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22:45

— Muito obrigado Leh. Não tomo banho desde ontem. - digo lhe entregando a toalha. - Essa roupa até que ficou boa né? Obrigado por me dar ela.

Letycia: Ficou mesmo em. E por nada S/n, mas agora vai indo, se meu tio te ver aqui...Já sabe né?

— Sei sim! Já vou indo. Obrigada de novo. - saio correndo do hotel.

Começo a andar pelas ruas, em busca de um lugar pra dormir.

— Puxa, que frio. - começo a esfregar meus braços e minha pele começa a se arrepiar.

Acabo me distraindo um pouco quando fui atravessar a rua, nem percebi que vinha um carro em minha direção.

xx— Qual é?! Não olha por onde anda não garota? - diz o motorista com raiva após sair do veículo.

Eu nada disse, apenas fiquei ali, chorando de dor. Além de estar sentindo os arranhões arderem nos meus cotovelos, joelhos e algumas partes da perna, eu tinha caído em cima do meu braço esquerdo e a dor era insuportável.

xx— Levanta daí vai. - ele pega no meu braço direito e me levanta.

Assim que eu termino de me levantar que ele percebeu que eu tinha machucado. Sinto ele me olhar de cima abaixo. Eu levanto o meu olhar mais um pouco e não acredito, não acredito que o famoso gabigol me atropelou.

— Me leva pro hospital por favor. - continuo chorando e soltando alguns gemidos de dor.

Ele abre a porta da frente e me diz para entrar.

Eu jamais teria coragem de entrar em um carro de um estranho, sendo ele famoso ou não, mas a dor estava tão insuportável que eu nem pensei muito.

Ele me leva até o hospital mais próximo e entra lá junto comigo.

xx— Aonde dói?

— N-nesse braço aqui. - aponto para o mesmo.

xx— Consegue mexer ele? - ele pega no meu braço de leve e eu já sinto uma dor enorme.

Solto um gemido, me controlando para não gritar.

xx— Deve ter quebrado. - ele caminha até o balcão e eu o acompanho com um pouco de dificuldade.

— Em que posso ajudá-los?

xx— Ela precisa de atendimento.

— E o que aconteceu com ela?

— Eu...Eu acho que quebrei o meu braço. - digo o segurando com o meu outro braço, completamente cheio de machucados por conta da queda. - Acabei caindo em cima dele e tá doendo muito.

— Entendi. - ela imprime um papel e o coloca na nossa frente junto com uma caneta - Preencham essa ficha por favor. - ela se levanta e sai do balcão.

Ele pega a caneta e puxa o papel para mais perto.

xx— Qual é seu nome garota?

— S/n, S/n dos Santos. - digo e ele vai anotando.

xx— Tem quantos anos?

— 22

xx— Você tem 22 anos? - ele me olha.

— Te-tenho. - seu olhar sobre mim me fez arrepiar. Ele me olhou novamente de cima abaixo, desacreditando da minha idade.

xx— Beleza então. - ele continua escrevendo na folha.

Cara...

Que homem gostoso...

Ficamos ali mais alguns poucos minutos até o médico nos chamar. Ele me examina e faz algumas perguntas, eu preferi não dizer nada sobre, apenas falei que tinha caído de um barranco. Fizemos a radiografia e tinha apenas trincado, ficou por um fio de não tem quebrado. Ele engessou o meu braço e me disse que eu teria de ficar um mês com o gesso.

Tela Quente - GabigolOnde histórias criam vida. Descubra agora