✠°•°CAP |39|°•°✠

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O cheiro do café da manhã foi o que acordou Toya. A barriga roncou alto e fez o alfa de cabelos vermelhos levantar.

— O que deu em você para dormir na sala?

Esfregando os olhos, Toya suspirou e olhou o cunhado sentado no sofá a sua frente. Katsuki lia o jornal enquanto comia ovos mexidos.

— O sofá estava bem confortável. - respondeu estalando as juntas enquanto alongava o corpo.

Andava dormindo em todos os lugares naquela semana. Shouto estava sedado no quarto devido ao cio, Masaru era o único que vigiava o alfa enquanto Toya cuidava de Katsuki na ausência de Rei. Seus pais estavam viajando para Londres e só voltariam no fim do mês.

— Meu pai disse que ele acordou.

O ruivo ficou quieto, havia esquecido que era o dia em que Shouto iria despertar. Observando o cunhado, Toya decidiu tomar um banho rápido e ir ver como estava o irmão.

— Não vá vê-lo sozinho. - avisou sério atraindo o olhar do ômega. — Ainda é perigoso.

Katsuki apenas suspirou com uma expressão entediada e voltou a olhar o jornal.

— Alfas, sempre tão idiotas e mandões. - falou ouvindo um rosnado em resposta.

As vezes ficava irritado com a forma que Katsuki o tratava como idiota. Mas não tinha como retrucar na maioria das vezes. Saiu da sala e foi para seu quarto tomar um banho e trocar de roupa. Havia dormido na sala depois de passar metade da noite assistindo uma série aleatório na TV. Estava de férias da empresa e aproveitava ela em casa.

Depois de limpo e de roupa trocada, o ruivo voltou para a sala e não encontrou seu cunhado, foi até a cozinha e viu o ômega carregando uma bandeja repleta de comida.

— Para quem é esse café da manhã? - indagou se metendo na frente do loiro.

— Para Shouto, ele está com fome. - respondeu simples tentando desviar do alfa.

— Não mesmo, você não vai entrar naquele quarto, eu mesmo levo. - se adiantou tentando tomar a bandeja das mãos do menor.

Katsuki encarou Toya e não deixou que tomasse o que carregava. Naquele momento, o ruivo soube que tinha duas escolhas, se preparar para uma briga, ou ceder. O olhar escarlate em sua direção era pesado até demais.

— Solta. - mandou o ômega com a voz fria.

Respirando fundo, Toya soltou. Era melhor evitar confusões e não estressar aquele loiro.

— Você prometeu que não entraria naquele quarto sem que Shouto estivesse totalmente consciente.

— Ele acordou há horas e está com fome. Não vai acontecer nada, você vai comigo. - respondeu se afastando.

Querendo ou não, sabia que Katsuki tinha razão. Mas quando ele falava daquele jeito, parecia que estava lhe dando uma ordem. As vezes se perguntava como Shouto aguentava aquele ômega.

Eles subiram as escadas juntos e Toya acabou carregando a bandeja por todo o caminho. Não queria que o loiro carregasse peso. Quando eles pararam na frente do quarto onde Shouto estava, o ruivo se virou para o cunhado. Katsuki estava ofegante apenas por subir as escadas, logo ele não poderia mais ficar subindo e descendo sozinho.

— Não deixe que ele se aproxime demais, se mantenha distante e tome cuidado. - avisou seriamente.

— Não vai acontecer nada, Shouto nunca me machucaria. - respondeu revirando os olhos.

Era óbvio que Katsuki não entendia sobre o cio dos alfas. Toya se preocupava com isso e se mantinha alerta. Sabia que seu irmão caçula realmente jamais machucaria o ômega e seu filhote, mas um alfa que acabou de acordar do cio era diferente do seu eu normal.

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