz com olhos azuis, parecia encantar Hannah com sua presença.
A mente de Michael começou a girar, cheia de pensamentos confusos. Ele questionou a si mesmo se era apenas paranoia ou se realmente tinha algo acontecendo entre Hannah e aquele estranho. Ele tentou afastar esses sentimentos, lembrando-se de que sua amizade com Hannah era a coisa mais importante para ele. Mas não podia negar o aperto em seu peito.
Enquanto continuava a trabalhar na cafeteria, Michael observava discretamente a interação entre Hannah e o cliente. Ele notou a troca de sorrisos e risadas, e isso só aumentou a sensação de desconforto dentro dele. Ele se perguntava se ele estava perdendo Hannah para alguém que acabara de conhecer.
No fundo, Michael sabia que precisava enfrentar seus próprios sentimentos e lidar com essa situação de frente. Ele não queria ser aquele amigo possessivo que impedia a felicidade de Hannah, mas a ideia de perdê-la era insuportável para ele. Ele se perguntava se era hora de confessar seus sentimentos ou se deveria apenas continuar sendo o amigo protetor que sempre foi.
Enquanto Michael navegava pelas águas turbulentas de seus pensamentos e emoções, ele continuava a servir os clientes na cafeteria, disfarçando suas inquietações sob um sorriso amigável. Ele estava determinado a descobrir o que realmente estava acontecendo entre Hannah e aquele cliente misterioso, mas, acima de tudo, ele estava disposto a enfrentar seus próprios medos e encontrar uma maneira de preservar a amizade especial que tinha com ela.
Dois dias se passaram desde então, e aparece Hannah pedindo para ele ajudá-la a evitar aquele rapaz, o olhar nos olhos dela parecia implorar por ajuda, como se ela estivesse buscando refúgio. Michael sabia que aquilo não era mera coincidência. Ele acreditava firmemente que aquele garoto não era o certo para ela, e faria de tudo para mantê-la afastada dele.
Ele estava ocupado organizando algumas caixas nos bastidores da cafeteria, pensando em como afastar aquele garoto sem ter que levantar a voz com ele na cafeteria, foi quando uma lembrança repentina o atingiu. Ouvindo o som das caixas sendo movidas, sua mente vagou para um dia que ele preferia esquecer, mas que estava gravado em sua memória.
Era uma tarde chuvosa, com nuvens escuras pairando no céu, como se refletissem a tristeza que se aproximava. Michael estava sentado em um banco de madeira no parque, observando as gotas de chuva caírem enquanto esperava Hannah. Pressentia que algo estava errado, mas não sabia exatamente o que era.
Finalmente, Hannah apareceu, caminhando em sua direção com os ombros encurvados e o rosto marcado pelas lágrimas. Seus olhos vermelhos e inchados denunciavam a angústia que a consumia. Michael sentiu uma onda de raiva percorrer seu corpo ao imaginar o que poderia ter causado tamanho sofrimento a ela.
Sem dizer uma palavra, ele abriu os braços e ela se jogou em um abraço apertado, soluçando em sua camisa. A chuva caía em torrentes ao redor deles, mas Michael não se importava. Ele só queria estar lá para Hannah, ser o ombro em que ela pudesse chorar e o porto seguro em meio à tempestade.
Durante horas, eles permaneceram sentados no banco, enquanto Hannah compartilhava fragmentos de sua história de dor e traição. Ethan, seu ex-namorado, havia quebrado seu coração de uma forma tão brutal que ela mal conseguia juntar os pedaços. Michael escutava atentamente, segurando sua mão com firmeza, prometendo a si mesmo que faria tudo o que estivesse ao seu alcance para ajudá-la a se curar.
Naquele momento de profunda tristeza, Ângela, a mãe de Hannah, uma mulher forte e amorosa, chegou ao parque. Ela caminhou na direção deles com uma determinação feroz, seus olhos refletindo uma mistura de compaixão e indignação. Michael pôde sentir a empatia e o apoio emanando daquela mulher admirável. Realmente o nome dela fazia jus a ela, Ângela o anjo da guarda de Hannah.
Com palavras gentis, ela confortou Hannah, envolvendo-a em um abraço amoroso. Sua mãe, mesmo enfrentando seus próprios desafios, encontrou forças para apoiar e ajudar a filha a enfrentar aquele trauma. O rapaz lembrava-se vividamente do momento em que viu, Ângela abraçá-la, secar suas lágrimas e transmitir palavras de encorajamento. Era como se a mãe de Hannah irradiasse uma energia acolhedora e curativa, mostrando-lhe que o amor e o apoio eram mais fortes do que qualquer dor.
Naquela tarde no parque, Michael testemunhou o poder do amor e do apoio incondicional de uma mãe. Ele sentiu uma mistura de admiração e gratidão por aquela mulher, pois sabia que ela havia desempenhado um papel crucial na jornada de cura de Hannah.
Enquanto sua memória retornava ao presente, Michael olhou ao redor, percebendo que havia terminado seu trabalho. Um turbilhão de emoções o envolveu: a raiva que ele sentiu por Ethan naquele dia ainda ardia dentro dele, mas agora estava mesclada com uma profunda gratidão por ter Hannah em sua vida e pela influência amorosa de sua mãe durante os momentos mais difíceis.
Michael estava determinado a ser o apoio que Hannah precisava agora. Ele faria tudo o que estivesse ao seu alcance para mantê-la segura e protegida, afastando qualquer ameaça que pudesse atravessar seu caminho. Sabia que a ausência física de Ângela não poderia ser preenchida, mas ele estava disposto a estar presente e ser o suporte emocional que Hannah necessitava para superar seus traumas e encontrar a felicidade novamente.
Comessa resolução em mente, Michael saiu dos bastidores da cafeteria, pronto paraenfrentar o resto do dia com determinação renovada. Ele sabia que a jornada decura de Hannah seria longa, mas estava disposto a caminhar ao seu lado,lembrando-se sempre da força e do amor que ele testemunhou naquele dia noparque.
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Fragmentos de Nós
RomanceHannah e Alex são duas almas quebradas, perdidas em suas próprias tristezas e mágoas. Hannah acabou de perder sua mãe em um acidente de carro, e luta para seguir em frente sem sua presença amorosa e acolhedora. Alex está se recuperando de um vício e...