PARTE 1

7 0 0
                                    



CAPITULO 1



  A mesa tem duas taças de champanhe. O vento tocava as cortinas roxas. á vários policiais no apartamento, coletando provas que levaram a real causa da morte de Augusto. Quem esteve no apartamento na noite do crime, sabia exatamente o quanto estava envolvido.
    Naquela noite obscura de 1 de julho ocorreu  um assassinato. Oito indivíduos estavam naquele apartamento. Ainda tinha muitas coisas para descobrir. As câmeras estavam sendo vasculhadas, estavam checando as filmagens daquela noite. O que sabemos sobre o ocorrido. Augusto, era um empresário casado há cinco anos com Clara. A estabilidade do relacionamento não estava bem.  Clara e Augusto não tinham mais um relacionamento. O que sabiam era que Clara estava em um relacionamento com Alexander. O ex-suposto noivo de Ellen. Naquela noite, Ellen, Alexander e Clara estavam no apartamento. Clara estava no mesmo apartamento com Augusto, estavam à mesa tomando champanhe. Estavam falando sobre um assunto que não era possível ouvir nas gravações. Um assunto curioso para quem assistia às filmagens.
 
    Dias depois, em algum lugar, Ellen está em uma praça em Belo Horizonte. Na manhã seguinte, Ellen recebeu uma mensagem de um número desconhecido. Marcando um local para conversar. Naquela manhã, Ellen apenas pensou no noticiário. Na manchete lida pela  manhã, estava colocando algumas evidências do que foi encontrado no apartamento. Fios de cabelo, frasco de remédios que a vítima não era medicada, digitais. Haviam muitas pistas, que poderiam levar ao assassino.
 





     Enquanto Ellen aguarda na praça com o telefone na mão, recebe uma ligação. Uma ligação do número desconhecido que enviou-lhe uma  mensagem pela  manhã.

      –Oi– Um curto silêncio ocorreu. A voz do outro lado da linha, era familiar, Ellen já ouvira aquela voz antes.
– Oi, quem é você? Como conseguiu meu número?
– Você não está me  reconhecendo? – Ellen olhou para os lados, procurando por alguém que pudesse estar ali, com um celular na mão em alguma ligação.
– Você está aqui?
– Estou sim, muito próximo de você...
– Em qual lugar?
– Chega de pergunta, você sabe quem sou eu.
– Está tudo confuso. Não faço ideia de quem seja você!
– Apavorada como sempre...– Do outro lado da linha o ser misterioso sorrir– Não tem problema, vou até você. – Ellen está assustada olhando para os arredores, procurando pelo cara da ligação. Em um instante a ligação cai, ela não ouve mais a voz no outro lado da linha telefônica. Ela levanta, pega a bolsa, olha pela última vez procurando por ele, e sai.
A noite enquanto trabalha em um artigo sobre a morte de Augusto, o telefone toca. É Alexandra .

– Oi...
– Oi, preciso falar com você. Posso ir para sua casa?
– Sim... pode vir. Aconteceu alguma coisa?
– Estou subindo...
– Você já está aqui? – Ellen sorri. Desliga o telefone, aguarda Alexandra bater à porta.
    Antes que a ex-cunhada possa entrar no apartamento, ela  retira toda a papelada da mesa e coloca na gaveta do armário. Alexandra bate na porta. Entrando rápido no apartamento, os olhos espantados,  diz para Ellen trancar a porta.
– O que aconteceu? Você está pálida. Vou pegar água para você.— Alexandra de fato está pálida, as mãos estavam trêmulas, a respiração ofegante. Ela toma a água, olha para Ellen, dizendo quase em um sussurro.
– Alguém tentou me matar...
      – Agora? Como assim? Quando?
– Eu estava indo para casa, saindo da praça com o Emanuel. Nós nos despedimos, e ele foi embora. Continuei andando... Então, tive a sensação que estava sendo seguida.
– E estava?
– Sim. Havia um cara alto, bem alto, com uma blusa de capuz, me seguindo. Eu caminhava cada vez mais rápido.  Dobrei uma das esquinas perto da loja de celulares, e comecei a correr. Não olhei se ele corria também, mas ouvia os passos dele.
–  O que aconteceu depois?
   – Eu tropecei em uma caixa e cai... nesse momento enquanto tentava levantar e correr. Ele aproximou, empurrou-me na parede, e me enforcou. Eu já estava sem ar, quando alguém bateu com alguma coisa nele, ele caiu no chão. A pessoa me levantou e mandou eu correr.
   – O que aconteceu com a pessoa que te ajudou?
   – Ela entrou em um carro, ouvir a porta fechar.
   – Temos que ir à delegacia, agora!
   – Não podemos...
   – Podemos, vai levanta!
   – Não, eu não vou sair desse apartamento. Ele pode estar lá fora... pode ter me seguido até aqui!
   – É você tem razão é perigoso sair.


       O pescoço de Alexandra estava marcado, Ellen parou e pensou. Poderia ter alguma coisa haver com o assassinato de augusto? Alexandra estava no hotel aquela noite. Será que havia algo haver com a ligação que teve mais cedo? Do que se tratava tudo?
      Ellen olha para Alexandra, imaginado o que estava acontecendo. Alexandra sabia de uma coisa, ela havia visto alguém na noite do assassinato de augusto. Alguém que ninguém sabia que estava no apartamento aquela noite.
– Tenho que contar uma coisa.
– Diga, tem alguma coisa haver com o homem que tentou te matar?
  – Não, é sobre o Gabriel.
  – O que tem o Gabriel?
  – Naquela noite do assassinato do Augusto. Enquanto saia do apartamento, eu vi o Gabriel entrar.
  – Mas os policiais não disseram nada, sobre o Gabriel estar lá.
  – Sim eu sei. Mas ele me viu...
  – Calma você está tentando dizer que o Gabriel possa ter algo com a morte de Augusto...
  – Isto! Não só com a morte de Augusto.
  – Não faz sentido. Na autópsia disseram que ele foi morto às 02:00 da manhã. E às duas da manhã, o Gabriel estava aqui comigo.
  – Pensa bem Ellen. Ele apareceu no apartamento depois que todo mundo foi embora.  Ele me viu, e hoje alguém tenta me matar. Ninguém exceto eu sabia que ele esteve lá.
  – Então você está dizendo que o cara que tentou te matar hoje à noite é ele.
  – Pode ser que sim. Depois que encontraram o corpo de Augusto você falou com Gabriel?
   – Não eu liguei várias vezes e ele não atende.
   – É ele!  Com certeza foi ele.
   – Mas por que ele mataria o Augusto. Poderia ser qualquer um. Até seu irmão que está com a ex –esposa de Augusto.
   – Faz sentido... – Ellen olha-a. Pensa em contar sobre a ligação, mas prefere  que Alexandra não  saiba, ela já estava com paranóias de mais.






   Na manhã seguinte Ellen acorda com o celular vibrando.

   Oi
   Oi
   Oi
   Bom dia! 😊
   Cadê você? Quem é você?

Quando ela recorda que a única pessoa que envia "bom dia" com emoji feliz é Gabriel. Mas se fosse ele porque estaria com um novo número de telefone? Por que agiria como suspeito? Ela digita depressa.

         Quem é você?

  Ela espera por alguns minutos. O sol logo surge por detrás das montanhas, passando pelas frestas das cortinas. Alexandra acorda, levanta da cama e toma café. Olha para Ellen, com o rosto grudado na tela do notebook. Sorri, dizendo.
– Tenho que ir agora. Tenho uma reunião importante hoje.
– Está bem, cuidado!
– Pode ficar despreocupada. – Alexandra sai, fecha a porta deixando apenas o silêncio e por alguns instantes o barulho das teclas do notebook. Ellen levanta e vai até a cozinha, pega uma caneca com café. O celular toca sob a mesa. Mais uma chamada do número desconhecido. Ela não atende, assenta em uma poltrona e olha a rua da janela. Mais uma vez o celular toca, vibrando sobre a mesa. Ela levanta, pega-o.

– Alô?
– Oi... não atendeu?
– Não e eu não sei quem é você.
– Que deprimente... está em casa?– Ela decide não dizer a um estranho onde está.
   – Não. – Ellen estava com medo.
   - Sério, sua mentirosa!
   – Você não disse quem você é.
   – Tanto isto importa? – Ela manteve silêncio, ele também. Depois de um tempo ela ouve a voz dele do ouro lado da linha. –Vá até a porta... – Mesmo com medo Ellen caminha até a porta. Para por um instante. Quando ele pergunta. – Está na porta?

    – Estou...
    – Você tem que abrir tonta! – Naquele momento, ela respira fundo, segura a maçaneta e abre a porta.

Um pôr do sol na praia Onde histórias criam vida. Descubra agora