The King

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  Em uma cela escura da prisão, entre tantos assassinos, ladrões e traidores Vivian Leonard espera amedrontada que alguém venha buscá-la. Ela é inocente, alguém deve acreditar nela.

  Ela ainda não consegue acreditar que foi acusada de matá-lo.

  Ver o corpo do Primeiro Príncipe sendo abraçado por sua esposa enquanto sangue ainda escorria por entre seus lábios foi assustador. Naquele momento ela só pensou em quanto a vida era preciosa e queria ir de encontro a seu amado Alexis, queria confortá-lo nesse momento de dor.

  Mas ela não teve nem ao menos tempo de se aproximar, pois sua noiva foi até ele. A noiva dele.

  Os guardas trancaram a saida e todos se tornaram suspeitos, ela sabia que aquele não era o momento para ir até ele. Ela estava tão pensativa sobre como encontrar um momento para falar com Alexis, que ao ser ouvir a Princesa Penélope que aquele copo era dela e que alguém queria matá-la ela mal conseguiu acompanhar o que ela dizia.

  Só que então ela viu.

  Os olhares.

  Todos a olhavam, todos a acusavam. a suspeita gritava em seus olhos.

  Antes que ela possa dizer algo, vozes a acusavam.

  -Ela odeia a Princesa!

  - Ela é uma mulher ciumenta!

  - Eu vi a empregada dela com uma bebida!

  - Ela matou o Primeiro Príncipe!

  - PRENDAM-NA! – Sua majestade gritar em meio as acusações.

  Sem ao menos ter tempo de se defender, Vivian foi cercada pelos guardas. Espadas afiadas apontadas para ela, olhares odiosos a encarando, o medo começou a tomar seu corpo.

  Suas mãos foram amarradas com cordas, enquanto ela ainda em transe deixava lagrimas caírem por seus olhos. Ela tentou abrir os lábios para dizer que aquilo era um erro, mas seus lábios pareciam selados e nenhum som saiu por entre eles.

  Desolada ela olhou em direção a única pessoa a quem ela podia contar naquele salão. o único que acreditaria nela. Entretanto, ele a olhou com tristeza, com aqueles belos olhos vermelhos mais vermelhos do que o normal. Um olhar que ela nunca quis ver em seu rosto.

  Ela tentou se soltar e ir até ele, mas os guardas a empurraram para trás, a tirando/arrastando do salão. Deixando como última imagem, seu amado virando de costas para ela enquanto era abraçado pela Princesa Penélope, que a encarava seriamente com um olhar calculista.

  Três dias após deixar a cena caótica do baile ela ainda se encontra na prisão nas masmorras. O ambiente sujo da prisão era assustador para a jovem que sempre fora criada como uma princesa. Em sua cela havia apenas uma cama de pedra, com um leve cobertor gasto e um balde, que para o desgosto da jovem, servia como banheiro improvisado. Há ela foi servida apenas uma refeição diária e um copo de água.

  Entretanto, ela aquilo era um luxo comparado as celas dos outros prisioneiros, os guardas entregaram somente uma refeição nestes três dias que ela esteve lá. Os pioneiros estavam tão silenciosos, que as vezes ela temia que eles já tivessem morrido por falta de comida.

  Assim como sua empregada. Marion era uma velha empregada que sempre a serviu desde que ela pode se lembrar. Foi ela a quem disseram ter colocado o veneno na taça que matou o Príncipe Samuel.

  Vivian acreditava na inocência dessa empregada, mas os guardas não a ouviram, e na primeira noite que elas foram mandadas para a prisão, eles invadiram sua cela e arrastaram para algum lugar. Pela manhã Vivian viu quando eles passaram arrastando seu corpo todo machucado e ensanguentado, se eles não a tivessem largado na cela ao lado. Ou se ela não passasse as próximas horas ouvindo os lamentos e as acusações de Marion ela podia dizer que era outra pessoa.

I became the female protagonist killed by the Villain (Novel)Onde histórias criam vida. Descubra agora