O casamento que ocorreu no ano de 114 DC entre a Herdeira do Trono de Ferro, Rhaenyra Targaryen, e o filho da Serpente Marinha, Sor Laenor Velaryon, criou diversas intrigas entre os membros da corte. Muitos afirmaram que o jovem cavaleiro de 19 anos possuía mais interesse nos belos escudeiros de sua idade do que em mulheres, entretanto, o grande Meistre Mellos, membro do conselho do rei, descartou esse boato afirmando que Sor Laenor pode não gostar da companhia de mulheres, mas quando confrontado com os deveres conjugais, ele há de suportar e cumprir com seu papel.
Tais afirmações do Grande Meistre causaram dúvidas, que logo se demonstraram infundadas. Nos últimos dias do ano 114 DC, o anjo do reino nasceu.
Sor Laenor Velaryon esteve presente em cada fase da gravidez e no momento do parto segurou às mãos da princesa Rhaenyra durante todo o trabalho de parto, dando força a princesa enquanto Sor Harwin Strong se sentou ao pé da cama e garantiu que as parteiras e o meistre cuidassem adequadamente de Rhaenyra. O medo enchia o coração de todos, a demora para o nascimento poderia levar tanto mãe quanto filho para um leito de morte precoce. A essa altura, seria considerado um milagre dos deuses se a própria princesa sobrevivesse ao parto.
Após horas de um parto conturbado que sugou as energias de todos os presentes, a princesa Rhaenyra deu a luz uma linda menina, nascida ao nascer do sol e banhada no suor de todos que trabalharam duro para que nascesse com vida.
Laenor foi o primeiro a pegar a criança, o fruto de um trabalho árduo e cansativo, que formou um trauma nunca esquecido e que junto ao luto o levaram cada vez mais a uma situação de miséria e angústia após o seu casamento marcado pela morte de Joffrey. No entanto, toda emoção negativa não se comparava com a sensação de felicidade e alívio que sentiu ao segurar essa garota que era toda a perfeição da antiga valiria em uma única criança, ao nascer não chorou e ao olhar nos olhos do pai, o encantou. Olhos violeta o fitaram com curiosidade, os lábios grossos e o nariz arredondado lembravam sua descendência Velaryon, assim como sua pele beijada pelo sol e seus cabelos que se desenrolavam em cachos do mais puro branco.
-Uma linda menina, vossa alteza. Como ela se chamará? -Meistre Mellos indagou.
Rhaenyra estava exausta pelo parto e deixou a honra para o marido, apesar de desejar nomeá-la como Visenya, esse era o nome para outra menina, filha de um outro pai.
Laenor sabia o nome perfeito para a menina.
- Aegony.
- Podemos saber o porquê, Sor?
A pergunta do meistre refletiu a duvida de todos, porque um nome que soa tão terrível foi escolhido para uma menina tão graciosa?
- Ela é sangue do meu sangue, assim como Aegon, o conquistador, essa linda menina conquistou meu coração e conquistará o coração dos 7 reinos e de todos os outros além do outro lado do mar. Seu nome representa o fim do sofrimento e da agonia, ele representa a conquista e a sensação de vitória e superação.
As palavras de Laenor comoveram a todos, principalmente aqueles na sala que entenderam o significado por trás de suas palavras.
No primeiro sinal de força da princesa de pedra do dragão, ela e seu marido foram ao encontro do rei. Ao ser apresentada ao rei e a rainha, a menina sorriu e o rei sorriu de volta, como nunca sorrira no nascimento de nenhum dos seus filhos com sua segunda esposa.
Viserys iniciou a maior festividade que o Reino já viu para comemorar o nascimento de sua primeira neta, Porto Real se encheu de pessoas de todos os cantos dos 7 reinos que desejavam prestigiar a primogênita do Deleite do Reino.
Foram 52 dias e 52 noites de festas e torneios, cada dia e noite em homenagem a uma hora que a princesa Rhaenyra passou lutando no trabalho de parto.
Durante as festividades, a rainha Alicent entrou em trabalho de parto e o terceiro filho homem do rei nasceu enquanto o rei Viserys festejava. O príncipe Daeron não obteve torneios ou festivais, seu nascimento apenas foi motivo de um brinde em um dos bailes organizados para comemorar o nascimento da princesa, enfurecendo os verdes e o pai da rainha, Otto Hightower. O rei ordenou que o príncipe e a princesa dividissem a mesma ama de leite como forma de impedir qualquer inimizade e criar laços de irmãos de leite.
Após as festividades o rei Viserys não conseguia se manter longe da neta, os dias que sucederam o fim das festividades foram marcados pelo rei sentado no trono de ferro com seu pequeno anjo. Os peticionários afirmam que o rei explicava em baixo tom todas as suas decisões para Aegony e um certo dia o ouviram dizer:
- Preste atenção, querida. Um dia você se sentará nesse trono e o chamará de seu, as decisões que você tomar devem ser pensadas com sabedoria, justiça e responsabilidade para o bem do Reino.
Os pretos, aliados da princesa Rhaenyra, se envaideceram de toda a atenção que o anjo do reino recebeu enquanto os verdes, aliados da rainha Alicent, se mordiam pela preferência do rei pela neta em comparação com seus herdeiros homens e a adoração do povo por ela.
Os verdes esperavam ansiosamente que algo desse errado para levantar dúvidas sobre Aegony Targaryen e quando o ovo colocado no berço da menina chocou um dragão enfermo, eles se vangloriaram.🔥🔪🔥❤🔥
Após o nascimento de Aegony, Sor Laenor raramente foi visto compartilhando dos quartos de dormir da princesa Rhaenyra e segundo os olhares que trocavam a corte especulou que estavam brigados. Não muito tempo depois, a princesa Rhaenyra, demonstrando-se fértil, deu a luz novamente em 115 DC a um menino grande e forte, com cabelo castanho, olhos castanhos e nariz achatado que recebeu um nome Velaryon tradicional: Jacaerys. Sor Laenor não foi visto entrando no quarto da princesa até o término do parto, enquanto sor Harwin estava novamente cumprindo seu papel de proteger a princesa.
Boatos se espalharam pela corte e logo foram silenciados pelo rei durante o torneio de uma semana realizado em homenagem ao nascimento do menino e em seu discurso mencionou como era bom que seu neto herdou algumas características físicas de seus ancestrais Baratheon, afinal, "a semente é forte". Alguns verdes sussurravam pela fortaleza vermelha que o ovo colocado no berço do menino não chocaria, mas chocou um dragão saudável nomeado Vermax.
No fim do ano 115 DC, a princesa Rhaenyra deu à luz seu terceiro bebê que fora batizado como Lucerys. Durante o parto sor Laenor e sor Harwin estavam ao lado de Rhaenyra novamente, apagando os boatos de que Laenor e a princesa estariam brigados. O príncipe recém nascido compartilhava das mesmas características físicas comuns do irmão mais velho e se afastava muito do que era esperado ao olhar para sua irmã mais velha, princesa Aegony, que a cada dia exalava mais traços valirianos conforme envelhecia. Lucerys também recebera um ovo de dragão, chocando um dragão saudável nomeado Arrax.
Quanto mais as pessoas comparavam os três filhos da princesa Rhaenyra mais questões surgiam, a principal delas: o que esses garotos comuns possuem que o anjo do reino não? Por que uma garota valiriana perfeita possuiria um dragão tão defeituoso? Ela seria menos digna de um dragão? Se sim, o que tornava o milagre e anjo do reino indigno e os meninos fortes tão dignos?
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BE A DRAGON - Aemond Targaryen
FanfictionO anjo do reino nasceu. Muitos duvidaram que sor Laenor Velaryon cumpriria com seus deveres conjugais, até que ele cumpriu e Rhaenyra deu à luz a sua primogênita. A princesa Aegony Targaryen é uma jovem doce que possui como principal objetivo curar...