DESCEDENTES DA MÁFIA- A NOIVA DO CHEFE.

Capitolo Ventinovesimo: A vida dela está nas minhas mãos

— Não era para isso acontecer! - Disse Hugo na defensiva, olhando fixamente nos olhos de Cecilia.

— O quê? Como...? - Cecília o respondeu, sorrindo desacreditada. Ela se sentiu triste por confessar seus sentimentos ao homem, o vendo praticamente recusá-los.

Hugo respirou fundo e encarou a paisagem em sua frente, olhando na verdade para dentro de si mesmo.

Ele queria ceder aos encantos da ruiva, porém, Hugo sabia bem que, não era uma pessoa apropriada para estar ao lado dela.

Mas ainda assim, ele a queria.

— Eu quero dizer que, não sou uma pessoa boa para estar com você. - Disse ele, se virando para a olhar. — Eu não sou um homem bom, tenho o legado da minha família em mãos e não saberei te amar como merece.

Cecília ouviu aquilo, com um tom de arrependimento na voz.

Ela se levantou e respiro fundo, passando as mãos pelos cabelos.

O peito dela parecia que ia explodir a qualquer momento, pela tamanha raiva em que ela estava sentindo. Cecília, então, o olhou com os olhos afiados e o retrucou.

— Você não acha que está meio tarde para me dizer essas coisas? Você poderia nunca ter me tratado bem, para começar, aí eu mesma teria descoberto isso! - Falou ela, com fúria na voz.

Hugo se levantou e foi até ela, se sentindo também furioso.

Ele agarrou os braços da ruiva com aspereza e a olhou com os olhos afiados, deixando a raiva tomar conta de seu corpo.

— Acha que eu queria? Acha mesmo que eu queria me sentir dessa forma? - Perguntou ele, a soltando em seguida. — Você é idêntica a ela, mas ao mesmo tempo, não se parecem. Eu queria acabar com você, mas depois eu queria descobrir sobre você.

— E depois de descobrir quem sou, resolveu me afastar? - Perguntou ela, tentando o entender.

Hugo inspirou todo ar de seus pulmões de forma pesada e passou as mãos nos cabelos, voltando a encará-la.

— Eu disse que não sou uma pessoa boa para você, mas eu não disse que não a queria, Cecília. Esse é o problema, eu quero você e muito, mas não quero que permaneça aqui só por que tem um acordo.

Quando Hugo falou aquelas palavras olhando nos olhos de Cecília, a ruiva sentiu seus olhos marejarem.

Ele tinha razão, Hugo não é um bom homem para ela, não a daria um relacionamento seguro e não manteria a vida dela a segura.

A questão era que, Cecília descobriu em poucos meses que estava na Itália, que ela não estava procurando por um romance, ainda mais tranquilo.

Ela o olhou fixamente e se desfez da camisa branca que usava, mostrando seu pequeno corpo,coberto por um sutiã de renda na cor creme e viu Hugo confuso.

— O que está fazendo? - Perguntou ele, tentando manter os olhos focados nos dela; mas era quase impossível, com tal visão.

Cecília jogou a camisa no chão e abriu o cós da calça jeans, ainda o encarando.

Hugo não teve dúvidas naquele instante; ela era extremamente intensa. Tal intensidade, era a única coisa que se parecia com a da irmã.

Cecília foi andando de costas até a beira do lago e sorriu.

— Eu sou grande o suficiente para saber o que quero. Acho que já sabe que não sei nadar, certo? Se realmente me quiser como eu quero você, você vai me resgatar. - Disse ela, o deixando assustado.

Cecília estava falando a verdade e confiava nele.

Quando Hugo a viu se jogar na água, ele não teve outra reação, a não ser a de arrancar as roupas e correr até ela.