Decima sexta hora!

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    Meus olhos estavam completamente embargados. Havia tantas coisas que eu queria dizer a ela, mas, estava com medo. Eu estava em estado de confusão. Sabia que estava com Duda há muito pouco tempo, mas não podia deixar de ter sentimentos profundos por ela.

     Ela estava na parada na minha frente, olhando profundamente em meus olhos. Eu sabia que queria dizer o que sentia por ela, mas algo parecia estar me impedindo de falar.

      Luto internamente, me perguntando se era justo dar esperança a ela, uma vez que nos separariámos em menos de 24 horas. Não queria que ela nutrisse sentimentos profundos, apenas para sofrer quando partisse.

      Me vi preso em um conflito interno, desejando dizer a Duda o que sentia, mas ao mesmo tempo sabendo que não poderia prometer algo que não poderia cumprir.

      Olhei para Duda novamente, desejando que ela pudesse ler meus pensamentos e ver o que realmente sentia. Mas, em vez disso, permaneci travado, incapaz de dizer uma palavra. Respirei fundo e tentei reunir coragem para falar, mas o medo de falar uma grande besteira tomou conta de mim.

      Finalmente, emiti algo por minhas cordas vocais. — Eu não posso prometer o que o futuro trará, Duda. Eu quero dizer o que sinto, mas não posso garantir nada além desta noite. Eu quero estar com você, mas não quero machucá-la.

      Duda olhou para mim com tanta ternura, tive certeza que ela havia havia entendido perfeitamente.

      Ainda estávamos abraçados e depois de ouvir minhas palavras, ela deu alguns passos pra trás me soltando.

       Senti um misto de alívio e medo. Alívio porque ela entendia seus sentimentos. Medo pois a sensação de algo incrível estava chegando ao fim me dominou por alguns segundos.

       Ficamos um tempo em silêncio, apenas presentes um para o outro, desfrutando a companhia um do outro sem a necessidade de palavras.

       Olho ao seu redor e percebo que o clima  está um pouco pesado e era tudo que eu não queria. De repente, Duda fala: — Já sei o que vamos fazer agora!- Vejo ela sorrir e tudo vai se amenizando a nossa volta.

— E  aonde minha princesa quer se conduzida agora? - Pergunto abrindo um sorriso.

— Vamos na Namsan Tower, lá da para ter uma vista incrível da cidade! ‐ Fiquei  animado com a ideia e sorri para ela.

— Seu desejo é  uma ordem, mas, acho que seria melhor você trocar de roupas. Enquanto faz isso vou pedir a vendedora que embrulhe as coisas que você escolheu, assim não perdemos tempo.

— Diga a ela que já acertou as contas. - Saio sem prestar muita atenção a ela.

     Não demorou muito para que ela surgisse mexendo em sua bolsa a procura da carteira. Pego em sua mão e vou a puxando para fora da loja.

— O que está fazendo? Preciso pagar primeiro Hobi.

— Já está resolvido e já enviei suas coisas pra minha casa. - A mulher congelou ao mau lado. — Que foi?

— Eu disse que ia pagar Hobi. Não devia gastar comigo.

— E quem disse que vai sair de graça? - Me aproximo aos poucos. — Tenho certeza que vamos achar um jeito delicioso para você me pagar.

— Você é  um safadinho.

— E você não é  né?

     Sem pensar duas vezes lhe abraço e assim deixamos o shopping. No caminho, conversamos e riemos, como se a minha travada nunca tivesse acontecido. Seguimos ouvindo HUH?!

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