Capítulo 8

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ASIER HÉRNANDEZ

Insano. Essa é a palavra que me define. Ver Laila tão entregue ao prazer próprio me deixou louco, aquela mulher têm que ser minha à qualquer custo. Nem que pra isso mate todos à minha volta. Ela é espontânea, não temendo que a julguem por fazer o que deseja. Isso me atrai, porra, como atrai.

Seu corpo implorando por um orgasmo me deixou fascinado, tive vontade de invadir sua casa e possuí-la ali. Fazê-la gemer ainda mais, mas dessa vez, o meu nome saindo por sua boca. Ela é ainda mais linda gozando, quando seus fios castanhos se prendem no corpo pelo suor, seu rosto fica avermelhado e seu corpo sem forças pra nada.

Linda. Linda e minha.

— Chame Saidd – ordeno ao soldado do lado de fora do carro.

Ligação on.

— Hérnandez – atendo à ligação, ouvindo um suspiro bem reconhecido por mim.

Grazie à Dio! – minha mãe agradece em italiano – Por onde você anda, menino? Seu pai está uma pilha de nervoso, sabia? Espero que tenha uma boa explicação!

Não devo satisfações à vocês, mãe. – suspiro, observando meu primo virar a cabeça para me encarar.

Abaixe o tom, garoto! Você ainda é meu filho, além de ser o chefe, você me deve respeito. – sinto a irritação em sua voz. Minha mãe é Giordana Savóia, e por ser uma italiana nata é considerável sua irritação. – Responda a maldita da minha pergunta, ou eu mesma irei encontrá-lo.

Estou em Now York – respondo a mulher, que solta o ar pelo nariz. Meu pirmo, Aaron, começa a gargalhar pela minha redenção à pequena senhora.

O que te prende tanto nessa cidade? é terceira vez neste mês que vai . – ouço meu pai resmungar no fundo – Você têm até amanhã para retornar, se não, eu mesma irei buscá-lo.

A senhora não pode..

Tanto posso como farei. Ainda sou sua mãe, Asier, não se esqueça que sou capaz de qualquer coisa. – resmungo com sua fala – Aproveite sua última noite , querido. Mamãe te ama!

Ligação off.

Minha mãe é uma mulher importante para a alta sociedade, vista como um exemplo para as mulheres, por sua educação e bom gosto com a vestimenta. Além de ser uma Savóia, casou-se com um Hérnandez, o que aumenta ainda mais sua boa fama. Ela é tudo que uma mulher mundana deseja ser, poderosa, rica e influente.

Mas não se engane, a pequena mulher de cabelos loiros escuros e olhos verdes pode ser estressada quando quer. Sempre criou a mim e aos meus irmãos com pulso firme, nos mostrando a realidade do mundo que vivemos, mas não deixou-nos sem amor e afeto de mãe que sempre precisávamos. Ela sim é um exemplo pra mim, e para minha irmã, Isabel.

Minha irmã gêmea é o oposto de mim, decidiu forma uma família com quem amava se manter o mais longe dos negócios ilícitos da família. Isabel casou-se com Calvin, o capô da cidade de Toledo e teve meus dois sobrinhos, Dário de nove e Dexter de seis. Meu cunhado sofreu para pedi-la em casamento, em visto que eu, meu irmão e meu pai não queríamos casa-la tão cedo.

Javier é o mais novo, sendo assim, o mais mimado por nossa mãe. Atualmente ele está solteiro, curtindo a vida em prostibulo e boates. Para a sociedade, meu irmão é o meu sócio na rede de hotéis que abrimos. Ele fica na administração dos nossos casinos, que estão no subsolo dos nossos melhores hotéis. Temos várias rendas para adentrar em nossa extensa fortuna.

— Ela conseguiu mesmo – Aaron murmura, me deixando ainda mais irritado.

— Cadê a porra do Saidd? – defiro um soco já janela do carro – Se esse infeliz não vir até aqui, eu mesmo irei buscá-lo.

Como se o velho ouvisse, ele aparece na porta da sua casa com a roupa molhada e olhos marejados. Se aproxima com cautela, o que me deixa intrigado e abaixo o vidro do carro para ouvi-lo. Saidd se aproxima e apoia os braços na janela me olhando. Ele pode ser velho, mas não é burro, ele tem ciência que a menina ficará melhor comigo. Saidd não tem capacidade de protegê-la.

— Já tem uma resposta? – ele assente e um misto de ansiedade me atinge – Espero que seja algo que me agrade. Detestaria matá-lo na frente dela.

— Laila será sua – suas palavras saem como uma mantra perfeito, me permitindo abri um sorriso.

— Aaron – chamo meu primo, que me olha esperando qualquer comando meu – Vá buscá-la.

Ele sai do carro sem me contestar, agradeço aos céus por isso, não estou afim de atirar no meu próprio primo. A feição de Saidd é impagável, seu olhar transmite medo enquanto seu rosto está relaxado demais. Um dos meus soldados se posicionam atrás dele. Quando ouvimos barulhos de gritos, sabemos que ela se aproxima, Aaron a segura por um braço, enquanto Laila se esperneia.

— Dindo – ela corre até o padrinho, que a abraça – Esse brutamontes quer me levar com eles.

— Acalme-se, minha linda. Faça o que ele pede.

— Não estou entendendo – ela se afasta dele, agora tendo sua atenção vidrada em mim. Abro a porta do carro, saindo do mesmo e dando passos até sua direção – O que você faz aqui?

— Entre no carro, garota – ordeno.

— Quem você pensa que é? Não pode simplesmente mandar esse mim, babaca – sua frase me irrita, agarro seu braço trazendo trazendo corpo até o meu e a prendo em mim – Me solte! Dindo!

— Assim será melhor, filha.

— Dindo! – seus olhos começam a derramar lágrima, seu rosto de ruboriza e ela continua a se debater

— Fique calma, Laila – sussuro em seu ouvido, mantendo meus olhos fixos em seu padrinho – Irei cuidar muito bem de você, coração.

Estico minha mão até Aaron, que me entrega um pano úmido. Posiciono no rosto de Laila, a menina continua a se debater e suas mãos tentam afastar o pano do seu rosto. Se passar alguns segundos e finalmente ela apaga. Laila amolece em meus braços, seguro-a de forma segura e entro no carro com ela. Saidd encara tudo em pleno silêncio.

— Irei depositar seu dinheiro.

— Só cuide da minha menina.

— Ela não é mais a sua menina, Saidd. Agora Laila é só minha, esqueça da existência dela, se não, eu irei matá-lo.

Vendida Pra Ti - Série Milionários 01Onde histórias criam vida. Descubra agora