Capítulo 26- Deuses versus Caos

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   — SILÊNCIO!!!

   Eu não aguentava mais os barulhos vindo dos outros deuses,  que discutiam entre si após escutarem sobre o ocorrido com o Apolo pela boca do Éolo.

   Todos me encaravam com os seus semblantes apavorados e alguns animados com a ideia de batalhar com a Entidade suprema que matou um de nós com facilidade. Eu sabia que não seria fácil, mas não esperava que o desafio fosse tão grande, afinal, sinto que ela ainda não recuperou a sua força com totalidade, se não, ela já teria acabado com o mundo no mesmo instante. 

   Mas onde ela espera encontrar a sua força restante?

   Me pegava pensativo com essa questão.  Alguma coisa não me cheirava bem. Eu só sabia que tinha que agir rápido,  antes que o Caos se tornasse imbatível.

   — Oras, irmão, o que você pensa em fazer a respeito disso? — perguntou Hades, me tirando da minha linha de raciocínio.  Eu o encarei,  escutando-o. — O Caos é  mais poderoso do que a gente achava, não sei se…

   — Não venha se acovardar agora, Hades! — o interrompi — Não sou tolo de enfrentar um inimigo que eu não possa derrotar. — falei demonstrando confiança. Não podia deixar com que os outros ali presentes pensassem que eu temia alguma coisa, se não todos ficariam ainda mais assustados. — SOMOS DEUSES! SOMOS OS SERES QUE TODOS DEVIAM TEMER, NÃO O CONTRÁRIO. — Falei com convicção me levantando do meu trono, e encarando cada um ali. Isso motivou todos.

   — Eu não me acovardo diante de nenhum inimigo,  eles que deveriam me temer! — se pronunciou Hércules,  exibindo os seus músculos. 

   — Isso mesmo, nenhum inimigo é  páreo para nós,  afinal, temos o poderoso Zeus do nosso lado, além do Deus do submundo. — Dessa vez, foi uma de minhas filhas que se pronunciou, a Clio, uma musa de cabelos ruivos e olhos verdes, e pequenas sardas em seu rosto. Apesar de nunca se envolver nos assuntos dos outros deuses e sempre se manter isolada para escrever as suas histórias, ela estava bastante animada. — Vai ser mais uma grande vitória para ficar na história. 

   — Estejam preparados! Atacaremos o Caos com tudo. Não se contenham ou seremos derrotados. — Pronunciei me preparando para partir. — Vamos nessa!

   — SIM! — Gritaram todos em uníssono.

   A gente já ia partir para a guerra iminente, mas algo surge sentado no trono que pertencia ao Poseidon, causando alvoroço em todos. Era a nova portadora do tridente do meu irmão. 

   — Quem é  você, insolente? Como ousa sentar no trono do…Poseidon? Como? — Minha esposa foi a primeira a perceber o poder vindo do tridente que estava na posse da mulher sentada no trono.

   — Q-quem é  ela? E porque, porque, ela…? Hum…? está com o tridente do Deus dos mares? — Dionísio perguntou, já tomando alguns goles de seu vinho. 

   Podia sentir a sede por sangue que estava sendo emitido por alguns ali. Acredito que vinha daqueles que eram mais ligados ao meu irmão, pois fitavam a mulher asiática com olhares ferozes.

   — Todos façam silêncio! — Ordenei e todos assentiram — Não façam nada que irão se arrepender depois. — Andei  em direção a mulher, tendo todos os olhares intervindo entre eu e ela. — Como todos puderam notar, ela é a nova portadora do tridente, ou seja, a sucessora do meu irmão e a nova Deusa do mares! — A confusão nos olhos deles  já era esperado. 

   — Como assim? Explique isso, marido.

   — Muitas coisas aconteceram. Não tenho tempo de explicar. Temos um inimigo que matará todos aqui se não o impedirmos. Só saibam que ela é  uma aliada, e nos ajudará a detê-lo.  Não é  mesmo? — a encarei.

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