Capítulo 3 - Os Abençoados 5 Minutos

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tt: @sunshinets13
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POV Malu

Eu e as meninas chegamos na casa da Maia, e tirando a cara fechada da minha grande fã Ana Gabriela.. até que a recepção foi boa.

Tudo seguia tranquilo na festa, tirando que a Alice já está com tanto fogo para cima da Gal e da Maia que eu até me perco em quem está sendo a vítima da vez, mas eu e a Karla seguimos só rindo da cara delas, como sempre.

Temos que respeitar o caso antigo da nossa amiga, né kkkkk

Alice é oficialmente uma marmitinha de casal, ama pegar mulheres que estejam em relacionamento aberto mas foge de se comprometer com qualquer um.

Enquanto flerto com a Ju, olho de canto e vejo o Caio pegando vodka para ele e a Ana enquanto eles estão cheios de risinhos um para o outro..
Porra, já vai ser foda conseguir cumprir aquela merda de aposta, ainda terei que competir com um macho????

Tento me distrair para não ficar tendo que assistir aquele futuro historiadorzinho passando cantadas baratas para a Ana e logo vejo as mães da Lu Maia na varanda, e sem exitar corro até lá para abraçá-las.

Tenho um enorme carinho por elas porque na época em que me descobri lésbica, foram elas quem me acolheram e me ajudaram a compreender tudo que eu estava sentindo, e ainda me ajudaram a me assumir para a família.

— Tiaaass!!!! - Grito assim que meus olhos encontram as duas sentadas num banco igual daqueles de praça enquanto conversam a luz do luar.
Muito boiolas, né?

— Oi filha, quanto tempo!! - tia Rafa me abraça forte como se estivesse aguardando ansiosamente pela minha chegada.

Elas chamam todas as amigas da Maia de "filha".É uma pena que eu não seja mais tão próxima dela como antes..

— Não vai falar com a sua outra mãe??? - tia Babi responde com um tom de ciúmes e me puxa para um abraço.

— Calma que tem maluzinha pra todo mundo, principalmente pro meu casal lésbico favorito! - respondo causando uma crise de risos coletiva.

— E ai, filhona, como você está? Como anda a faculdade? - tia Babi responde.

— Ai tá indo, né? As vezes bate aquela dúvida se ainda é isso que eu quero pra minha vida, mas agoranão dá mais pra voltar atrás.

— E quem disse que não? - tia Rafa questiona - Sempre dá tempo de recalcular a rota e fazer o querealmente tem vontade... E não estou falando só da vida acadêmica.

— Nisso ela tem razão! - tia Babi confirma.

— Como assim "e não estou falando só da vida acadêmica"??? - respondo fazendo o sinal de aspas com as mãos.

— É um conselho no geral, maluzinha.... - ela dá um sorrisinho de canto - Só é um conselho que eu acho que vale a pena você refletir sobre!

Antes que eu pudesse fluir o assunto para entender melhor do que ela estava falando, escuto alguém me chamando aos berros.

— BORA, MALU!! A MAIA QUER PUXAR UM JOGO QUE VOCÊ VAI ADORAR!! - Gal aparece navaranda e me puxa em direção ao segundo andar da casa.

— Olha o que vocês irão aprontar ein, dona Galadriel Luz! - tia Babi avisa fazendo uma caradesconfiada.

— Relaxa, sogrinha! Desde quando eu me envolveria em furada?

— É exatamente com isso que eu tô preocupada! - ela responde sem nem pensar duas vezes.

Vindo da Gal, eu sou obrigada a concordar com a tia babi.

Nós quatro caímos na risada enquanto a Gal seguia me puxando para corrermos ao encontro do resto do pessoal. Chegamos onde eles estão e logo percebo que a Ana já se encontra um pouco afastada do Caio e tento puxar um papo com ela, nunca se sabe, né?
É aquele ditado: O "não" a gente já tem, agora é correr atrás da humilhação!

5 Minutos Para o ParaísoOnde histórias criam vida. Descubra agora