Capítulo 1

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Sangue!

Sangue!

Apenas vejo sangue!

Não suporto esses gritos, essas vozes e esse suspense. Tudo isso está me matando por dentro e me apavorando por fora.

Em apenas um estralo, meu coração congela, meu peito inflama e minha vontade de viver acaba. Tudo isso é uma mistura de medo e desespero..... até que ouço uma voz grossa e familiar  chamando o meu nome.

Tudo que essa voz dizia era:

- Luna!! Acorda, meu amor! Não me deixe.

O que será que aconteceu? Por que essas palavras? Não consigo me lembrar de nada depois disso.

Algumas semanas se passaram,  não consiguia me mover e nem enxergar, me disseram que sofri um acidente e que não iria conseguir voltar para casa tão cedo. Tomando alguns medicamentos que literalmente não os enxergo, ouvindo barulhos sem poder saber o que está acontecendo, minha vida estava um caos.

Até que esculto aquela voz, entretanto, parecia que estava chorando, e alguns minutos, essa voz desaparece novamente, e nunca mais a ouvi novamente.
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       PASSA MAIS DE TRÊS SEMANAS
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Se passaram mais de três semanas e ainda estou aqui no hospital. Ouvir que poderei sair amanhã.

Eu não quero sair daqui, pois, não me sinto bem lá fora, é como se eu estivesse em "rapunzel", não como ela, ela sente vontade de sair e minha vontade é de ficar, ela quer descobrir o mundo e eu quero sair dele..... estou cansada de tudo.

A noite chegou, mais não consigo parar de pensar naquela voz, por que tem que ser tão familiar, hein? Eu hein. Parece que estou me iludindo por uma voz ( risos ), estou ficando louca só pode.
Durmo pensando naquela voz, até sonhar com ela. Mais não é um sonho normal, pois, até no sonho, a escuridão domina.

De manhã acordo meio animada, sem nem saber o motivo. Ouço uma mulher

- Senhorita, Luna. Bom dia! Espero que esteja animada. Enquanto ela dizia aquilo, pude perceber que ela estava mais feliz que eu, então a respondo:

- Claro!! "Estou super feliz com isso". -  digo isso com sarcasmo.

- Fico feliz que esteja animada, portanto, deixa eu te ajudar rapidinho.

Enquanto ouço essas palavras, ela me levanta e me coloca na cadeira de rodas, que sorte além de cega sou uma cadeirante, minha vida é perfeita agora.

Quando sai do hospital, ouvi a voz de minha mãe, indo me buscar

- Filha!! Que saudade meu amor, vamos para casa minha bebê

Qual é ,  não sou um bebê sou adulta tenho 19 anos

- Mãe, eu não sou um bebê, já sou bem gradinha tá

- Ok, velhinha

Fico indignada por ser chamada de "velhinha", não estou dizendo que sou um bebê, porém não sou tão velha assim

- Tabom mãe, vamos logo, me ajuda aqui

Minha mãe chega perto e me abraça, com aquele abraço percebi que nunca me sentir tão segura como estava me sentindo naquele momento.

Chegando em casa, ela me tira do carro me colocando na cadeira de rodas.

Percebi que alguém abriu a porta, e para a minha surpresa era meu irmão. Fiquei muito feliz ao ouvir sua voz, pois em momentos de conflitos, ele sempre esteve ao meu lado e do meu lado.

- Maninha!!- Enquanto dizia isso, veio me abraçar com um abraço forte e aconchegante.

Meu pai deve estar trabalhando então não poderia vir, foi o que pensei, até que ouço sua voz.

Nossa! Foi tão bom ouvir a voz de meu pai, foi inesperado ele vir, porém fico feliz de estar com eles, com minha família.

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