Unico-Ta me achando com cara de presidiario?

4.3K 245 27
                                    

Brasília estava oficialmente cansada. Não tem nem 24h que ela separou uma briga de São Paulo e Rio de Janeiro, briga a qual aconteceu por, aparentemente, RJ ter dado um susto em SP. Acontece que os estados ja estavam brigando de novo, e dessa vez a DF teve ajuda de Minas Gerais pra separar a briga, pois SP estava determinado em jogar todo o seu café quente em RJ. Brasília ignora seus modos e em vez de bater na porta antes de entrar, simplesmente, abre com tudo, não esperando nem a reação de seu chefe antes de falar.
-Eu desisto!
Disse totalmente ofegante na porta.
Argentina, que havia vindo visitar o namorado, estava vermelho de tanta vergonha, havia paralizado, não conseguiu nem sair de cima do colo de Brasil.
-São Paulo e Rio de Janeiro estavam brigando de novo, eu não aguento mais, chefe. Desculpe, mas agora é o senhor quem resolve-disse Brasília. Saindo da sala antes mesmo de Brasil responder.
Brasil parecia pensativo. Ele encarava a porta, agora fechada por sua secretária que acabara de sair. Então, lhe veio a brilhante ideia que iluminou um sorrizo em seu rosto. Argentina encarava o namorado, ainda com vergonha, mas curioso. Queria saber o Brasil faria.
-Eu conheço esse sorriso. O que se passa en tu cabeça?
-Nada demais, mi corazón. Apenas a solução dos problemas de Brasilia. Vai me ajudar, não vai, amor?
Brasil sabia jogar sujo e fez isso ao chamar Argentina de "amor".
-Argh...o que eu não faço por vc?

----♡----

Argentina descia as escadas do escritorio indo até a cozinha, onde sabia que São Paulo estava, e puxando um assunto com ele lá.
-Brasil comentou sobre seu vicio em café.
-Não é nessessariamente um vicio, eu só preciso ficar acordado e o café me ajuda.
Enquanto conversavam, Brasil chegou com Rio de Janeiro, que sem exitar abriu o congelador pegando uma latinha de cerveja que havia deixado pra gelar a uns 30 minutos. Estava lado a lado a São Paulo, ouvindo o que Brasil falava consigo. Nesse momento Argentina da um passo a frente e num rapido movimento algemas as mãos de ambos paralelas uma a outra. São Paulo e Rio se assustam de imediato.
-Que porra é essa?
São Paulo pergunta, tirando o cigarro da boca.
Brasil fica lado a lado com Argentina, sorrindo cretino pra seus estados.
-Apenas a solução dos problemas de Brasília-diz ele. Soltando uma piscadela pra São Paulo.
Rio da um gole na latinha de cerveja.
-Você endoidou? Assim Brasília vai ter um ataque.
-E além disso vão me confundir com um marginal que nem ele.
-Ah, cala a boca Sampa, até parece que ta achando ruim.
-Tô, eu tô achando muito ruim. Ficar algemado com o "Bixcoito".
Nesse momento Brasil e Argentina já haviam saido do local, mas São Paulo e Rio de Janeiro não estavam nem aí, eles estavam muito ocupados discustindo.
-Olha aqui, você respeita meu sotaque, que é muito mais bonito do que o seu "bolacha"-Rio fala a palavra com uma entonação melosa, zombando do sotaque paulista.
São Paulo puto dá um puxão no braço com a algema, fazendo Rio cambalear e derrubar um pouco de cerveja nele proprio.
-Ta vendo aí seu desgraçado? Olha o que tu fez. Não é tu que lava essa porra dessa camisa.
-E nem você. Ou vai dizer que não paga pro Minas lavar junto das dele?
Rio nem responde, ele coloca a lata de cerveja em cima do balcão e sai andando com São Paulo. No caso, sai andando e arrastando São Paulo, que segue Rio contra a sua vontade. O loiro é definitivamente mais forte e vai arrastando o paulista pelas escadas, ouvindo as varias reclamações de São Paulo. Rio de Janeiro o conduziu até seu quarto, que ao fechar a porta apenas se jogou na cadeira e ficou alguns bons minutos encarando São paulo enquanto o ouvia reclamar.
-Ja acabou?
Perguntava desinteressado.
-Já-Respondeu São Paulo de cara fechada.
-Então é melhor sentar aqui no pae, porque eu não vou levantar tão cedo, você vai se cansar de ficar em pé-disse Rio, claramente brincando.
São Paulo analisou a situação, sabia que Rio havia brincado sobre isso, mas não ligava, realmente não queria ficar em pé, e a cama do loiro era muito distante da escrivaninha, então apenas olhou aquilo como uma oportunidade de zuar com a cara do loiro e se sentou no colo de Rio.
Rio se assustou com o peso em suas coxas e deu um leve pulinho. Assim que sentou no colo de Rio, São Paulo pode sentir o cano da arma contra sua virilha.
-Você é maluco? Ta sempre armado por aí?
São Paulo começa a xingar Rio de Janeiro. Esmurra levemente os ombros dele e milagrosamente consegue ficar parado em seu colo.
Alguns minutos depois Rio simplesmente se cansa. Ele agarra os pulsos de São Paulo e o puxa pra perto, os labios ligeiramente se tocando, calando os xingamentos e reclamações do moreno, causando um frio na barriga de ambos e deixando um São Paulo completamente vermelho.
-Você realmente endoidou!
-Ah, cala a boca. Vai dizer q não gostou?
São Paulo abaixou a cabeça. Rio soltou os pulsos do moreno.
São Paulo levou a mão livre pra um lado do rosto de Rio, o puxando pra outro beijo. Dessa vez calmo, os dois aproveitando os labios um do outro. Rio usou a mão livre pra agarrar a cintura de Sampa.
-Eu sabia que você tinha gostado.
-Ah, cala a boca.

Entre algemas e beijosOnde histórias criam vida. Descubra agora