não vai doer

471 78 148
                                    

N/A: Feliz dia do amor, queridos leitores! Isso não foi planejado, é uma história nonsense, bobinha e fantasiosa que me fez dar uma risada no meio da tarde enquanto eu fazia preparativos para uma pequena campanha de doação de sangue que faço entre meus amigos e colegas de trabalho. Como sou romântica, faço em junho e o slogam é "no mês do amor, você é o tipo certo de alguém, doe sangue & salve vidas <3" e esse plot surgiu do nadinha mesmo kakaka

Vai ser muito curtinho, só dois capítulos, não esperem algo muito elaborado, tá? É só pra gente se divertir!

Vamos aos personagens e depois à história!

Com carinho,

Elmira <3

PERSONAGENS:

KIM TAEHYUNG, bom moço, carente e sozinho nesse dia dos namorados.

JEON JUNGKOOK,  enfermeiro esquisitinho e lindo do hemocentro da cidade.

a BORBOLETA, solitária e esperançosa, habitando o estômago de Taehyung.

🩸❤️

Cada casal agarrado que aparecia puxava um pouco mais para baixo os cantinhos da boca de Taehyung.

Nem era dia dos namorados ainda, era só a véspera e ele estava só, sozinho, solitário e carente como não pretendia estar. Tentou seus contatinhos: Hoseok não atendeu e se ligasse para Jimin, aquele incendiário iria querer era transar.

Taehyung não queria sexo. Taehyung queria amor.

Cafuné, uns beijos na bochecha e que cozinhassem para ele. Queria ser mimado!

Bufou, magoadíssimo com o destino cruel de andar por aquelas ruas frias sem um parzinho de mãos para lhe aquecer. Não podia nem chorar porque o vento ia espalhar lágrimas geladas pelo seu rosto.

Quando virou a esquina, deu de cara com uma vitrine toda enfeitada para o dia dos namorados, a vidraça cor de rosa refletindo sua aparência de bom moço versão outono-inverno, os fios pretinhos bem arrumados, presos numa boina caramelo e nenhuma maquiagem no rosto que escondesse a beleza cor-de-mel da sua pele enfeitada com pintinhas. Os sapatos sociais estavam combinando e, por baixo de tudo aquilo, tinha tomado um banho morno demorado e passado um perfume mais denso, quente e amadeirado.

A esperança é a última que morre, afinal.

A única borboleta do seu estômago começou seu trabalho entusiasmada à medida que ele avançava o quarteirão para a entrada do banco de sangue da prefeitura enquanto Taehyung sussurrava fique aí, sua idiota, ele não vai dar bola pra gente, numa tentativa de frear suas expectativas e assim frustar-se menos depois.

Jeon o pegou pelo olhar de longe.

Era Taehyung que sempre corava e desviava o olhar primeiro, sempre, sempre! Era irritante como nunca conseguia provocar o mesmo efeito nele, geralmente ele fazia as pessoas corarem não o contrário. Jeon estava como sempre, na pausa do seu expediente e mesmo no inverno ele não mudava a roupa: o uniforme azul de enfermagem de tecido leve, as tatuagens vazando debaixo da roupa indo até os dedos, coturnos brancos, sem luvas, a máscara descartável no queixo e soprando com os lábios em biquinho um chá que, pela cor, Taehyung supunha ser de morango. Ah, e olhinhos brilhantes que quebravam todo o aesthetic de bad boy que ele tinha.

— Boa noite, Sr. Kim — ele se curvava exageradamente e voltava ajeitando uma mecha do cabelo para trás da orelha e escondendo o chá por trás do corpo.

— Oi, Jeon, boa noite — e o enfermeiro nunca continuava o assunto, embora ficasse olhando intenso e sanguinário com aqueles olhinhos brilhantes para Taehyung — Como vão as coisas por aqui hoje?

Você é o tipo certo de alguém (taekook)Onde histórias criam vida. Descubra agora