Capítulo único

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Douma: uma última opção


Na pequena cidade abençoada por rios e prados fartos e grandes montanhas. Tudo era belo e com fartura, a vida era calma e fora do caos da guerra do noroeste. Muitos nem tinham conhecimento da guerra. A família Hashibira liderava fazia séculos, era uma geração respeitada e venerada pela vila. Então, não se esperava menos dos membros da família fundadora da vila. E esse era o problema "o filho do líder" não corresponde com a exigência dos anciões da região.




«Casa Hashibira: uma última opção»

Douma andava de um lado para outro em seu quarto e pensava em uma boa solução para o seu menino. Não que ele apenas visse defeito no menino, mas era algo que os membros do conselho viam. E apesar de ser o líder e pai, a escolha tinha de ser para bem comum.

— Como isso é possível ômega? — diz Douma exausto.

— O que ele fez hoje, meu alpha? — Kotoha mantinha a sua serenidade, já bastava ter duas cabeças quentes na família. Então parou de rendar para ouvir melhor o marido.

— Um monte de coisas, para ser preciso. Mas esse não é o caso, aquele menino bateu em cinco alphas e sem dar uma boa razão! — Douma diz chateado.

— Oh! Não me diga, ele puxou o seu gene, — diz com um pequeno sorriso.

— Eu já estou velho para certas coisas, ômega! Até quando eu vou correr atrás dele? Eu já tentei de tudo! Ele vai ter de casar! — Douma já estava determinado, já havia pensado nisso.

— Dê mais tempo a ele, talvez é só uma fase de rebeldia, ele ainda é jovem, meu alpha. — Kotoha apreciava o marido inquieto, o que a fez lembrar que o filho é igualzinho.

— Ele fará 18 em menos de uma lua, e eu também tive a minha fase rebelde, meu pai fez exatamente a mesma coisa e resultou. Hoje tenho a minha linda esposa e uma família por quem sou responsável e quero que ela continue a existir. — Douma para ao lado da mulher.

— Entendo, se assim desejas eu irei apoiar. Como devo dar a notícia? — Kotoha perguntou, com um certo interesse.

— Não dê! Keiko é talentosa em tudo que um ómega deveria ser e saber, os alphas da família querem que ela seja a minha escolhida para assumir a linhagem da família. Seria mais seguro confiar nela para honrar a família. — Douma trocára o tema porque notára a presença do seu pequeno espião, Inousuke era tão matreiro e curioso que até se podia comparar a uma criança. Mas o pai sabia como espantá-lo, basta compará-lo com a Keiko e o pequeno ômega desaparecia como um gafanhoto no meio do prado seco de verão.

Kotoha notou a repentina mudança de assunto e entendeu o porquê do marido ter feito isso. Era o pequeno gafanhoto.

Assim que o rapaz saiu da porta, provavelmente magoado, o pai continuou.

— Tu me deste o meu único filho e eu não cobraria mais nada de ti, estou satisfeito com a bondade e pureza do coração dele. Eu noto suas qualidades por isso eu o escolhi para ser o próximo, não por ser meu filho, mas sim pelo que ele é e ninguém nota — diz Douma para mulher de belos olhos verdes.

— Sim, ele é um doce, acho que só tem medo demais de expor os sentimentos. Talvez precise aprender com alguém. Nosso trabalho de pais terminou por aqui. — Kotoha tinha os olhos cheios de lágrimas.

— Já não era sem tempo, preciso mesmo descansar com a minha bela! — diz Douma.

— Oh! Douma-san — Kotoha diz, corada pelo elogio.

rosa AzulOnde histórias criam vida. Descubra agora