O despertador toca e me acorda do sonho incrível que eu estava tendo, algo que não consigo lembrar detalhadamente, mas sei que envolve ganhar na loteria, gastando tudo em viagens para todos os cantos do planeta em busca de catalogar variados estádios de futebol.
Esfrego o rosto, estico as costas e logo me sento na beira da cama. Ao perceber que estou encarando a cortina do meu quarto fixamente, provavelmente com uma cara de louco, processando o que farei no dia, estico os braços para cima e me espreguiço novamente.
Infelizmente ainda é quarta-feira. O único ponto importante que consigo pensar para o dia de hoje é que o Palmeiras e Atlético Mineiro fazem, às nove e meia da noite, o jogo de volta das quartas de final da Libertadores.
— O pai já fez café — Niki aparece usando o uniforme escolar e com a escova de dentes entre os lábios. — Anda logo. — Como de costume, meu irmão acorda alguns minutos antes de mim para usar o banheiro primeiro, assim não precisamos discutir para acelerar um ao outro.
— Firmeza, eu já vou.
Após tirar o bafo de onça, vestir qualquer coisa no corpo e guardar o uniforme de futebol na mochila, sigo em direção à mesa do café da manhã. Meus pais são separados, e bem, pelo fato de mim e o Niki sermos bem mais apegados ao nosso velho, moramos com ele, pai Seokjin se esforça bastante em cuidar de nós dois com todo o amor do mundo.
Sou capaz até de dizer que ele nem deve ter um filho favorito.
— Bom dia, filhotes — diz enquanto abre a saco de pães quentinhos que ele fez questão de buscar cedão para todos nós. — O seu Joaquim caprichou.
A margarina chega a derreter no pão cascudo da padaria aqui do bairro, de fato uma delícia.
O dia inicia tão bem.
— Orra, valeu, pai.
— Mano, que cheiro bom — Niki comenta ao chegar na cozinha, provavelmente referindo-se ao café, sendo assim, logo puxa uma cadeira para se sentar.
— Vocês dois, o bagulho é o seguinte, ganhei dois ingressos pro jogo do Verdão.
Quase engasguei.
Como assim o velho está falando de ingressos para um jogo da Libertadores? Puta merda.
— Sério?! — O moleque derrama um pouco de café na bermuda que por sorte é preta. — Ai!
— Animal. — Jogo um guardanapo em seu colo, em seguida volto a atenção diretamente para o meu pai. — Como conseguiu isso? Andou vendendo bolo de pote na frente do Allianz Parque, não foi?
— Não, não foi. O Namjoon trabalha lá, esqueceu?
Ah, é.
O namoradinho dele.
Até que eu gosto dele, e depois disso então, cacete, impossível falar mal.
— Eu quero ir! — Niki se ajeita na cadeira e grita mais alto do que o normal.
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MEU ETERNO RIVAL | HYUNSUNG
FanfictionHan Jisung é um corintiano famoso que grava conteúdo para o YouTube: vídeos reagindo ao vivo aos jogos de futebol disputado pelo Brasil. Nosso torcedor alvinegro sabe que os reacts com mais engajamento são os quais o Corinthians perde e quando o seu...