oi! voltei.
alguns avisos: novamente tonho la selva foi romantizado pra essa one, eu quis trazer um lado humano de ambos os personagens com a perda de um filho. pode conter gatilho, se for sensível não leia.
não esqueçam do sotaque, boa leitura.•••
Stop asking me to come back
Oh, stop asking me to do that
Das dores que Irene já teve na vida, a pior delas foi ver o coração do próprio filho parar de bater. Lembrava-se como se fosse ontem o momento em que segurou o pequeno bebê, embalado em uma roupinha branca e azul bebê. Quando ele abriu os olhos pela primeira vez e a olhou, ela jamais tinha sentido algo parecido. Então, prometeu a si mesma que seria a mãe que nunca teve. Embalou esse garotinho com tanto amor que não sabia explicar.Logo depois veio sua menininha, Petra. Doce, suave e quieta. Nenhum dos dois filhos deu trabalho comparado ao Caio, mas esse aí… Petra sempre foi a mais quieta e também a mais grudada nos pais, insistia em ficar na sala de Antônio mesmo quando o pai já havia a expulsado centenas de vezes e em todas, ela voltava com seu ursinho cor de rosa e brincava silenciosamente no cantinho da sala. Aos 11, deixava os dois de cabelo em pé! Uma desobediência insuportável.
Mas quando os dois cresceram, ela sabia que não tinha mais aquela responsabilidade sobre eles. Agora, já se viravam sozinhos. Daniel advogado e Petra uma agrônoma, mas que ainda não haviam saído das asas dos pais, não totalmente. Daniel estava noivo e Petra também. Estava tudo nos eixos.
Até o maldito acidente.
Dias e mais dias no hospital, horas de espera e agonia. Orações interrompidas por enfermeiras atualizando sobre o paciente. Mas, naquele dia ela sabia que tinha algo de errado. Sentia uma agonia no peito, mas ignorou e foi para o hospital. O marido já estava lá, e ela estranhou.
— Eu senti uma agonia estranha, resolvi vir pra ver ele. – explicou-se e Irene trancou a respiração. — Tudo bem?
Assentiu levemente, alegando ser uma breve falta de ar pela correria em sair de casa apressada. Entrou no quarto e chorou quando viu aqueles aparelhos ligados ao seu filho. Segurou a mão dele e rezou. Rezou para que Deus não o tirasse dela, não ele, não agora.
Quando se deu conta, o aparelho que contava os batimentos cardíacos dele parou, simplesmente parou. O desespero se fez presente quando ela repetia a mesma palavra inúmeras vezes. Não.
— Não, não, não, não! – ela se levantou, gritando pelos médicos sem notar que toda a família já estava no quarto.
O coração humano é um órgão muscular oco que representa a parte central do sistema circulatório. Ele mede cerca de 12 cm de comprimento e 9 cm de largura. Pesa, em média, de 250 a 300 g nos adultos.
A função do coração é bombear sangue para todo o corpo. Do seu lado esquerdo, o coração bombeia sangue oxigenado (arterial) para todos os órgãos e outras partes do corpo. O lado direito bombeia sangue venoso para os pulmões.
Todos os dias, o coração humano gera energia capaz de abastecer um caminhão por 30 quilômetros. Se contar a energia gerada durante uma vida inteira, daria para dirigir até a Lua e voltar à Terra. Quando o coração para de bombear o sangue, ele para uma vida.