De novo.

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09:55, Recife.

Eu tinha feito uma coisa como essa antes mas eu decidi apagar por um simples motivo:
Eu senti vergonha alheia vendo meus sentimentos de alguns meses atrás.

Eu sou assim, eu posso achar que meu eu de uma semana atrás é um ser humano grotesco e que qualquer palavra que eu tenha escrito aqui nesta plataforma ou nos meus poemas é completamente fútil e cringe.
E a palavra é essa, cringe. (Apesar de que falar isso é cringe, um grande paradoxo.)

Agora eu estou me praparando para um grande evento neste pacato final de semana, porque apesar de ele servir para descansar, você nunca descansa em dois dias.

É a festa de São João da minha escola, um lugar reunindo dezenas de adolecentes famintos por relações sexuais e em chamar atenção uns dos outros por meio de atitudes imaturas, como a fofoca.

Não vou mentir, eu faço muita fofoca.
Mas a verdade é que isso trás um malefício extremo para as pessoas, principalmente adolescentes estudantes que sempre se acham certos.

Esses dias foram péssimos, eu chorei e ainda não compreendo como fui parar nesta situação. Para dar um contexto, eu tenho um clássico grupo de amigos despeçados.
Onde cada um tem seu melhor amigo e de excluem uns aos outros e uma específica até fala mal dos outros. Não citarei nomes, óbvio.

Mas o que me frustra mesmo é esse ciclo infernal e interminável de desconfiança uns aos outros. Agora, vou admitir um erro que permitirei que um suposto caro leitor me julgue.

Eu estou ficando com minha ex. É, terrível! Mas eu não sei o que dá em mim para que eu volte a falar com essa garota e dar corda para ela. E ela tem defeitos, bastantes.

Mas este é o problema. Meus amigos falam/falavm bastante mal desses defeitos e eu admito, é verdade. Muitas vezes ela faz coisas vergonha alheia que nem eu tenho coragem de avisar! Sim, eu estou tão errado quanto.

Mas uma coisa eu faço é dar mais de uma chance para ela. Mais precisamente, a terceira vez. Ela mesma disse que eu gosto de uma pessoa a cada mês, o que é verdade.

Eu só me sinto atraído por menos de uma semana por uma semana, obsessão semanal, o nome.
E é óbvio que eu odeio isso.
E eu odeio saber o porquê de eu ser assim.

É trauma, o nome.

Parece que já deu minha cota de me apaixonar verdadeiramente porque a única vez que isso aparentememte aconteceu foi com uma garota que já gostava de outro garoto.
E advinha? Esse garoto a fazia mal.
E eu avisava, o tempo todo.
Sempre era eu querendo ajudar.
Mas ela
Nunca
Me escutou.

É literalmente nunca. Ela preferiu ouvir outra pessoa, muitas vezes outras pessoas que eram falsas com ela, do que a mim.
E com isso eu continuo pensando que eu sou descartável e completamente inútil.
Porque ela passou um ano inteiro deixando isso claro para mim indiretamente.

Ela não fez questão de me ajudar em momentos de desespero, porque chegou num ponto onde eu queria ser ela. Eu queria ser amado como ela é.
E sim, o correto ainda é o "é" porque até hoje ela tem uma legião de amigos.
E eu não.
Inclusive, alguns dos amigos dela são conhecidos meus, e no que isso resulta, caro leitor?
Insegurança.

Eu AINDA acho que ela é melhor do que eu.
Pra você ver o estrago!

Enfim, acontece, não?
Acontece.

Eu me sinto ainda frustrado com essa situação porque não importa o quanto eu tente esqueçer todas as memórias voltam como uma bala de canhão no meio do meu peito o tempo inteiro. Tudo me lembra dela, inclusive minha atual ficante.

Eu ainda tenho medo de machuca-la por essa ferida sangrenta que cicatriza mas algo a abre novamente. E eu cansei de tudo isso.

Esses dias, na verdade, um mês atrás tiveram meus jogos interclasses.
E não poderia ter sido pior, porque eu passei o dia chorando.
Contexo: Meu time estava jogando contra o nono ano, e houve xingamentos por minha parte e por parte deles, provocações e coisa e tal. Porém chegou num ponto onde houve briga. E, a namorada da menina que me traumatizou partiu pra cima de mim e no momento da raiva, onde ela perguntou: "Vai chorar, é?" Eu a empurrei e disse: "Cala a boca!"

Bem cena de filme, né? Separaram a gente e tudo.
(Eu falo como se fosse engraçado mas naquele momento eu senti uma tristeza tão imensa que eu só pude chorar.)

Depois, o árbitro chamou todo mundo para resolvermos essa baderna de vez. As meninas do nono reclamaram dos meus xingamentos e eu pedi desculpas.
Advinha o que fizeram? Não olharam nem na minha cara.
Principalmente a menina que partiu pra cima de mim.

Só que ficou apenas por isso mesmo, acabou que só minha sala pediu desculpas apropiadamente, pois desde uns dias a sala delas já havia machucado minhas amigas no jogo.

Enfim, isso daí faz bastante tempo. Mas, resumindo, minha escola só me faz ter problema (as pessoas de lá).

Desabafando aqui a essa hora, eu sei, mas é que eu realmente tô precisando expor isso de alguma forma saudável para mim. No wattpad não é a melhor maneira, mas não tem ninguém pra me escutar. NEM MINHA FICANTE.

Ela não sabe dar conselhos, fazer o que.
Foi isso, talvez eu poste mais algo amanhã ou só mês que vem
Se cuide melhor do que eu me cuido.

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⏰ Última atualização: Jun 03, 2023 ⏰

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