Capítulo V. As emoções do Drazen

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Eu e Francis corremos pelas ruas escuras da cidade, tentando despistar os mascarados que nos seguiam. Eu estava preocupado, mas mantive a minha postura séria e focada, sem deixar transparecer o meu nervosismo. Francis não parava de ofegar e olhar para trás apavorado, com medo de ser alcançado pelos perseguidores.

Eu sabia que ele estava com medo, mas ao mesmo tempo, eu também sabia que ele confiava em mim para protegê-lo. De repente, um dos mascarados nos alcançou e tentou agarrar o Francis, mas eu consegui empurrá-lo para o lado e dar um soco no mascarado, fazendo-o cair no chão.

"Você está bem?" Perguntei a Francis, enquanto corria ao seu lado.

"Sim... obrigado Drazen", respondeu ele ofegante.

Eu sabia que tinha que manter o meu foco, mas não podia deixar de me preocupar com o Francis. Ele era uma pessoa especial para mim, apesar de eu nunca ter admitido isso em voz alta.

"Você acha que vamos conseguir sair dessa?" Francis perguntou, com a voz trêmula.

"Claro que vamos", eu respondi, tentando passar confiança. "Nós somos mais rápidos que eles."

Enquanto corríamos, pude ouvir os mascarados se aproximando novamente. Sabia que não podíamos continuar assim por muito tempo. Olhei para Francis e vi o medo em seus olhos. Eu sabia que tinha que fazer alguma coisa.

"Francis, vamos entrar nesse beco. Talvez possamos nos esconder por lá", sugeri.

Ele concordou com a cabeça e seguimos para o beco. Quando chegamos lá, eu puxei o Francis para um canto e sussurrei para ele.
"Você fica aqui e se esconde. Vou tentar distrair os mascarados para que possamos escapar."

Francis me olhou com medo nos olhos, mas eu não podia deixá-lo para trás. Sabia que precisava agir rápido. Corri para a outra extremidade do beco, fazendo barulho para atrair os mascarados.

"Hey, seus covardes! Venham e me peguem!" Gritei, tentando provocá-los.
Os mascarados caíram na minha armadilha, correndo em minha direção. Eu os conduzi para longe do Francis, para que ele pudesse escapar. Corri o mais rápido que pude, sabendo que não podia vacilar.

Quando finalmente cheguei em segurança, ofegante e suado, senti um alívio imenso. Olhei para trás e vi os mascarados desaparecendo à noite. Eu tinha conseguido proteger o Francis, mas sabia que não podia baixar a guarda. A qualquer momento, os mascarados poderiam voltar.

"Vamos voltar para o dormitório", eu disse, ajudando Francis a se levantar.

"Está muito perigoso aqui fora."

Nós corremos de volta para o dormitório, com medo de sermos perseguidos novamente. Quando chegamos lá, encontramos Catalina e Hugo, que estavam preocupados conosco.

"Vocês estão bem?" Catalina perguntou, aliviada ao nos ver.

"Sim, conseguimos escapar", eu respondi, ainda um pouco ofegante.

"Mas como isso tudo começou?" Hugo perguntou, curioso.

Eu olhei para Francis, que ficou em silêncio por um momento antes de explicar a situação. Eu podia sentir a tensão no ar enquanto ele falava sobre a amiga desaparecida e os mascarados que estavam rondando a universidade.

"Isso é muito perigoso", eu disse, com seriedade. "Precisamos encontrar Veronica o mais rápido possível e chamar a polícia. Não podemos mais correr esse risco."

Francis concordou, ainda abalado pela experiência que tivemos nas ruas da cidade. Eu senti a responsabilidade de protegê-lo e de ajudar a encontrar sua amiga. Era hora de agir com cautela, mas sem deixar o medo nos paralisar.

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